Garotas só querem diversão

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— Eu adorei esse lugar.– Chris diz animada e Peter revira os olhos, eu me sento na minha cama que era de frente com a dela.

— Me lembra a Audácia. Alojamento, sem privacidade e a maioria são soldados.– digo analisando o pessoal ao nosso redor, todos pareciam fortes.

— Você pode reviver os seus melhores momentos.– Peter diz me alfinetando.

— Eu vou começar a parar de pedir permissão pra atirar em você.– o encaro e ele ri

— Melhor não se estressar muito, ou pode prejudicar o bebê.– ele diz e sai rindo antes que eu o ataque.

— Não liga pra ele.– Chris fala e eu passo as duas mãos no rosto

— Senhorita Mary.– um cara me chama e eu o olho — Preparamos uma consulta médica para você, achamos que sua gravidez precisaria de acompanhamento.

— Mas agora?– pergunto confusa.

— Sim, a doutora está pronta para atendê-la.– Chris me lança um olhar reconfortante e eu me levanto para ir, o cara me guia até um elevador. Ele coloca sua tatuagem abaixo de um sensor e o elevador abre. — Coloque seu código aqui.– ele pede e eu levo meu braço até um sensor dentro do elevador, ele aperta o andar que iríamos e eu espero até o elevador subir.

Chegamos até a ala médica em segundos, ele me guia até uma porta e a abre pra mim, eu entro e vejo uma mulher loira que se levanta da mesa e vem sorrindo até mim.

— Olá, é um prazer conhecê-la Mary. Eu sou a doutora June e sou encarregada do seu pré-natal.– aperto sua mão em cumprimento e não consigo sorrir tanto quanto ela. — Por favor sente-se aqui.– ela me guia até uma cadeira a frente de sua mesa e vejo o meu outro guia fechar a porta e ir embora. — Você sabe alguma coisa sobre sua gravidez?

— Só que é muito cansativa.– sorrio e me sento na cadeira equipada. Ela coloca uma luz sobre mim

— Eu vou passar um sensor em você que vai coletar informações suas e do bebê.– assinto e ela cólica a máquina pra funcionar, deito minha cabeça e vejo uma luz passar duas vezes sobre meu corpo — Prontinho.

— Muita tecnologia.– comento, ela me guia até uma cadeira a frente da mesa dela, ela possui alguns papéis em mãos e um tablet anotando algumas informações.

— Você está caminhando para o terceiro mês e sua barriguinha já está com uma protuberância, isso mostra que o bebê está crescendo como deve. Ele está saudável pelo que vejo e você também mas mesmo assim vou recomendar algumas vitaminas, elas ajudam na criação de hormônios que estão causando os vômitos e as náuseas e outras coisas que a gravidez trás. – ela fala sem parar e eu suspiro aliviada, o bebê estava bem e só isso me importava, sorrio com o pensamento. — Você quer saber o sexo dele agora?– ela pergunta animada e eu assinto.

Ela me guia até outra parte da sala que estava escura, ela me pede para deitar na cama e levantar a blusa. Sinto um gel gelado que me causa um arrepio e logo ela passa um equipamento que mostrava imagens na tela.

— O que é isso?– pergunto ao ouvir o barulho de uma máquina em movimento

— Esse é o barulho do coração dele.– sinto meus olhos marejarem e sorrio com a sensação maravilhosa que estava sentindo. Ela me mostrava cada parte do corpinho do bebê que estava se formando. — Graças a nossa tecnologia, nós conseguimos saber o sexo do bebê assim que ele é um feto ainda e o seu é um garotão. Meus parabéns. – sinto minhas lágrimas caírem no rosto me lembrando de Eric e o quanto ele ficaria animado com esse momento, eu não sei qual seria a reação dele.

Saio da consulta feliz, o bebê estava bem então eu deveria ficar bem por ele. Pego os remédios que June receitou na farmácia, em seguida pego o elevador pra ir de volta aos dormitórios.

— Mary.– escuto Quatro me chamar e caminho até ele — Onde estava?

— Eu fui a uma consulta médica.– mostro os papéis para ele

— Está doente?– ele pergunta preocupado

— Não, era só pra ver se o bebê está bem, vou fazer o acompanhamento agora. E descobri o sexo.– digo animada e ele sorri

— E o que é?– ele pergunta curioso

— É um menino.– sorrio quando ele me abraça animado

— Meus parabéns.– ele diz e me solta, ele me encara como se tivesse que me contar algo mas não consegue.

— Está na hora.– a mesma mulher que ficou me encarando quando cheguei diz atrás da gente e Quatro a olha

— Hora de que?– pergunto e ele pega uma jaqueta como a dela, um uniforme dos soldados.

— Eu e Chris vamos ser treinados.– ele diz e eu sorrio

— Eu também posso ir?– pergunto

— Não.– a mulherzinha diz sendo grosseira — Você está grávida e aqui nós privamos o início da vida, você não poderá fazer esforço ou trabalhar.

— O que?– pergunto indignada — Isso é besteira, o que eu vou fazer então?

— Você vai descansar.– ela diz e nos dá as costas

— Quatro.– suplico com o olhar e ele parece sem saída.

— Eu prometi que iria te manter segura. – ele diz e eu desisto, sinto um beijo na minha testa e ele se afasta — Descanse.

Vejo ele seguindo a mulher estranha e vou até a minha cama, eu não conseguiria dormir nem se tentasse.

Flames - Eric ( A Saga Divergente)Onde histórias criam vida. Descubra agora