Resgate - final

1K 107 255
                                    

— Como assim ele escapou??? — Seulgi perguntava indignada, andava de um lado para o outro da sala de Jihyo.

Bogum estava sendo transferido para a delegacia quando um carro bateu no furgão que o transportava. Alguns homens mascarados arrombaram o veículo e o tiraram de lá. Jihyo foi informada assim que o fogo cruzado cessou e Bogum sumira de vista. Jihyo estava tão indignada quanto Seulgi, tão furiosa quanto Seulgi, mas tinha que manter a postura. Deixou que seus homens descansassem antes de perguntar os detalhes do 'sequestro'.

— Escapou, Seulgi. Sabíamos que era possível que acontecesse, mas estávamos tão focados em achar as herdeiras que não demos atenção a esse detalhe. — Jihyo explicava tudo com seus braços cruzados na frente do corpo enquanto uma de suas mãos massageava seu queixo. — Aquele pilantra sabia exatamente como nos distrair. — Jihyo comentou mais para si do que para o outros.

— E agora? Como vamos achar ele? — perguntou Sunmi.

A tensão era palpável, aquilo estava começando a ficar fora de controle e o pior: Jihyo não sabia o que fazer até que, como uma luz no fim do túnel, lembrou-se de um dos capangas dele que ainda não tinha sido transferido. Foram até a cela onde ele estava a fim de propor um acordo. Seulgi estava tensa e ansiosa e Sunmi percebeu, seus olhos atentos não perdiam um movimento se quer dela enquanto a Kang só pensava em como achar Irene.

O corredor era longo e, a cada passo em direção a cela, uma faísca de esperança acendia no peito de Seulgi; ela torcia para que aquele pesadelo chegasse ao fim. Sunmi decidiu não perder mais tempo e então fez o que há muito queria.

— É… Seulgi? — chamou e logo recebeu atenção. — Sabe, eu tava pensando, depois que isso tudo passar, você aceita jantar comigo?

Seulgi ficou surpresa com o convite, não esperava que Sunmi fosse fazê-lo naquele momento. Na hora quis declinar do convite porque sua mente focava em Irene, mas porque deveria recusar? Irene a tratou como uma qualquer, deixou claro que só queria uma noite de um bom sexo e nada mais, não tinha porquê se prender a uma esperança que, naquele momento e para ela mesma, não existia.

— Só se eu escolher o local! — Seulgi falou e tirou uma risada tímida de Sunmi que fez seu coração aquecer. Ela tinha algo especial, algo que chamava por Seulgi e, apesar de seu coração ainda estar ligado a Irene, queria descobrir o que era.

Durante o resto do trajeto até a cela, Seulgi observava Sunmi; era linda. Seus lábios chamativos, seus olhos brilhantes, Sunmi era uma mulher claramente atraente. Jihyo observava a interação entre as duas e ficava feliz por saber que, pelo menos um pouco, Seulgi se livrava do peso da culpa.

Jihyo abriu a cela, entrou e dois policiais, Seulgi e Sunmi entraram junto com ela. Puxou uma cadeira e foi o mais direta possível; não estava afim de papo.

— É o seguinte. Seu "chefe" — fez aspas com os dedos enfatizando a palavra 'chefe' — conseguiu fugir, então eu tenho uma proposta a lhe fazer. Você me fala tudo, absolutamente tudo, o que sabe sobre Bogum, os esconderijos dele, onde ele pode ter escondido as Bae, pra onde ele iria, planos, tudo e eu, como uma boa amiga, consigo diminuir sua pena pela metade. De 20 anos de cadeia consigo reduzir para 10 e ainda consigo te dar o privilégio de sair antes por bom comportamento SE… você me contar tudo o que sabe. — Jihyo olhou firmemente nos olhos do homem a sua frente e cruzou as pernas. — Então? O que vai ser?

— Eu não estou a venda! — falou calmamente o capanga.

Jihyo riu e estendeu a mão para um dos policiais que lhe entregou uma foto com uma linda garotinha em um balanço rindo com uma mulher atrás. Jihyo observou a foto e continuou.

Under The Moonlight - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora