#ConcursoTheBest
#ConcursoPF
#1 faculdade
#2 newadult
#8 diário
Tudo começou com uma professora pedindo para escrevermos uma versão triste de um acontecimento feliz de nossas vidas.
Com um projeto desses jogado em cima de mim logo no primeiro dia d...
"Ando sentindo umas coisas que não entendo direito. Não gosto de não entender o que sinto. Não gosto de lidar com o que não conheço"
- Caio Fernando Abreu -
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
. . .
Algumas coisas não são para darem certo e eu sabia disso melhor do que ninguém. Eu sabia por exemplo que, misturar mentos e coca cola não era uma boa ideia. Mas o que eu tinha certeza, era que misturar Oscar Scott e Amy Green em uma festa cheia de pré adolescentes era a fórmula exata do caos.
Infelizmente, eu tinha apenas duas opções. Ou eu deixava de ir a uma festa que eu realmente queria comparecer, somente por conta de Oscar ou, eu o ignoraria por completo, rezando para que nada tão grave acontecesse.
Uma festa na casa de Brian Floyd era uma tentação para uma garota de treze anos apaixonada por Christian Gordon. Os olhos azuis celestiais e as bochechas super rosadas quando ele ia ao sol ou ficava sem jeito me deixavam literalmente sem palavras.
Então essa festa seria minha chance. Minha chance de finalmente conseguir meu primeiro beijo. E eu havia escolhido Christian Gordon, o garoto mais gentil e lindo da escola, como meu primeiro.
Não era bem uma festa. Os pais de Brian haviam viajado e o irmão de quinze anos dele resolveu dar uma festa. Brian prometeu ficar de boca fechada se pudesse chamar alguns amigos, então o irmão dele concordou.
O que foi uma surpresa mais do que inédita para mim foi encontrar Dora na festa.
Ela não parecia surpresa em me ver, mas compreendeu minha indignação.
Dora estuda em outra escola e eu não sabia se Brian por alguma razão a conhecia.
Até que tudo ficou claro como as águas de Maldivas assim que pousei meus olhos em Oscar.
Nos últimos dois anos, Oscar conseguiu superar todos os níveis de superioridade possíveis. Uma cabeça mais alto do que eu e começando a desenvolver um corpo musculoso, devido a treinos de futebol e corridas, Oscar se tornou dono de um ego que não cabia nele mesmo.
Quando ele me viu, não deu importância, até que seus olhos caíram em Dora ao meu lado.
Minha amiga sorriu ao vê-lo e acenou para que se aproximasse. Oscar sem hesitar, caminhou até nós com seu típico sorriso de lado.
- Me sinto uma intrusa, Oscar - falou Dora, com uma voz carregada em doçura e graça fingindo constrangimento.
- Você foi convidada, Dora. Por mim! Não se preocupe. Brian e o irmão dele são meus amigo. Nunca se importariam de eu ter chamado você.
Dora riu, fazendo um barulho estranho e eu torci o nariz com aquele papinho furado dos dois. Oscar percebeu que eu estava incomodada, então viu ali uma chance para me deixar sem graça. Ele ergueu uma sobrancelha ao perguntar com superioridade para mim:
