"Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor."
- William Shakespeare -
. . .
Nada tinha voltado ao normal.
Peter aceitou que voltássemos a namorar, mas ele estava muito distante grande parte do tempo. Eu tentava chamar sua atenção, sendo mais carinhosa e atenciosa do que antes. Tentei chamá-lo para vir ao meu quarto para fazermos alguma coisa, mas ele não veio. As próximas duas semas desde que reatamos se passaram em um vazio completo. Pelo menos para Peter, pois eu estava pisando em ovos o tempo todo e considerava essa sensação tudo, menos vazia.
Tentei não tocar mais no nome de Oscar, mas era difícil, já que eles viviam juntos e apesar de Oscar ter se afastado de mim e estar saindo todos os dias com Serena, ele continuava conversando com Peter graças aos jogos e atividades da fraternidade.
Peter não parecia muito convencido de que eu e Oscar nunca tivemos nada, mas ele pelo menos fingiu acreditar em mim e eu estava me esforçando para que ele acreditasse. Eu queria que essa fase passasse e que a culpa por mentir parasse de me consumir. Peter não merecia mentiras. Não merecia ter uma pulga atrás da orelha por minha causa e de Oscar.
Ontem os garotos da Red Lions jogaram com os da Titan House e o jogo foi importantíssimo para a fraternidade Red Lions. Talvez fosse pela euforia do jogo, mas Peter estava muito entusiasmado quando me chamou para o assistir há dois dias. Ele chegou alegre e sorridente e me beijou no meio do refeitório e disse que esperava por mim no jogo. Tomei como verdade que pela atitude entusiasmada de Peter talvez as coisas finalmente estavam voltando ao normal. Que Peter estaria extraindo a mágoa dele em relação a mim e logo mais estaríamos em paz.
A caminho da biblioteca, encontrei com Eva, que estava terminando de fumar um cigarro encostada nas escadas do alojamento. Sorri ao vê-la e ela acenou para mim enquanto expirava a fumaça para fora de seus pulmões.
- Não sabia que você fumava.
Ela deu de ombros e apagou o cigarro na parede para em seguida caminharmos lado a lado juntas, mesmo ela não sabendo para onde eu iria.
- Não é recorrente - admitiu - Só quando estou ansiosa.
Olhei de soslaio para ela e resolvi que seria uma ótima ideia cutucá-la.
- A coisa entre você e o Ryder está ficando séria - a cutuquei nas costelas e ela sorriu de lado.
- O quê posso dizer? Ele é muito bom de cama.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Porque Odeio Oscar Scott
Romance#ConcursoTheBest #ConcursoPF #1 faculdade #2 newadult #8 diário Tudo começou com uma professora pedindo para escrevermos uma versão triste de um acontecimento feliz de nossas vidas. Com um projeto desses jogado em cima de mim logo no primeiro dia d...