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Catra sentiu os braços da namorada a segurarem mais forte, e imaginou que estivesse tendo um pesadelo.
Tinham se passado quase seis meses, desde que suas vidas começaram a voltar aos eixos. Seis meses que ela morava com os Grayskull, e que seu relacionamento com Adora se tornava cada dia mais sólido, mais forte, mais intenso.

Se virou lentamente pra olhar sua mulher, que tinha a testa franzida e molhada de suor. Seja lá qual fosse o sonho, estava abalando mais do que achou. Acariciou seu rosto com suavidade, tentando não acordá-la, mas foi inútil. Ela se levantou em um pulo, ficando sentada. Estava ofegante e trêmula.

— Amor?

Adora a olhou um pouco vaga, mas logo esboçou algo como um sorriso. Não foi muito animado, era só pra sinalizar que não estava em crise. Catra se sentou também, aproximando-se da namorada. Beijou seu ombro desnudo pelo pijama de alças e encostou o queixo ali, olhando pra ela.

— Quer conversar?

— Eu tô bem, foi só um... sonho. Desculpa te acordar...

Catra sorriu, se movendo pra ficar de frente com ela. Tocou seu rosto com suavidade e lhe deu um selinho carinhoso. Seus olhos de cores distintas transbordavam de sentimentos calorosos, o que fez a outra suspirar.

— Eu te amo, Adora. E eu sempre estarei aqui, ao seu lado... a menos que você me queira longe.

— Nunca — a loira sorriu, acariciando a bochecha dela. — Você é tudo o que eu quero e preciso. Eu também te amo.

A latina se inclinou para depositar mais um beijo suave sobre os lábios vermelhos da maior. Seus planos eram fazê-la se deitar e tentar dormir novamente, mas parecia que a namorada tinha outros planos...
Sentiu ela pressionar mais o beijo, pedindo passagem para a língua, impedindo que se afastasse. Suspirou, concedendo. Era muito raro quando Adora tentava um beijo mais ousado, afinal Catra tentava ao máximo não pressioná-la de maneira nenhuma.

Tudo era no tempo de Adora. E ela gostava assim...

Timidamente levou aos mãos aos ombros dela, que já voltavam a ter a mesma espessura de antes, desde que voltara aos treinos. Sentiu sua pele quente sob os dedos, apertando levemente quando teve o lábio inferior sugado. Seu coração palpitou ao sentir a mão forte de Adora puxar a sua, posicionando-a sobre o próprio seio.
Apartou o beijo, um pouco assustada. Seu corpo travou, e tudo o que via era a imensidão azul dos olhos da loira, que estavam levemente nublados.

— Adora...

— Por favor... eu quero tentar... — a voz dela era um sopro, e Catra estremeceu.

— Eu não quero te forçar a absolutamente nada... tem certeza disso? — usou a mão livre pra segurar o rosto corado, a vendo confirmar com um aceno. — Você promete me parar, caso não esteja confortável? Promete que não vai me deixar passar dos seus limites?

— Sim, eu prometo — Adora a beijou. — Eu sonhei com isso... parecia tão real... eu só quero que você me ame... eu quero tentar te sentir... por favor...

Catra voltou a beijá-la com delicadeza, demonstrando através do beijo seu afeto e preocupação. Suavemente moveu a mão sobre o seio da mulher, que gemeu contra sua boca. Isso era um bom sinal, então fez novamente, sem pressa, recebendo um aperto forte na cintura, como resposta.

Aos poucos, bem devagar, foi beijando seu pescoço, levando a mão livre até a barra da blusinha do pijama, e a tocou na barriga por baixo do tecido, subindo lentamente pelas costas. Seus lábios, a essa altura, estavam beijando o colo dos seios de Adora, então não foi difícil perceber que ela se enrijeceu por completo.

↬ʟᴜᴄᴋʏ sᴛʀɪᴋᴇ • ᶜᵃᵗʳᵃᵈᵒʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora