Semente do mal

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Acordo deitada em uma cama, sinto um braço por cima de minha cintura, e outro em baixo da minha cabeça, sinto o calor de um corpo atrás do meu e já sabia bem onde estava, analiso o quarto bagunçado de Eric e suspiro nervosa antes de virar meu corpo de encontro ao dele, estava com vergonha pelo que ele possa ter visto e pelo meu escândalo mais cedo, vejo seus olhos abrindo e ele analisando meu rosto que deveria estar horrível depois de tanto choro, ele passa a mão em meu rosto e o toque carinhoso me fez fechar os olhos, ele leva a mesma mão até meu pescoço e toca um cordão que percebo de imediato em meu pescoço, o cordão levava uma orbe verde, da mesma cor de seus olhos, como se fosse a própria iris dele.

— O que é isso?– pergunto e minha voz sai baixa e cansada

— A cor dos meus olhos, para nunca esquecer de mim.– ele diz me arrancando um sorriso

— Egocêntrico demais.– toco a pequena bolinha e sorrio

— É algo que eu tinha guardado, achei que iria gostar.– ele diz analisando minha reação.

— É lindo.– digo sendo sincera e ele ainda me analisa.

— Porque eu estava entre seus medos?– ele me pergunta com receio e eu não respondo — Sente medo de mim?– ele presume e eu fico interrogativa era isso que ele havia pensado?

— O que? Não...– respondo rápido — Eu não sei porque estava lá, mas quando você pulou eu senti um medo estranho...– êxito em dizer e meu coração palpita forte — Senti medo de te perder. – digo fechando os olhos sentindo a dor de novo, o medo se instala de uma forma grosseira e sinto seu toque novamente em meu rosto, me puxa pra perto e deposita um beijo em meus lábios, eu precisava de mais do que apenas beijos naquele momento — Eu preciso de você.– confesso e ele me beija com mais vontade, nossas línguas dançam em sincronia e se coloca em cima de mim, suas mãos percorrem por todo meu corpo, deixando arder por onde passam.

Ele começa a me ajudar a retirar as roupas com pressa, ele já estava com o tronco nú e só retirou a calça, estava perfeito. Suspirei ao ver suas tatuagens completas e sinto seus beijos pelo meu corpo.

— Eu vou te mostrar uma coisa.– ele diz baixo e começa a trilhar os beijos pela minha barriga

— O paraíso?– pergunto sorrindo com a sensação de seus beijos quentes e escuto a risada dele.

Ele leva a boca até minha virilha e beija a região me causando arrepios, sinto sua língua quente de encontro a minha parte íntima e me contorço na cama a cada movimento que ela faz, me causa alguns espasmos, ele usa também os dedos pra me masturbar e meus gemidos ficam altos com a intensidade deles. Seguro seus cabelos tentando tirar ele dali e sinto minhas pernas trêmulas mas ele não para até que eu solte um gemido rouco e sinto um líquido sair de mim, ele sorri satisfeito e volta seus beijos para minha boca fazendo eu me acalmar do orgasmo, mesmo ainda sensível sinto ele entrar em mim me tirando outro gemido alto. Desta vez ele foi agressivo e isso me deixou com mais vontade ainda, ele se movia fazendo a cama bater na parede e apertava meu corpo com tanta força que eu me preocupava com as marcas que ficariam, ele sai de dentro de mim e me faz virar ficando de bunda empinada pra ele e lhe desfere um tapa ardido, solto outro gemido a cada tapa ardido que ele da entrando e saindo de mim com força, ele segura meu cabelo escuro com uma das mãos e sinto ele pulsar dentro de mim mas antes de gozar ele sai de dentro de mim e solta seu jato em cima da minha bunda. Sorrio com a sensação maravilhosa que senti e ele levanta meu corpo cansado e me leva até o banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água cair em cima de nós dois, ele me beija com vontade e me prende na parede gelada, solto um gemido ao sentir seus dedos me estimulando e de novo a sensação de que precisava mais uma vez dele dentro de mim aparece.

Nós terminamos bem tarde, e no final de tudo trocamos poucas provocações como sempre, nada de falar sobre sentimentos, Eric não conseguia fazer isso. Então me vesti e caminhei para o alojamento, onde encontrei todos, me aproximei do grupo que Christina, Triz e Will mais um outro garoto estavam conversando e eles notaram minha presença rápido demais.

— Onde estava? – Christina pergunta curiosa

— Eu...– não sabia se poderia dizer a eles — Eric me levou a enfermaria, eu passei mal depois do teste. – coloco as mãos nos bolsos da jaqueta pra eles não perceberem minhas tremedeiras. — Como foi o de vocês? – pergunto pra mudar de assunto.

— Meu corpo todo tava coberto de insetos, eles estavam na minha orelha, na minha garganta eu nem respirava...– Christina diz

— Eu sei de um garoto que a uns dois anos ficou com tanto medo que teve um ataque cardíaco na cadeira e quase morreu.– Al diz e vejo Triz se envolver de medo

— Então a gente já sabe o que esperar.– Will diz e eles riem

— Você não pareceu ter nenhum problema.– digo para a Triz

— Eu? Não, nossa foi horrível...– ela mente e abaixa a cabeça

— Ah perai, nenhum de nós chegou nem perto do seu tempo, foi incrível.– Al comenta e eu franzi minha testa.

— É o incrível é que ela vai tirar todos da Audácia.– Peter diz sendo presunçoso, ele adorava irritar a careta

— Ela não vai nos tirar da Audácia.– digo revirando os olhos

— Ela passou de pior pra uma das melhores, alguém vai ter que tirar o lugar dela. – ela só sabia se encolher diante das acusações dele — Quem vai ser? Você?– ele diz a mim e eu vejo o rosto de Al ficar preocupado.

— Você pode parar de falar?– Christina pede quase voando nele

— Só queria saber como ela faz. – ele diz — Qual é o seu truque?

— Eu não tenho truque.– ela responde

— Ninguém sai tão rápido, Mary é uma das melhores aqui e saiu em 7 minutos e meio.– ele diz e pelo que percebi está tentando nos colocar contra Triz — Conta pra gente como fez. Conta pra seus amigos. – ele diz e sai, plantou a sementinha e foi embora.

— Do que ele tá falando?– pergunto e ela abaixa a cabeça — Tem como ser mais fácil?

— Não.– ela responde rápido e nós trocamos olhares significativos, Triz estava escondendo algo — Eu só fiz o que me mandaram fazer.

— Seja lá o que for Careta, o número um agora é meu, nem ouse me tirar de lá.– aviso com medo de perder minha posição e ela assente, saio de perto deles pensando na sementinha que Peter plantou.

Flames - Eric ( A Saga Divergente)Onde histórias criam vida. Descubra agora