Você nunca saiu de mim.

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Se eu abrisse os olhos correria o risco de chorar mais uma vez, como sempre seria mais um sonho idiota que me deixaria triste o dia inteiro. Mas eu estava sentindo sua mão quente acariciando meu rosto, e sua respiração perto do meu rosto, o calor do seu corpo perto do meu...

— Pode abrir os olhos...– e a sua voz, eu fiquei dias sem escutar e agora parece que ele nunca foi embora.

E se fosse isso? Em um dia eu conto que estou grávida e no outro ele forja a morte e foge de mim?

Abri meus olhos e vejo duas órbitas verdes me encarando, estreito meus olhos e me levanto dando diversos tapas nele, principalmente em seu braço enfaixado e ele solta gritos me pedindo pra parar.

— Eu choro todos os dias até hoje pra você me aparecer assim do nada seu cretino.– digo sentindo minhas lágrimas caírem e bato ainda mais forte, e com um movimento rápido ele me prende na cama, fica em cima de mim segurando meus braços enquanto eu me debato. — EU VOU ENFIAR UMA FACA EM VOCÊ ERIC!

— Calma sua maluca, deixa eu explicar!– ele exclama

— Me explicar o que? Como me deixou sozinha com a uma criança na barriga?– me debato ainda mais pensando nisso.

— Era pra isso ser um reencontro amoroso.– ele diz rindo e finalmente me faz parar

— NÃO GRAÇAS A VOCÊ!– grito com raiva e canso de lutar — Porque me deixou lá sozinha?

— Não era pra ter acontecido desse jeito e o Quatro...– ele tenta explicar

— Quatro.– digo seu nome me lembrando — Onde ele está? Ele também me deve explicações, eu vi ele te matar.– digo desesperada

— DEIXA EU EXPLICAR!– ele grita e eu paro tentando controlar minha respiração — Eu pedi a ajuda dele, pra forjar minha morte. Eu sabia que Max ou sua mãe não me deixariam sair numa boa, e se ela perdesse eu iria estar morto agora por isso tinhamos que sair rápido. Quatro me ajudou por você, mas pro plano dar certo contava com você ficar em casa naquele dia, e eu achei que estaria lá e não na Franqueza.

— Tá dizendo que a culpa é minha?– pergunto indignada

— Por parte sim, o que foi fazer na Franqueza aquele dia?– ele pergunta e me solta, se sentando na minha frente

— Fui me despedir do pessoal que não seguiu o Max, da Christina...– digo agora mais calma e limpo as lágrimas no meu rosto

— Eu combinei tudo com Quatro, eu tomei uma pílula pra dormir todos tinham que achar que eu estava morto. E no outro dia eu já estava no trem a caminho pra cá, era perigoso voltar e te buscar e Quatro não podia te trazer também, então confiei nele pra te manter segura. E lá na cidade teriam mais recurso pra você e o bebê.– ele termina e explicar e eu pulo em seu colo, ele me segura como se eu fosse alguém frágil.

— Você tá vivo.– começo a chorar de novo mas dessa vez de alegria por entender toda a história, lhe solto e beijo seus lábios finalmente sentindo de novo tudo o que queria.

— Eu tô aqui Mary.– ele segura meu rosto e aprofunda nosso beijo, desgrudo nossos lábios e sorrio.

— Nosso bebê é um menino.– vejo seu sorriso se alargar.

— Mas ainda é muito cedo pra saber, sua barriga está pequena ainda.– ele me olha confuso, droga Quatro não havia contado a ele.

— Quatro não te disse que saímos e encontramos uma cidade super futurista?– ele me olha com raiva no olhar,mas não era de mim

— Ele te levou lá pra fora? Ele jurou te proteger.– ele me solta na cama e se levanta andando de um lado pro outro — Era pra ele te manter segura.

— Eu só ficaria segura ao lado dele, por isso ele me levou. A mãe dele Evelyn está viva e tomou o lugar da minha mãe. Virou uma tirana e tá armando uma guerra com a Amizade ou Leais não sei como gostam de ser chamados agora.– explico sem paciência — Se ele não tivesse me levado eu estaria morta agora.

— E se lá fora não tivesse nada? Como ele iria fazer?– ele diz exaltado e eu me levanto e toco seu rosto

— Mas deu tudo certo, difícil ou não esse caminho me trouxe até você.– ele controla a respiração e eu lhe beijo de novo, ele abraça minha cintura e retribui meu beijo apaixonado. Ele corta o beijo e se ajoelha na minha frente, encosta a cabeça na minha barriga e a beija enquanto acaricio seus cabelos e sorrio.

— Se algo acontecesse com vocês eu não iria me perdoar.– ele diz e fecha os olhos

— Estamos juntos agora. Isso que importa – ele se levanta e puxa minha nuca pra outro beijo, esse agora cheio de desejo, ele segura meu cabelo e beija meu pescoço e sussurra em meu ouvido.

— Eu senti sua falta.– meu coração acelera e sinto suas mãos explorarem meu corpo todo, aquele arrepio de sempre e um calor imenso na parte íntima.

— Eu preciso de você.– solto em gemidos e ele me beija, nossas línguas buscavam uma a outra como se tivesse passado séculos longe uma da outra.

Ajudo ele a retirar a camiseta preta revelando seu físico maravilhoso, seu braço em recuperação não poderia fazer muito esforço, retiro minha roupa que levava o logo daquele lugar horrendo e tedioso com rapidez. Eric me deita na cama depois que eu o ajudo a tirar a calça e a cueca junto, a luz do dia iluminava nossa cama e estava deixando tudo mais exitante, ele me beijava com muita paixão como se não pudesse mais me soltar. Sinto seu membro me preencher e solto um gemido no meio do nosso beijo, ele desce os beijos sobre meu pescoço e se movimenta cada vez mais rápido, passo minhas unhas sobre suas costas e seguro seu rosto o fazendo me olhar enquanto meu orgasmo vinha cada vez mais forte.

— Eu te amo.– ele diz entre gemidos enquanto olha dentro dos meus olhos, sinto o suor nos nossos corpos e encosto sua testa na minha, nós gozamos juntos depois de muitos minutos de prazer, nos olhando nos olhos e jurando nosso amor.

Me sento em seu colo, ainda nua e sorrio junto com ele, analiso seu rosto pra não esquecer cada detalhe de seu rosto e suas tatuagens ou seus olhos verdes.

— Eu te amo.– digo sorrindo e sua mão segura meu rosto me puxando pra mais um beijo.

Flames - Eric ( A Saga Divergente)Onde histórias criam vida. Descubra agora