Capítulo 16| Victoria Secreets

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Era estranho ver Andreas tão entretido no celular. Na sua casa, ele simplesmente esqueceu da minha existência e desde então aquilo passou a ser normal. Eu sei que ele não faz por mal, é só uma excitação por estar retornando laços com um ex-amor, como explicou-se superficialmente.

Em uma semana tudo mudou. Ele trocou nossos fast-foods por saladas com Celeste.

"Megnifica, remaneja a reunião.... porque vou sair com Celeste"

Cancelo. E só recebo:

" Você é megvilhosa"

Trocadilhos idiotas que tem diminuído durante a semana. Também, reconheço que estava ficando mal-acostumada. Criamos um elo tão legal, para mim, que esqueci que somos patrão e empregada e que estou aqui de passagem para meus sonhos até eu conseguir pagar a maldita dívida.

BRIlhante: tudo certo para nossa noite de meninas? Estou com saudades J

Confirmei para Briana nosso compromisso e só então fui até a sala de Andreas para dizer que estava indo almoçar.

—O senhor ainda precisa de algo?—perguntei voltando, sem entender, ao formalismo.

Ele estava tão entretido no celular que nem me escutou. O pior foi o ver cheios de sorrisos para uma tela de vidro fria enquanto eu falava para as paredes.

Mas somos melhores amigos, não é, Andreas?

—Estou indo almoçar.—declarei já voltando com os calcanhares.

—Perdão! O que disse Megan?—seu cenho franzido em confusão, condena sua viagem seja lá para que mundo.

—Eu perguntei se o senhor precisa de algo, para que eu possa ir almoçar.—sorrio amarela e ele cruza os braços franzindo mais ainda os cenhos.

Não faz isso. O meu eu chora, porque é a visão que sempre me encantou.

—Voltamos as formalidades desde quando?—idaga brincalhão.—Mas vamos, Céu não vai poder almoçar agora, está em sessão de fotos.—sorri

Claro! Céu. Até apelido cafona tem. Sorrio de volta, mas não é com sinceridade. Não o condeno por trocar a funcionaria pela a modelo mais cotada do mercado. Talvez, a substituta da Gisele Bündchen

Fomos até um foodtruck da esquina comer, não podíamos nos dar ao luxo de andar mais que esses poucos metros, sob pena de um atraso grave com um grupo de seguros para artistas. Esses que rendem milhões. O cantor, coloca a voz; dançarino, pernas... e assim vai.

—Se Céu me ver comendo isso, vai me recriminar—sorri com a boca cheia.

Engulo a vontade de revirar os olhos, dando mais uma bocada em um cachorro quente acebolado.

—Não sei o porquê. Isso está divino.—comento para não ser indelicada, após respirar.

Ele concorda, mas não diz nada. Pela primeira vez, após o nosso fim, estamos diferentes e distantes.

—Podemos colocar esse lugar na nossa lista de comidas.—ele sorri ao terminar.—um dia convenço Céu a vir aqui.—sorri bobo.

—Ela vai amar. E como vocês estão?

Eu sabia que ela iria odiar e também não queria saber como estavam. Na verdade, nem sei o porquê perguntei e tampouco o motivo de eu não querer saber. Ele é meu amigo, certo? Eu aceitei isso.

Se fosse Bri, seria normal, não é?

—Estamos indo com calma. Acho que aos poucos voltamos a ser aqueles adolescentes apaixonados.

Um Romance Endividado {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora