《Capítulo 19 | Diário 9》

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"Ah, se a gente pudesse contar as voltas que a vida dá. As voltas que o meu mundo deu até te encontrar"

- Matheus Rocha -

- Matheus Rocha -

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Começo a refletir mais em como minha vida seria completamente diferente se Oscar não tivesse a invadido sem ao menos pedir licença. Oscar fazia parte de praticamente todos os meus dias e eu não conseguia evitá-lo em certas situações. Como por exemplo, o dia em que eu iria no dentista tratar uma cárie.

Meu pai havia marcado o horário no dentista para depois da escola. Como Oscar e eu voltávamos juntos todos os dias, meu pai disse que nos buscaria de carro e iriamos ao dentista logo em seguida. Richard perguntou para Oscar se ele se importaria de ir conosco ao dentista, pois seria muito fora de caminho levar Oscar até sua casa e depois voltar ao dentista comigo.

Oscar disse que não se importaria nem um pouco e quando seus olhos de malandro encontraram os meus, eu soube que ele queria mais do que tudo me ver chorando a caminho do dentista.

Um dos maiores erros de minha vida, foi um dia ter confessado a Oscar Scott que eu tinha um medo angustiante de dentistas.

- Oi, Amy! - falou o Dr. Grover sorridente para mim - Pronta?

Não.

Eu não estava nem um pouco pronta.

Senti minhas mão geladas e comecei a suar frio. Meu pai deu um leve aperto em meu ombro e me incentivou a ir com o Dr. Grover para dentro da salinha onde ele me torturaria pelos próximos longos minutos. Comecei a pensar na agulha entrando lentamente em minha gengiva e continuei sentada na cadeira ao lado de meu pai por mais dois minutos até criar coragem e seguir o doutor para dentro da salinha.

Quando ele fechou a porta vi em cima da bandeja vários instrumentos que mais pareciam objetos de tortura medieval.

- Pode se sentar, Amy - pediu novamente o Dr.Grover.

Relutante me sentei.

Completamente tensa, me encostei na cadeira e abri somente uma pequena fenda de minha boca. Dr. Grover pediu que eu abrisse mais e eu o fiz, mas lágrimas já escorriam para a minha têmpora e comecei a tremer.

O dentista pediu para eu me acalmar e disse que começaria. Tentei me segurar, mas assim que ele segurou um dos objetos perto de minha boca foi quando gritei.

Gritei tão alto que provavelmente o prédio inteiro devia ter ouvido. O doutor pediu que me acalmasse novamente, mas não havia solução. Eu estava desesperada e aquele medo era real. Eu tinha um medo real de tudo relacionado a dentistas e eu só queria sair dali.

- Amy! - chamou o Dr.Grover - Amy por favor, se acalme.

Então eu comecei a sair da cadeira e gritar que eu não faria aquilo de jeito nenhum. Antes que eu pudesse me levantar de vez, meu pai e Oscar entraram pela porta e vi em suas expressões que os dois sabiam o que estava acontecendo.

Porque Odeio Oscar ScottOnde histórias criam vida. Descubra agora