Capítulo 48

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Domingo, 14 de março de 2010

06:57

Sophia acordou com a luz suave do sol entrando no quarto pelas cortinas abertas.

Aconchegada em conchinha, os braços dele a envolviam como um laço, como se temesse que ela fugisse.

Ela não sabia se deveria sorrir ou fazer uma careta pela possessividade da posição, e, com cautela, se virou em seus braços.

Dormindo, o rosto dele estava relaxado e jovem, com várias mechas de cabelo negro caindo sobre a testa.

Tão bonito. Tão desconfiado. O que eu vou fazer com você, Alistair Connor?

Ela tentou se soltar do abraço sem acordá-lo, mas ele murmurou e apertou os braços. Suas pálpebras tremeram e ele piscou, focalizando os olhos verdes sonolentos nela. — 'Dia — sussurrou ele, sorrindo, e beijou a testa dela. — Gosto de acordar com você.

— Bom dia — sussurrou ela de volta, e tentou limpar a garganta, mas acabou emitindo um pequeno som de dor.

Imediatamente, ele se sentou na cama, puxando-a com ele. — Deixa eu ver seu pescoço.

Sua mão puxou a dela para longe e ele empalideceu, fechando os olhos ao ver os seus dedos impressos em roxo na pele dela.

— Sou um monstro — murmurou ele em voz baixa, enojado consigo mesmo. Ele respirou fundo e seus lindos olhos verdes se encheram de tristeza. — Me perdoe.

— Você está perdoado. Ficarei bem em algumas horas. — Ela deu-lhe um pequeno sorriso e colocou a palma da mão no rosto dele. — Um pouco de mel e chá de romã quente vai curar isso.

Sophia se contorceu para fora de seu abraço e pulou da cama, sorrindo. — Volto já.

Apesar de suas palavras leves, Alistair baixou o olhar para as mãos grandes, aborrecido com o destempero de suas ações.

Mas um gemido baixo seguido por um soluço angustiado e o som de uma chave sendo rapidamente virada na fechadura fez com que sua cabeça subisse bruscamente e em um segundo ele estava batendo na porta do banheiro. — Sophia. Abra a porta. Por favor? — Alistair implorou, sem sucesso.

Merda! O que eu fiz? Ele descansou as costas e a cabeça na parede, os olhos apertados, e deslizou para o chão.

Os soluços abafados de Sophia aumentaram seu desespero.

Enfurecido consigo mesmo, ele se levantou do chão e pegou o telefone para pedir à recepção uma chave extra para o banheiro.

Enfurecido consigo mesmo, ele se levantou do chão e pegou o telefone para pedir à recepção uma chave extra para o banheiro

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Sophia se encolheu no canto do banheiro, abraçando as pernas.

Nunca, em toda a sua vida, ela achou que veria tantas manchas roxas em seu próprio corpo. E ela não sabia o que fazer.

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