Catra acordou se sentindo muito bem naquele sábado. Ignorando uma ardência nas costas, ou as pernas ainda meio dormentes, aquela facilmente seria uma das melhores manhãs da sua vida.
Tomando cuidado, procurou se sentar na cama, fazendo a loira ao seu lado resmungar.
Seus olhos de cores diferentes buscaram se focalizar nela, que estava de bruços. As costas nuas totalmente expostas, uma vez que o lençol estava embolado entre suas pernas e só cobriam as nádegas arrebitadas. Haviam arranhões na pele bronzeada, o que fez a cacheada sorrir.
— Catra... — a voz arrastada e manhosa a fez olhar pro rosto angelical da maior.
— O que foi?
— Deita aqui comigo... ainda ta cedo...
— Adora... são, literalmente, dez da manhã. — Catra riu.
— Dane-se, é sábado... — ainda de olhos fechados, Adora tateou o colchão até segurar seu pulso. — Eu tô com sono...
— Se não tivesse ido dormir tão tarde, não estaria assim.
— Como se não fosse você mesma o motivo de eu ter dormido tarde — um dos olhos azuis se abriram, enquanto um sorrisinho cínico elevava o canto da boca carnuda.
— Ah, cala a boca — a morena jogou o próprio travesseiro nela, mas logo em seguida se deu por vencida, deitando perto da namorada.
Deus... aquele título era tão gostoso de pensar, e de falar também. Catra nunca se sentiu tão feliz e realizada.
Viu Adora se virar, não demonstrando vergonha alguma em mostrar os seios medianos com mamilos rosados. Notou as marcas que sua boca deixou na pele dela, e sorriu, enquanto ela a envolvia em um abraço aconchegante, fazendo cafuné no seu cabelo lentamente.
As peles dos seus corpos se tocavam sem restrição, e por incrível que pareça, naquele momento isso não parecia erótico.
Era quase poético, artístico.
E como a artista que Catra era, via totalmente a beleza que existia no sentimento que compartilhavam. Nenhuma das duas tinha dito as famigeradas três palavrinhas, mesmo depois de duas semanas namorando, mas demonstravam a todo momento.
Fosse um beijo, uma mensagem, uma ligação, um abraço. Ou quando faziam amor.
Catra adorava o jeito com que Adora amava seu corpo. Ela fazia questão de ser gentil, apesar da virilidade... ninguém nunca fez o que a loira fazia com a boca, ou com os dedos.
Suspirou profundamente, afundando o rosto no seu peito. Aspirava o cheiro de sabonete de rosas que vinha da pele dela, misturado ao de sexo e ao seu próprio cheiro ali.
Suas pernas estavam entrelaçadas, e com aquele carinho gostoso, Catra acabou dormindo outra vez.
[...]
Quando a morena acordou de novo, notou a cama vazia. Olhou o criado mudo e se assustou ao ver que eram quase três da tarde.
Levantou da cama sem se importar com a nudez, e entrou no banheiro. Só então percebeu que o chuveiro estava ligado, e que Adora tomava banho calmamente, pelo visto não tinha percebido sua presença.
Catra sentiu o ar faltar em seus pulmões, porque a simples visão do cabelo loiro dela escorrendo pelas costas com a água, já era, em si, uma visão tentadora. As curvas de Adora era delineadas e lindas de se olhar. Os ombros não tão largos, os músculos das costas e dos braços, o bumbum empinado e macio, as coxas grossas e torneadas...
Sua namorada era um pedaço de mal caminho.
Fim.
E mal percebeu que estava ficando animadinha, pelo menos até se ver abrindo o box e entrando junto com ela.
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↬ʟᴜᴄᴋʏ sᴛʀɪᴋᴇ • ᶜᵃᵗʳᵃᵈᵒʳᵃ
FanfictionAdora e Catra sempre foram melhores amigas, faziam absolutamente tudo juntas. Com o passar do tempo, novos interesses e amizades as fizeram se separar. Mesmo fazendo faculdade na mesma instituição, mal se viam ou se falavam. Então, Catra tem a bril...