Prólogo

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Reino Unido

Terça-feira, 13 de outubro de 2009

Alguns minutos após a meia noite

Londres, Eaton Square


Sophia sentiu o mal se aproximar. Sua cabeça se mexeu de um lado para o outro no travesseiro, enquanto suas mãos agarravam os lençóis. Ela sabia que não havia como escapar do homem.

Não...

Não.

NÃO!

Uma forte dor rasgou seu coração, fazendo todo seu corpo se convulsionar. Ela acordou com seus próprios gritos, sua mão direita agarrada no seu braço esquerdo cheio de cicatrizes, unhas longas afundadas na própria carne, enquanto o pesadelo sumia da sua mente, deixando nada além de um vazio.

Ela tateou até encontrar o abajur. A luz inundou o quarto, iluminando o enorme diamante retangular e a aliança de brilhantes em sua mão esquerda.

Ela expirou devagar e sentou-se na cama. Puxou as pernas para junto do peito, abraçando-as, e apoiou a testa nos joelhos.

Por quê?

Sentando-se ereta novamente, ela pegou na mesinha de cabeceira o porta-retrato com a foto do homem loiro, alto e sorridente, seu falecido marido, e lágrimas encheram seus olhos.

Por que não consigo me lembrar?


Londres, Park Lane

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Londres, Park Lane


Ethan sentou-se na cama, encostando suas costas nos travesseiros e na cabeceira da cama enquanto passava uma das mãos nos seus cabelos castanhos, queimados de sol.

A mulher deitada ao seu lado suspirou satisfeita e se aninhou contra a coxa forte dele.

Ele estudou a bela morena e fez uma careta, enojado consigo mesmo por ter que pagar por prazeres sexuais.

Por que ela continua a me assombrar?

Por que não posso sentir nada por uma mulher?

Por que não posso me permitir ser amado?

Por que não posso me permitir ser amado?

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Escócia, Norte das Terras Altas


O chicote açoitou as costas da mulher e ela gritou.

Um sorriso sombrio se espalhou nas feições viris de Alistair. Seu braço desceu com força de novo, e de novo, e mais uma vez, causando vergões vermelhos e zangados na pele da mulher.

O som do couro na pele, gritos femininos e respiração masculina carregada enchiam o quarto.

Ele jogou longe o chicote, virou a mulher na cama e a penetrou enquanto puxava a sua venda.

Olhos azuis fitaram-no com adoração. E a memória de outro rosto mascarou aquele à sua frente. O rosto de uma mulher morta que roubara aquilo que ele considerava mais precioso no mundo.

Apodreça no inferno.

Uma ira incrível se apoderou dele, e ele segurou os longos cabelos loiros com suas mãos, tombou a cabeça dela para trás.

Mais uma puta.

Mais uma para me atormentar.

É realmente isso o que eu quero?

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