Capítulo 1 - Amonet

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✓ O foco principal desta fic não é apenas o romance entre as protagonistas, a trama sobre clonagem humana será explorada, como também outros personagens.

✓ Esta história começa em meados do ano 2012, e uma de suas inspirações é a série Orphan Black.

✓ Boa leitura!

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2012

Como esperado, o trânsito estava caótico naquela manhã de segunda-feira em uma das avenidas mais movimentadas da metrópole conhecida como "A Grande Maçã", onde era comum os veículos disputarem o mínimo espaço com pedestres, turistas e bicicletas logo cedo. E para Kara Grant essa era a rotina quase que diária.

Já há algum tempo, ela fazia o mesmo caminho por volta das 8h da manhã até o Instituto Vita¹, a sede de uma corporação especializada em engenharia genética que gerenciava e dava suporte a clínicas de fertilização espalhadas por quase todo o território americano.

Kara ocupava o cargo mais elevado na organização como Presidente de todo o conglomerado desde que sua mãe, Dra. Cat Grant, uma renomada cientista que consolidou sua carreira na área de reprodução humana assistida, se aposentou há sete anos. Kara tinha apenas 25 anos na época, mas desde o princípio, mostrou bastante competência no comando da empresa.

Mesmo já conhecendo muito bem os longos e famosos engarrafamentos de Nova York, Kara parecia especialmente nervosa naquela manhã, pois em poucos minutos teria que participar de uma reunião importante com os acionistas. Reunião esta que, além de ter sido convocada pela jovem Grant, também seria dirigida por ela e que, por isso mesmo, não poderia ter início sem a sua presença.

Uma das características da personalidade prática de Kara era um enorme senso de responsabilidade, não podendo falhar nunca. Não fosse pela péssima noite anterior, só tendo conseguido dormir às 4h da manhã, isso jamais estaria acontecendo. Ela havia tomado dois comprimidos do forte sonífero que seu médico lhe receitara, aconselhando o uso de apenas uma cápsula por vez. Mas, mesmo assim, não obteve resultado imediato.

Andava muito ansiosa com a pressão que vinha sofrendo de grupos radicais desde que um dos cientistas ligados ao instituto, após ser demitido, passou a publicar na internet artigos que apontavam a participação do Vita em pesquisas de clonagem humana.

A boataria logo se espalhou e, há mais de três semanas, a organização estava sendo alvo de duras críticas por meio de segmentos da mídia e da sociedade, contrários a essas supostas pesquisas. Um dos inconvenientes era ter que enfrentar todo dia um pequeno grupo de pessoas, geralmente entre trinta e cinquenta, amotinadas em frente à sede, gritando frases de baixo calão e empunhando cartazes nos quais se podia ler: "Parem de brincar de Deus!" ou "Vão todos para o inferno!", além do "Morra, vadia Grant!", sendo este último o preferido de Kara.

O aborrecimento da executiva apenas se agravou quando o seu celular começou a tocar e ela viu o nome da Dra. Alexandra "Alex" Danvers aparecer na tela.

— Kara, onde você está? —ouviu o questionamento do outro lado da linha.

Alex era seu braço direito no instituto e dividia com a executiva as principais atribuições no Vita. Kara, diferente da mãe, trabalhava apenas na área administrativa da organização e, com o afastamento de Cat, foi necessário também designar alguém para atuar no comando das pesquisas científicas, ficando essa função a cargo da precoce e brilhante Dra. Alex Danvers, uma PhD em genética.

— Estou a 10 minutos do instituto, mas sem previsão para chegar aí. Ficamos presos em um engarrafamento — explicou, olhando desanimada para o mar de veículos parados à frente.

Amonet [KarLena]Onde histórias criam vida. Descubra agora