Capítulo 45

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Oi meus amorexxx, como vocês estão?

Eu sei, eu sei, eu demorei pra caramba pra atualizar dessa vez, mas as vezes é necessário uma pausa para que a inspiração volte não é? Talvez vocês até mesmo já tenham esquecido da fic, mas pra quem quiser continuar lendo, espero que se divirtam e continuem embarcando nessa história comigo. Não falta muito mas também não falta pouco para que ela chegue ao fim, tá bem?

Obrigada a quem acompanha e sem mais delongas, boa leitura.

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-Força Bianca.... Só mais um pouquinho...

-Isso amor....

Talvez naquele momento, algumas crianças estivessem nascendo e outras morrendo. Afinal era esse o fluxo da vida não é? A carioca em nada ou em tudo pensava, via-se sentindo uma dor a qual seu corpo jamais fora exposto, doíam suas costas, suas pernas, até mesmo sua garganta parecia reagir a todo aquele esforço interminável. Buscava o conforto daqueles olhos já conhecidos por ela, mas que não correspondiam, não mais. 

Até que tudo parou. O silêncio ensurdecedor preenchendo aquela sala. Seu corpo não mais parecia expulsar algo, mas também não havia choro que preenchesse o vazio que sentia dentro de si. Olhou em direção de Rafaella que tinha os lábios abertos, os olhos espantados e não mais apertava sua mão. Buscou pelo local os olhos de Marcela, mas a mulher olhava para baixo em direção a suas próprias mãos.

-Por que.... por que ela não está chorando? - perguntou com o fio de voz e força que lhe restava.

-Eu sinto muito, Bia.

A voz da médica quebrou o estranho silêncio que estava ali. Ergueu suavemente a bebê, imóvel, quieta, morta. Não.... Aquilo não poderia ser verdade, sentia como se um pedaço de si tivesse sido arrancado de forma brutal e impiedosa. Não sentia forças nem ao menos para entender o que estava acontecendo. É culpa minha! Repetiu.

-Não.... não.....

Buscou o conforto do olhar de seu Sol, mas Rafaella não a olhava. Olhava fixamente para o corpo da garotinha esperando que aquilo não passasse de um pesadelo. A dona dos olhos verdes então finalmente a olhou, a olhou com os olhos marejados e com dor. Talvez nunca a tivesse visto com um olhar tão triste e sem vida como aquele e por um segundo precisou desviar.

-Não- negou baixinho.- Não - repetiu.

-Você não conseguiu, Bianca, nossa filha está morta.

A voz rouca de Rafaella carregava um desprezo que talvez nunca fosse se esquecer que sentiu. Era a verdade, não havia conseguido, havia sido fraca, fraca como em todos os outros momentos em que fraquejara e por sua fraqueza perdeu sua filha. Perdeu talvez o último laço que fosse ter com a mulher que amava. Amor... Algo tão pequeno como o corpo daquela criança parecia ter levado tudo de si.

-Não.... eu não... eu não matei... ela..- soluçava.- Rafa... me perdoa.

                                                                                    ~0~

Algumas horas antes....

-Você tem certeza que não quer que eu fique aqui com você?- Rafaella perguntou apreensiva.

Bianca suspirou irritada por estar tão dependente, irritada por precisar de alguém o tempo inteiro e irritada consigo mesma. Já faltavam poucas semanas para a chegada de Victória e tudo parecia estar desandando, seu corpo implorava por descanso, seu humor parecia sempre estar no pior nível, não suportava estar em companhia de ninguém e odiava ainda mais ficar sozinha.

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