《Capítulo 7| Diário 3》

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As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.

- Lilian Tonet -

- Lilian Tonet -

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Depois de uma bronca por ter sido mal criada no jantar com Mary e Oscar, meu pai disse que eu não podia ser tão rancorosa assim e que apesar de ele entender que amassar um livro seja terrível, eu deveria desculpar Oscar por isso.

Acontece que eu não queria perdoá-lo.

Oscar não tinha só amassado meu livro. Eu estava me sentindo envergonhada desde o jantar. Tão envergonhada que pedi desculpas a Mary enquanto ela levava eu e Oscar para a escola juntos em seu carro.

- Não se preocupe, Amy - falou sorrindo - Sei o quanto Oscar pode ser terrível.

- Ei! - o menino reclamou, se virando para a mãe, que permanecia concentrada na rua e sorria de lado.

Foi combinado que eu iria de carona com Mary para a escola, já que ela irá trabalhar lá. O que me trouxe até aqui: sentada ao lado de Oscar no carro de sua mãe, a caminho da escola onde teria de conviver com Oscar durante muitas horas do meu dia pelos próximos sei lá quantos anos.

- Ficou combinado que Bree virá buscar vocês da escola - avisou Mary, abrindo a porta do carro para que eu e Oscar saíssemos - Tenho que ficar até mais tarde para organizar tudo depois que as crianças forem embora e com certeza vocês dois não gostariam de ficar me esperando.

- Não mesmo - resmungou Oscar.

Mary deu um leve tapa na cabeça de Oscar e eu gargalhei, mas logo parei pois Oscar me fuzilou com seus olhos agressivos.

- Muito bem - murmurou Mary suspirando - Vamos?

Nós três entramos e logo Mary tomou seu caminho e eu e Oscar ficamos com outras crianças, que notei estavam curiosas para saber quem era o novo aluno. Oscar parecia não se importar nem um pouco com toda a atenção para si.

- Quem são seus amigos? - ele me perguntou.

- Ainda não chegaram.

- Você não têm muitos amigos, né?

Olhei furiosa para ele. Como Oscar podia ser tão estúpido com apenas nove anos? O quê o fazia pensar que eu não tinha amigos? Era tão insuportável seus comentários e perguntas que ele mesmo respondia por mim.

- Eu tenho amigos! - falei alto.

- E onde eles estão então?

- Não chegaram ainda! - falei, perdendo totalmente a paciência.

Ele deu de ombros, mas vi que ele tinha um sorriso debochado nos lábios.

Como eu odiava essas atitudes de Oscar. Ele parava de discutir, mas sua expressão deixava claro que nada mudaria seu pensamento. Isso o tornava sempre superior a mim.

Porque Odeio Oscar ScottOnde histórias criam vida. Descubra agora