(TEMP 03) CAPÍTULO 04 - A Visita Inesperada.

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Gilbert Blythe:

- Quando você sair do serviço, nós vamos nos encontrar. Você já tem que ir trabalhar e não quero que você se atrase por minha causa logo no seu primeiro dia. - Mariana fala.

- Se encontrar com você? 

- Relaxa Gilbinho, só quero que tenhamos tempo suficiente para conversar. Vou levar você em um lugar e lá eu falo o favor que você terá que me fazer.

- Na onde vamos nos encontrar? - pergunto.

- Eu sei a hora que você vai sair, estarei te esperando na rua detrás da loja de meus pais. Não demore. - ela fala e se vira pra sair do quarto.

- Mas, pra onde você vai me levar depois? - pergunto. Mas, não obtenho resposta nenhuma, ela fecha a porta e me deixa no vácuo.

Termino de me arrumar rápido e vou correndo pra loja de meus tios.
Acabei nem almoçando e estou morrendo de fome. 

Chegando lá, David já me vê logo de cara e vem até mim.

- Gilbert, tudo bem? Parece meio ofegante. - ele fala com um sorriso amigável.

- Sim, 'tô' bem sim. É que eu tive uns contratempos e aí vim correndo, senão eu iria me atrasar. 

- Já falei pra você, não precisa ficar andando a pé ou de ônibus, é só pegar o meu carro ou a minha moto. A minha moto 'tava' na garagem e a chave dela na escrivaninha de meu quarto, era só pegar e vir com ela. - ele fala com um olhar meio de reprovação por eu não ter vindo com sua moto. 

- David, me desculpe. É que eu não me sinto bem pegando emprestado suas coisas, você vai me achar um aproveitador. 

- Gilbert, não diga isso. Você é meu primo e é da família, você não é um aproveitador. Não diga besteiras. - ele fala em um tom bravo. 

- Desculpe. - falo e abaixo a cabeça.

- Ei, o que aconteceu com seu rosto? - ele pergunta apontando para o ferimento perto da minha boca.

- Ahh, isso? Ééé... então... ééé... - eu procuro palavras, mas não acho nada convincente.

- Já sei. Caiu, né? - ele pergunta dando uma risada curta. - 'Tá' com vergonha de assumir? 

- David, posso contar a verdade pra você? Não vai falar pra ninguém? - pergunto olhando para os lados e depois olho para ele.

- 'Tá' pensando que eu sou fofoqueiro? Pode confiar. - ele fala e se aproxima de mim para ouvir.

- Então, eu me meti em uma briga. - falo baixo enquanto nos dirigimos para a cozinha da loja. 

- Briga? Na universidade? Caramba, no primeiro dia de aula? O que é isso? - ele pergunta dando risada.

- Não foi bem uma briga do tipo eu e outro cara, soco e tapa. Foi uma briga diferente, foi uma briga que eu não bati, eu só apanhei. 

- Que tipo de pessoa que apanha e não bate? Você tem problema? - ele pergunta dando risada e dando um gole de sua água.

AGSCCN - (Shirbert) - PAUSADA ❌Onde histórias criam vida. Descubra agora