Capítulo 43

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Alistair já tomara banho e vestira o jeans quando Sophia saiu do seu quarto de vestir descalça, num vestido verde e azul, com o cabelo em um coque preso por um bastão de japonês.

Ela tossiu para não rir da cena dele de joelhos, uma escova em sua mão, limpando seu tapete. Seu cabelo preto, ainda úmido do chuveiro, caia em torno de seu rosto e os músculos de seus braços e costas subiam com seus movimentos.

— O que é tão engraçado? — Perguntou ele do chão, parando para olhar para ela.

— Eu nunca pensei que teria um deus pagão limpando meu tapete — disse ela, com um olhar carinhoso em seu rosto. — Você não precisa fazer isso. A propósito, onde você encontrou o esfregão?

— Claro que tenho que fazer isso. Fiz uma bagunça...

— Fizemos uma bagunça juntos — interrompeu ela. — Nós limpamos juntos, entendeu? — Ela pegou o esfregão da mão dele e entrou em seu banheiro. Deixou a escova na pia dupla, lavando as mãos enquanto ele lavava as dele.

— Vamos. Eu não como desde o almoço. — Ela esperou que ele colocasse o cardigã e os sapatos. — Você não me respondeu. Onde você achou o esfregão?

— Tenho superpoderes — respondeu ele, piscando para ela.

— Acredito. — Ela sorriu para ele, encantada. — Vamos ver se seus poderes podem me ajudar com o jantar.

Ele segurou a mão dela, enquanto caminhavam até o porão para escolher o vinho. — Belo vestido.

— Adoro os vestidos da Furstenberg — respondeu ela, sem notar que ele estava olhando para seu decote e a maneira como o vestido abraçava suas curvas. — Eles são tão elegantes e confortáveis.

— Na minha opinião, você deve usá-los sempre — disse ele, rindo.

Ela olhou para ele e percebeu que ele tinha um sorriso safado no rosto. — Seu pervertido.

Pervertido? Eu nem comecei. — Este vestido complementa o seu corpo. — Ele desceu as mãos de sua clavícula para seus quadris e costas novamente, terminando em sua cintura, e arrastando-a para os seus braços. — Ou devo dizer que seu corpo complementa o vestido? Você me deixa confuso.

Ela riu, contorcendo-se para fora de seu abraço. — Estou com fome e doida por um copo de vinho.

Erguendo a bainha de seu vestido, ela correu em direção ao porão, ele atrás.

Ele quase esbarrou nela quando entrou na adega pouco iluminada. Então olhou por cima do ombro e viu a garrafa que ela tinha nas mãos. — Você não vai abrir isso.

— Não? — Ela olhou para cima a partir do Château Mouton-Rothschild 1982 para procurar seu rosto e colocá-la de volta com as outras. Indo para outra seção, ela pegou um Romanée Conti de 1934 e olhou para ele com as sobrancelhas levantadas.

— Sophia, por favor. — Ele balançou a cabeça. — Somos só nós e massa.

— Eu não entendo qual é o problema. Você está dizendo que estes são bons demais para serem desfrutados com um jantar simples?

— Estas são garrafas muito caras. Alguns os considerariam investimentos, nunca para serem bebidas.

— Mas você bebeu do meu corpo, não? Isso é... — ela apontou para a garrafa —, mais valioso do que eu?

— Não quis dizer isso. — Ele soltou um suspiro. — É só que...

Ela levantou o queixo, desafiadoramente. — Só o quê?

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