Porque Odeio Oscar Scott

《Capítulo 31 | Diário16》

"Pra falar a verdade, eu gosto de quando você me provoca e gosto até dos seus ciúmes"

- Desconhecido -

. . .

- Amy! Abre a porta pra mim!

Ouvi Bree gritar da cozinha para mim e respirei fundo por ter que largar minha leitura para atender a porta. Da sala segui em direção a porta.

- Já vou!

Tocaram a campainha mais duas vezes e já imaginei quem fosse.

- Ah, é você - falei decepcionada ao abrir a porta e dar de cara com um Oscar sorrindo - Seu bom senso não está aqui, se é isso que procura.

Oscar se apoiou no batente de minha porta e inclinou-se bem perto de meu rosto.

- Se eu procurasse por bom senso o último lugar em que procuraria seria com você, amor.

Empurrei a porta com tudo, na intenção de machucar a cara atrevida de Oscar, mas ele colocou o pé na frente rápido demais.

- O quê você quer, Oscar? Tô ocupada - falei impaciente.

Ele abriu a porta e passou por mim sem pedir licença, entrando na minha casa, seguindo em direção a escada que levaria ao segundo andar.

- Parker está lá em cima? - perguntou, olhando para cima, como se pudesse enxergar além das paredes.

Fechei a porta de casa e me aproximei dele com os braços cruzados.

- Foi na casa de um amigo. Novamente, o que você quer? Achei que tinha me livrado de você, já que não aparece aqui faz meses.

Oscar olhou para mim e abriu um de seus costumeiros sorrisos maliciosos que eu bem conhecia.

- Isso é saudade? Acho que tenho que vir ver você com mais frequência então.

Ri de escárnio e segui até a sala onde eu estava antes de ele chegar. Peguei meu livro, mas sabia que não conseguiria ler. Oscar não iria embora e continuaria ali em volta de mim me distraindo.

Ele me seguiu e se jogou ao meu lado, tirando o livro de minhas mãos e o jogando no outro sofá.

- Essa é sua ocupação? Ler? Não têm nada melhor pra fazer, não?

Sim, eu tinha e com certeza não era ficar ali com ele.

- Na verdade eu tenho - Murmurei e me levantei, seguindo para o andar de cima com Oscar ao meu encalço - Estou esperando uma pessoa e você pode ir embora, porque com certeza quem não deve ter nada melhor pra fazer deve ser você.

Entrei em meu quarto, mas antes que Oscar entrasse comigo eu bati a porta na cara dele e sorri ao ouvi-lo praguejar. Ele abriu a porta com brutalidade e entrou no meu quarto se sentando em minha cadeira da escrivaninha em seguida.