005 || revelation

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Danielle Diz♡

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Danielle Diz

Desbloqueio a tela do celular e solta um longo suspiro ao ver o horário; 1:45 a.m.

Quando cheguei no dormitório logo após um longo papo com os meninos, senti meu corpo tão pesado e dolorido que jurei que iria tomar um banho e logo em seguida apagar na cama, mas não, eu estava errada, porque minha traiçoeira mente resolveu que não era hora de dormir e que eu deveria ter uma bela insônia logo naquele dia. Então, eu resolvi fazer um café e apenas aceitar meu destino deitando no sofá e ligando a televisão. Fiz um brigadeiro para acompanhar, porque obviamente não poderia faltar e assim comecei minha maratona de filmes clichês.

Provavelmente amanhã eu iria estar acabada, cheia de olheras e até mesmo com mais dores no corpo, mas quem disse que eu conseguiria ir ate minha cama, deitar e dizer ao meu cérebro para parar de se procurar por alguns horas?

Já estava no segundo filme, quando de repente duas batidas suaves soaram pelo dormitório. De começo achei que estava ficando louca e que talvez fosse a falta de sono, mas então bateram novamente e eu me obriguei a levantar e ir até a porta para abrir. Não podia ver quem era, então simplesmente suspirei fundo e abri a porta de primeira, me amaldiçoando logo em seguida.

Matheus estava ali, com o braço direito encostado no batente e cabeça baixa analisando seus sapatos, mas logo ele levantou a cabeça e eu quis enfiar minha cara em um buraco por conta do impacto que suas irias tiveram em mim. Engoli em seco e respirei fundo antes de falar.

- O que você quer aqui?

- Posso entrar? - perguntou - Aqui fora está meio frio.

Mordi o lábio inferior com força e então abri passagem para o mesmo.

Matheus analisou cada canto do dormitório e até mesmo o filme que eu assistia.

- Você mudou muita coisa desde a última vez.

- Veio aqui pra reparar na decoração ou pra me dizer alguma coisa? - perguntei cruzando os braços e erguendo a sobrancelha

Matheus soltou o mesmo risinho irônico do dia da balada e o som reverberou por mim mesmo sem eu ao menos querer.

- Quero conversar com você. - ele se virou para mim - Sem qualquer interrupção ou você fugindo de novo.

Foi minha vez de rir.

- Boa escolha de lugar.

- Aqui, pelo menos, você não vai correr de mim.

Reviro os olhos e aponto para o sofá, vendo que ele hesita se deve sentar ou não, o que no final das contas ele acaba fazendo. Suas mãos agora estão dentro da jaqueta e ele mexe a perna sucessivamente deixando claro que está nervoso. O silêncio paira e isso começa a me incomodar. Começo a sentir um aperto no peito e tenho vontade de pedi-lo que vá embora e tente outra hora porque agora não vai dar, mas eu apenas respiro fundo e lembro das palavras de Ana Luiza, dizendo que uma hora ou outra vai precisar ser feito.

the past never forgets you | dantheusOnde histórias criam vida. Descubra agora