《Capítulo 23 | Diário 11》

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Todas as paixões nos levam a cometer erros, mas o amor faz-nos cometer os mais ridículos.

- François La Rochefoucauld -

- François La Rochefoucauld -

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Como muito bem explicado anteriormente neste diário, não era uma tarefa simples conviver com Oscar Scott. E como muito bem explícito anteriormente, mais difícil ainda era comemorar aniversários com Oscar. Porém, devo dizer que mais do que uma missão impossível, era fazer aniversário com Oscar e ter uma paixão platônica por ele secretamente há quase um ano.

Eu ainda negava minha paixonite por Oscar para o mundo, enquanto secretamente eu me imaginava beijando Oscar em uma situação inusitada novamente.

Claro que era ridículo, pois Oscar nunca demonstrou me ver com outros olhos desde o nosso beijo no armário na casa de Brian Floyd.

Depois de nosso beijo na casa do Brian eu tentei esquecer ou pelo menos agir como se nada tivesse mudado. Porque nada tinha mudado mesmo. Eu e Oscar continuamos brigando intensamente, ele continuou sendo terrivelmente intrometido e eu continuei sendo implicante e entediada com suas gracinhas. Para ajudar, nunca mais falamos sobre o assunto.

Entretanto, eu não me esqueci.

A cada vez que eu acordava, a lembrança dos lábios de Oscar nos meus me invadia e me causava arrepios. Não era como se eu não conseguisse disfarçar. Na verdade, era muito fácil disfarçar minha queda por ele na própria presença dele. Interagir com Oscar no dia a dia enquanto ele fazia alguma gracinha ou implicava era muito diferente de interagir com o Oscar do armário da casa do Brian.

Eu comecei a pensar que os dois nem sequer fossem a mesma pessoa. Oscar no armário, pronto para me beijar era uma perdição para meus desejos adolescentes. Oscar meu vizinho era o inferno em minha vida.

Mas tudo isso mudou no nosso aniversário de quatorze e quinze anos.

Em meus quatorze anos, eu cansei de usar decorações com personagens e cair em uma briga com Oscar por qual escolheriamos naquele ano. Então, decidimos que a decoração poderia ser nas cores azul, vermelha e branca e que o bolo seria nas mesmas cores. Definitivamente sem personagens.

Enquanto procurava por uma roupa, me senti segura de que esta festa de meus quatorze anos e quinze anos do Oscar, não seria um desastre como nos anos anteriores.

Oscar estava mais crescido e eu também, portanto não iríamos ter problemas. Certo?

Coloquei meu vestido azul de mangas compridas e justinho que havia ganhado de minha avó no Natal passado. Era um vestido diferente de todos que eu já tinha usado até então. Ele não tinha mais aquele ar infantil, rodadinho. Ao invés disso, ele tinha um decote em V, que não era tão profundo, mas realçava os meus seios pequenos que começavam a aparecer. O vestido também se encaixava perfeitamente em meu quadril que havia ganhado curvas sutis nos últimos tempos.

Porque Odeio Oscar ScottOnde histórias criam vida. Descubra agora