AGSCCN - (Shirbert) - PAUSADA ❌

(TEMP 03) CAPÍTULO 03 - Princesas Não Choram.

Eu escrevendo pela milésima vez para a Netflix e para a CBC renovarem Anne With An E.

Tô revoltada já, quero minha série de volta e essas duas não cooperam comigo. Quero renovação de Anne With An E pra ontem.
Mas enfim, vamos para o capítulo de hoje, hoje vocês vão ver que treta vai dá isso aqui.
Tô aqui de camarote com pipoca e Skol Beats nas mãos esperando vocês, venham ver comigo. Ou melhor, ler comigo.

🌷🌷🌷

Garotos tentam me domar, eu sei.
Eles me dizem que sou esquisita e não vou deixar isso passar.
Porque, uma princesa não chora.
Não desperdice o nosso precioso tempo com garotos de olhos bonitos.
Porque, princesas não choram. 🎵🎶

🌷🌷🌷

Anne Shirley:

Estou tão triste, tão decepcionada. Nunca pensei que depois de tanto tempo iria passar por isso de novo, que eu iria sofrer bullying por causa do meu cabelo.
No ensino infantil eu passava muito por isso, no ensino fundamental foi menos e no ensino médio não teve uma única vez. Os garotos amavam meus cabelos ruivos e as garotas também. Agora no ensino superior eu ser obrigada a passar por isso? Não é justo.

Se eu ficasse chorando por causa disso perto dos meus amigos, eles me achariam a maior criançona dramática do mundo. Mas a verdade é que, nenhum deles sabia o tanto que eu já tinha sofrido por conta desse meu cabelo ruivo.

Eu odiava meu cabelo e deu um 'trabalhão' pra mim começar ganhar confiança em mim mesma e começar amar meu cabelo do jeito que ele era.
Lembro que teve uma época na escolinha, que eu só ia de lenço amarrado nos cabelos só para esconder esse "cabelo de espantalho".

Não é justo que depois de tanto tempo que eu levei e tanto trabalho que eu tive para me aceitar e principalmente, aceitar esses cabelos vermelhos meus; um garoto idiota e insignificante venha e roube isso de mim em questão de segundos ou até menos. 
Ele roubou minha autoestima que levei um tempo considerável para construir. Ele roubou de mim em menos de um minuto. 
Eu odeio aquele garoto asqueroso e insensível com todas as minhas forças.

Tudo foi tão rápido, quando eu vi já tinha batido o meu notebook no rosto dele e depois esmurrei ele inteiro com o notebook. Infelizmente, meu notebook não se salvou e terei que comprar outro, mas me sinto um pouco melhor em saber que me vinguei e que não sou mais a garota idiota que os garotos zoavam e que ficava quieta.

Os meninos cansavam de zoar meus cabelos quando eu era criança e eu cresci super insegura. Até que, com o tempo, fui conhecendo amigos que foram me aconselhando e me ajudando e eu fui enxergando as coisas de outra forma.
Comecei a ler livros, ver séries ou filmes que as personagens principais eram ruivas e eu me sentia representada (representatividade).
Então, comecei perceber que eu era linda, que o meu cabelo era maravilhoso, que ele era um cabelo raro e que eu devia me amar e amar o meu cabelo exatamente do jeitinho que ele era.