Iniciação

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Seulgi pov




O grande dia finalmente chegou, e eu estava super ansiosa para saber como seria a partir de agora. Antes de ir para o prédio da CIA em que eu ficaria para treinar - que eles gentilmente chamavam de porão -, Suho fez questão de me falar algumas coisas básicas para poder sobreviver ali. "Se mantenha focada o tempo inteiro", "Não brigue com ninguém se não tiver certeza que irá ganhar", "Quando puder dormir, DURMA", mas a coisa que ele mais repetia era; "Não se envolva sentimentalmente com nenhum outro aluno". Confesso que fiquei curiosa para saber o porquê dessa restrição tendo em vista que eu passaria a maior parte do tempo treinando, não me ocuparia com paixão.

Peguei minhas malas, as coloquei na sala e esperei meu professor vir me buscar em casa. A minha despedida de Wendy foi um tanto engraçada já que não nos despedimos de verdade, preferimos acreditar que eu iria passar um tempo na casa de outra pessoa, mas no final acabamos chorando.

Ouvi as buzinas do lado de fora e desci rapidamente, meu professor me esperava parado na porta do motorista com um braço em cima do carro, quando me viu chegar, tirou os óculos aviador e me perguntou:

- Para onde vai com esse tanto de malas?

Franzi o cenho para essa pergunta. "Como assim para onde eu vou? Foi você quem me recrutou, sabe melhor do que ninguém para onde eu vou!" pensei.

- Vou fazer o curso no porão, ora bolas! - respondi

- E para que esse tanto de coisas? - perguntou-me apontando para a mala que deixei no chão perto do carro.

- Porque eu estou me mudando para o porão, lembra? - perguntei com ar de deboche.

- Seulgi, isso é um treinamento militar e não uma colônia de férias, não vai precisar de tudo isso. você nem vai poder sair do porão por um tempo.

- E o que eu vou vestir, professor? - perguntei desinteressada

- Você vai vestir os uniformes que a agência fornecer, produtos de higiene pessoal, roupas íntimas, acessórios, tudo será fornecido pela agência. - disse rindo da expressão que fiz - E eu já disse que pode me chamar de Suho, vamos ser colegas de trabalho.

Revirei os olhos. "Deveria ter me avisado antes de perder tempo arrumando essa mala inútil!" pensei e em seguida lembrei que em uma das conversas que tive com Suho, ele disse que eu não precisaria levar nada, só alguns pertences pessoais - cordões, pulseiras ou outro objeto que tenham valor sentimental -, revirei os olhos mais uma vez ao lembrar disso.

Fizemos uma longa viagem, pegamos uma das estradas que saía de Seoul, seguimos mais alguns quilômetros até entrarmos em uma estrada estreita. Seguimos mais vários quilômetros até pararmos em frente a um imenso muro de concreto. Olhei atentamente o muro e a floresta ao redor de nós, vi que o portão era vigiado por duas torres de segurança - uma em cada lado do portão -, além dos guardas nas torres, tinham mais alguns no chão. Nos aproximamos mais do portão até que um dos guardas nos parou. Ele portava uma arma - parecia uma metralhadora - na frente do corpo, usava um uniforme tático preto, colete a prova de balas, luvas que cobriam apenas a palma das mãos até a metade de cada dedo, botas militares e capacete, notei que o uniforme era padrão de todos os guardas ali.

- Identificação, por favor. - pediu o guarda com um tom de voz firme assim que Suho abaixou o vidro.

- Agente Suho, NS 17216419, Agência Seoul. - disse Suho mostrando um crachá ao guarda. Ele o olhou atentamente, em seguida fez um aceno positivo com a cabeça para um dos guardas que estava perto do muro, devolveu o crachá de Suho e então os portões se abriram.

Under The Moonlight - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora