"Ah, se a gente pudesse contar as voltas que a vida dá. As voltas que o meu mundo deu até te encontrar"
- Matheus Rocha -
. . .
Começo a refletir mais em como minha vida seria completamente diferente se Oscar não tivesse a invadido sem ao menos pedir licença. Oscar fazia parte de praticamente todos os meus dias e eu não conseguia evitá-lo em certas situações. Como por exemplo, o dia em que eu iria no dentista tratar uma cárie.
Meu pai havia marcado o horário no dentista para depois da escola. Como Oscar e eu voltávamos juntos todos os dias, meu pai disse que nos buscaria de carro e iriamos ao dentista logo em seguida. Richard perguntou para Oscar se ele se importaria de ir conosco ao dentista, pois seria muito fora de caminho levar Oscar até sua casa e depois voltar ao dentista comigo.
Oscar disse que não se importaria nem um pouco e quando seus olhos de malandro encontraram os meus, eu soube que ele queria mais do que tudo me ver chorando a caminho do dentista.
Um dos maiores erros de minha vida, foi um dia ter confessado a Oscar Scott que eu tinha um medo angustiante de dentistas.
- Oi, Amy! - falou o Dr. Grover sorridente para mim - Pronta?
Não.
Eu não estava nem um pouco pronta.
Senti minhas mão geladas e comecei a suar frio. Meu pai deu um leve aperto em meu ombro e me incentivou a ir com o Dr. Grover para dentro da salinha onde ele me torturaria pelos próximos longos minutos. Comecei a pensar na agulha entrando lentamente em minha gengiva e continuei sentada na cadeira ao lado de meu pai por mais dois minutos até criar coragem e seguir o doutor para dentro da salinha.
Quando ele fechou a porta vi em cima da bandeja vários instrumentos que mais pareciam objetos de tortura medieval.
- Pode se sentar, Amy - pediu novamente o Dr.Grover.
Relutante me sentei.
Completamente tensa, me encostei na cadeira e abri somente uma pequena fenda de minha boca. Dr. Grover pediu que eu abrisse mais e eu o fiz, mas lágrimas já escorriam para a minha têmpora e comecei a tremer.
O dentista pediu para eu me acalmar e disse que começaria. Tentei me segurar, mas assim que ele segurou um dos objetos perto de minha boca foi quando gritei.
Gritei tão alto que provavelmente o prédio inteiro devia ter ouvido. O doutor pediu que me acalmasse novamente, mas não havia solução. Eu estava desesperada e aquele medo era real. Eu tinha um medo real de tudo relacionado a dentistas e eu só queria sair dali.
- Amy! - chamou o Dr.Grover - Amy por favor, se acalme.
Então eu comecei a sair da cadeira e gritar que eu não faria aquilo de jeito nenhum. Antes que eu pudesse me levantar de vez, meu pai e Oscar entraram pela porta e vi em suas expressões que os dois sabiam o que estava acontecendo.
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Porque Odeio Oscar Scott
عاطفية#ConcursoTheBest #ConcursoPF #1 faculdade #2 newadult #8 diário Tudo começou com uma professora pedindo para escrevermos uma versão triste de um acontecimento feliz de nossas vidas. Com um projeto desses jogado em cima de mim logo no primeiro dia d...