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#8 diário
Tudo começou com uma professora pedindo para escrevermos uma versão triste de um acontecimento feliz de nossas vidas.
Com um projeto desses jogado em cima de mim logo no primeiro dia d...
"Talvez as pessoas não me decepcionem. Talvez o problema seja eu, que espero muito delas"
- Bob Marley -
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Eu morria um pouco todos os dias ao ver Oscar direcionando seu sorriso para qualquer garota que não fosse eu.
Se depois do nosso primeiro beijo, no armário da casa de Brian, eu não conseguia tirar Oscar da cabeça, depois dos beijos em seu quarto, no dia do meu aniversário, era impossível pensar em qualquer outra coisa que não fosse os dedos de Oscar subindo pela lateral de minha barriga, alcançando meus seios logo em seguida.
Era terrível.
Avassalador, doentio e perturbador.
Eu estava tão apaixonada em Oscar que era difícil controlar a palpitação em meu peito quando eu o via.
A cada dia ele tornava -se mais atrativo aos meus olhos.
Seus cabelos castanhos ondulados eram tão brilhantes e perfeitos que eu me via querendo passar a mão por ele todos os minutos do meu dia.
Seus olhos castanhos não eram somente castanhos. Comecei a reparar mais neles e descobri que em suas íris existiam pequenas pigmentações de verde escuro e de uma amarelo suave.
De repente, a pinta quase insignificante no alto de sua bochecha esquerda tornou-se extremamente interessante e atrás dela comecei a reparar que Oscar tinha uma pele de tonalidade única.
Ele tinha um bronzeado natural, que o deixava charmoso e facilmente eu me pegava o comparando a àqueles surfistas de filmes clichês aos quais eu assistia o tempo todo, no intuito de saciar minhas fantasias com Oscar.
Nossa amizade continuou. Nossas alfinetadas também. Mas de alguma forma, tudo tinha mudado. Oscar me defendia mais. Eu o defendia mais. Como se só eu pudesse falar mal dele e mais ninguém. Só eu tinha esse direito.
Nossas conversas e provocações tornaram-se maliciosas em alguns momentos e isso só me deixava mais esperançosa.
Esperançosa de que Oscar talvez viesse a pensar da mesma forma que eu. Que ele não estava só sendo um conquistador, mas que ele pensava em mim tão intensamente quanto eu pensava nele.
Eu não sei dizer se o fato de nossos amigos viverem insinuando que Oscar e eu gostávamos um do outro era bom ou ruim. Porque rapidamente se espalhou que eu gostava dele. E não o contrário.
