Capítulo 22

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Kensington

Galewick Townhouse

Sábado, 20 de fevereiro de 2010

14:07


Alistair pegou o iPhone, olhou para ele por um longo tempo e enfiou de volta no bolso do jeans.

— Você vai ligar para ela ou não? — Leonard parecia se divertir.

— O quê?

Leonard riu. — Sophia. Você vai ligar para ela? Se eu soubesse que ela era a advogada, teria mexido os pauzinhos mais cedo.

— Ela é problema.

— Só porque ela não é fácil? Não é como as outras, Alistair. Ela é uma mulher especial. Eu me pergunto por que ela te fascina tanto, já que não é o seu tipo. É intrigante, para dizer o mínimo.

— E, por favor, diga, qual é o meu tipo? — Perguntou ele. — Linda? Ela é. Corpo incrível? Também. Loiras? Bem, acho que posso fazer uma exceção.

— Mulheres depravadas — foi a resposta direta de Leonard.

Jesus Cristo. Alistair balançou a cabeça e afinou os lábios.

— Tem sido bastante interessante ver você se contorcendo sob pressão. O poderoso Alistair Connor MacCraig. — Leonard riu novamente. — Nunca te vi agir tão estranho com uma mulher. E você teve muitas.

— Com toda honestidade, Leo, eu tenho exercido controle rígido sobre meus desejos. — Ele se levantou e andou pela sala.

Seu ego está ferido. Você não está vendo as coisas direito. Ela estava com Ethan. — Leonard levantou uma sobrancelha. — Você quer outra mulher infiel?

— Foda-se, Leo. Ela me beijou no carro. — Ele passou a mão pelo cabelo. — Aquela mulher tem fogo queimando sob aquela fachada de boazinha. Ela não me engana.

— Talvez ela seja quente. E daí? — Leonard inclinou a cabeça para o lado, pensativo. — Quem iniciou o beijo? Ela?

Alistair balançou a cabeça com veemência, seu cabelo balançando suavemente ao redor do rosto. — Eu. Mas ela tinha uma expressão de foda-me agora no rosto. Ela estava implorando por isso.

Leonard riu. — Sophia não implora. Ela vai e pega. Eu a vi destruir advogados mais velhos e mais experientes sem piedade, sem pedir desculpas. Ela me destruiu quando discutiu um acordo como se eu fosse um de seus alunos balbuciantes.

— Ela fez o mesmo comigo enquanto negociava um empréstimo — disse ele com um sorriso. — Cristo, foi excitante pra caralho. É o seguinte, Leo, algumas mulheres que têm uma personalidade forte para os negócios precisam de um tipo diferente de sexo.

O sorriso de Leonard desapareceu do rosto e ele franziu o cenho. — Não gosto disso, Alistair.

— Você já não teve o suficiente, Alistair Connor? — A voz de Alice veio de trás dele e ele girou. Sua irmã estava na porta com uma expressão séria no rosto.

Chega de quê, Alice? O que você sabe? Alistair se jogou no sofá e bufou, cruzando os braços musculosos sobre o peito largo.

— Sophia não é como Heather — disse Leonard.

— Deixe essa puta fora disso — rosnou ele.

— Você gostaria que alguém dissesse a mesma coisa sobre mim? Ela tinha uma expressão de 'foda-me agora' em seu rosto. Ela estava implorando por isso — ela imitou a voz de Alistair de uma forma irônica, entrando na sala —, você não pediu meu conselho, mas vou dar mesmo assim. Não jogue fora as segundas chances que Deus lhe dá.

— Diga-me, Alistair — a voz subitamente gélida de Leonard provocou arrepios na espinha de Alistair —, você arrancaria as asas de um anjo só para provar que Lúcifer caiu?

Oh, por favor. Eu não quero destruí-la. Nae — disse Alistair. — Isso é ridículo.

Ela é uma bruxa e eu estou enfeitiçado.

E eu não me importo se ela é uma bruxa, um anjo ou uma deusa.

Porra, só quero ela.

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Kensington Palace Gardens

Atwood House

17:01


Quando o iPhone de Sophia vibrou, ela não reconheceu o número. — Sophia Santo falando.

— Olá, Sophia. Alistair Connor.

Sua voz profunda e rouca fez o coração de Sophia bater ferozmente. Havia algo de especial nele que a atraíra desde o primeiro minuto que se conheceram. Ela havia memorizado seu corpo poderoso e a maneira como ele a abraçou naquele dia na piscina. Os músculos esbeltos de um nadador. Sua altura. A maneira como ele se portava com a segurança de um homem inteiramente à vontade consigo mesmo. O jeito como ele a beijou.

Sophia se derreteu.

— Alistair, como está? — Perguntou ela com uma voz ofegante.

— Estou bem. E você? Está recuperada?

— Quase. Um pouco amarelado ao redor do olho. Uma cicatriz avermelhada acima da sobrancelha. Como esperado.

— O cirurgião plástico deixou uma cicatriz? — Perguntou ele.

— Ele disse que vai desaparecer completamente dentro de cinco a seis meses.

— Sinto muito, Sophia.

— Ah, não é nada. — Ela deu de ombros. — E você? O que tem feito?

— Trabalhando demais. É por isso que liguei para você. Comprei ingressos para a ópera no dia 5 de março, Tamerlano com Plácido Domingo. Você gostaria de ir comigo?

— Adoraria.

— E hoje? Você está disposta a algo mais leve? Talvez jantar?

— Ah... eu... — Ela fez uma pausa. Você é idiota, Sophia? Você não sabe mais falar? — Acho que sim. — Você acha? VOCÊ ACHA?

Ele riu. — Isso é um aye ou um nae?

— Sim, isso é um sim — sussurrou ela.

— Que tal o Hélène Darroze no The Connaught?

— Não conheço — respondeu ela.

— Então, está resolvido. Oito horas te apanho aí, está bom?

— Sim, sim, tudo bem. Está bom, quero dizer. — Ela o ouviu rir. Tão, tão idiota, Sophia. — Então, te espero.

— Até mais, Sophia.

Destinos EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora