Acordo sentindo uma dor no braço, tinha um dispositivo grudado em mim, e eu achei que havia levado um tiro, vejo os outros acordando a minha volta e Chris já estava de pé. Uma multidão se forma e começa a andar até onde estávamos escutando vozes.
— O que aconteceu?– Chris pergunta enquanto andamos apressadamente
— Eu não sei.– respondo desesperada, sinto meu coração apertar e meu estômago revirar, e percebo o motivo assim que chego na frente da multidão, encaro Quatro e vejo seu olhar de medo ao me ver, vejo o corpo de Eric no chão, com um tiro na cabeça. Solto um grito estridente e os olhares vem até mim.
— Droga.– escuto Quatro dizer e sinto os braços de Christina me segurarem pra mim não correr até o corpo dele. — Tirem ela daqui, rápido!
— Eric...– choro desesperada e sinto minha visão ficar turva, sinto braços mais fortes me segurarem e desmaio.
— Eu não quero fazer isso número um.– ele reclama com preguiça pelo rádio.
— Fica aí embaixo, eu vou ser rápida.– suspiro e espero até que esteja bem prendida no equipamento — Só não me deixa cair.
— Nunca – sua voz soa no radio e eu sorrio, os garotos me lançam no ar e eu sinto como se estivesse voando no céu com o auxílio da tirolesa, sorrio vendo a cidade iluminada, me encolho para passar pelos caminhos mais pequenos com um medo absurdo de me machucar, abro meus braços e quando chego num beco pequeno vejo Eric no final. Puxo o pequeno freio e demoro até parar no alto. — Eai?
— Foi incrível!– eu grito animada, ele me solta do equipamento e me ajuda a descer. Com a exitaçao do momento puxo sua nuca e lhe beijo com muita vontade.
— Calma aí número um, nosso dia ainda não acabou.– ele sabia o que eu queria
— Esquece o resto e vamos pra casa, eu preciso de você.– sussurro em seu ouvido e sinto sua ereção subir na calça
— Eu vou te dar tudo o que você quer.– ele sussurra perto da minha boca antes de me beijar de novo...
Acordo com um susto e com meus soluços altos chamando atenção da Chris que senta ao meu lado na cama, ela me abraça enquanto eu me debato.
— Amiga se acalma, você tem que se acalmar ...– ela diz enquanto tenta parar meus braços
— Me diz que é mentira Chris, me diz que ele não...– grito entre meus soluços e coloco as mãos na cabeça sentindo uma dor aguda.
— Ele se foi e você é forte, eu acredito nisso. Por favor se acalma.– deixo ela me abraçar enquanto tento controlar meu choro, suspiro sentindo o medo que eu nunca queria sentir, o mede de perder ele agora era real e não só mais uma simulação de onde eu acordava e ia correndo para os braços dele, desta vez eu tinha que vercer meu medo de verdade e finalmente o entendi, meu medo não era perder Eric era a certeza de que um dia isso aconteceria de qualquer forma depois de tudo o que ele fez. — Olha pra mim.– Chris pede e segura meu rosto passando a mão nas minhas lágrimas teimosas.
— Eu preciso de um balde.– aviso sentindo o enjôo vindo, ela corre e pega o que parecia ser uma lata de lixo e me dá, eu solto todo meu vômito nele, ela segura meus cabelos no alto enquanto eu gorfo. Termino e busco respirar, queria ter tido levado um tiro mesmo.
— Ei, ela está melhor?– escuto a voz de Triz, ela chega perto de mim e minha vontade era jogar aquele vômito todo nela. Mas outra parte de mim sabia que não era sua culpa, não era culpa do Quatro e nem de ninguém ali.
— Não.– Christina diz — Acho melhor esperarem um pouco até falar com ela. – ela aconselha
— Ele mereceu aquilo Chris.– ela diz indignada e minha raiva sobe.
— Seus pais também mereceram.– rosno e Chris segura ela, pois ela avançaria em mim sem pensar no estado que eu estava. — Sai daqui Beatrice. – peço e ela sai andando e pisando duro, sinto outra onda de choro vindo e coloco o lixo no chão coloco as mãos no rosto imaginando como seria agora, sem ele.
Tomo uma decisão difícil mas precisa, me levanto da cama mesmo fraca e arrumo meu coldre na cintura, coloco minha arma nele e engatilho a arma maior que estava com Chris, ela segura meu braço antes que eu saia me suplicando uma explicação.
— Você não vai se vingar do Quatro né?– ela pergunta com medo
— Eu vou tentar concertar as coisas.– digo e puxo meu braço com força, saio do quarto dela e sigo até a saída do prédio com olhares sobre mim, minhas lágrimas não iriam parar por isso eles estavam olhando.
— Mary, vamos ir com o Quatro para os Sem facção, se quiser nos encontrar lá.– Uriah diz andando ao meu lado e eu paro pra falar com ele — Eu queria sentir muito, mas eu não posso.
— Eu sei.– não consigo nem forçar um sorriso e saio praticamente correndo do prédio.
Chego até nosso pequeno apartamento e finalmente me sinto sozinha, sem o olhar de todos pra chorar em paz. Pego a primeira coisa que vejo na minha frente e jogo contra a parede, vendo o vidro se despedaçar, faço isso com mais cinco peças de vasos.
— DROGA ERIC! – grito e sinto me faltar o ar, vou até nosso quarto e pego uma de suas camisas, e amasso em minhas mãos, fico de joelhos perto da cama chorando e lembro do meu cordão, aliso ele com uma das mãos e me lembro de mais um de nossos momentos juntos.
— Se você ficar chorando feito uma criança eu não vou conseguir limpar.– digo com raiva e me sento no colo dele ouvindo seus gemidos de dor, pressiono o algodão com álcool machucado que o tiro de raspão causou, e ele grita.
— Ainda bem que você não entrou na medicina, você seria péssima.– ele diz suspirando de dor e eu sorrio
— Cala a boca.– pressiono o machucado pra ele sentir mais dor e ele tira minha mão dali
— Sua cadelinha.– ele me tira de seu colo e eu nervosa me sento na cama, tiro meu uniforme e fico só de top andando pelo quarto — Porque tatuou uma pena? – vejo o olhar dele na minha costela
— Li em algum lugar que ela é um símbolo de virtude.– explico e ele assente, me sento novamente perto dele
— Me desculpa por agir assim.– ele pede sem graça, sem jeito.
— Você tem que começar a controlar sua raiva perto de mim Eric, uma hora ou outra eu vou cansar de ser tratada assim...– digo olhando dentro dos olhos dele e vejo o início de lágrimas.
— Promete não me deixar?– ele pede com medo — Se eu te tratar assim de novo mete um tiro na minha perna mas não me deixa.– ele súplica e suas lágrimas não saem, me sento em seu colo e lhe puxo pra um beijo caloroso.
— Eu estou aqui agora, da valor a isso e já basta.– eu digo e ele sorri enquanto me puxa pra outro beijo.
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Flames - Eric ( A Saga Divergente)
FanficÉ o dia da escolha e a filha de Jeanine Matthews tem uma decisão importante a tomar.