Capítulo 9

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Vocês piscaram e eu voltei . Boa leiturinha bebês 😈


Rafaella observou Bianca entrar no quarto enquanto uma vozinha em sua cabeça berrava para que fosse atrás, mas o toque de seu celular a interrompeu. Era sua mãe então nem ao menos poderia ignorar, suspirou sentando-se na cama e lamentando o possível fato que Bianca não tentasse mais nada depois disso.

Você quer que ela tente?

Rafa:oi mãe

Mãe rafa:ei filha, como está?

Rafa:estou bem, um pouco cansada...

Mãe rafa: sua voz está desanimada, já fez sua oração hoje?

Rafaella não conteve um riso fraco. Afinal, se sua mãe soubesse que a última vez que rezará pediu a Deus para ajudá-la com a carioca iria mandar que rezasse mil e um terços.

Rafa: já sim mãe, estou indo tomar banho, te chamo depois tá bem?

Se sentiu um pouco mal ao desligar o telefone, mas se sentiria ainda pior se a carioca começasse a acreditar que Rafaella não queria a mesma coisa que ela. Respirou fundo e se forçou a ir até o outro quarto, sem deixar de pegar suas coisas em uma garantia de que, caso estivesse entendendo tudo errado ao menos teria levado algo para lá.

Três toques. Podia escutar o chuveiro ligado e mordeu o lábio prestes a voltar para seu quarto e fingir que nada aconteceu, mas ao escutar o som do chuveiro parando segurou a respiração. Não demorou para que a porta se abrisse permitindo que a imagem de Bianca com os cabelos molhados, o roupão branco do hotel e uma expressão um tanto quando duvidosa ocupasse seus pensamentos. Por um instante a dona dos olhos verdes precisou repensar suas próprias decisões.

-Hm... eu demorei porque minha m...

Sua fala morreu quando foi interrompida por Bianca puxando-a para dentro do quarto e fechando a porta em seguida. A mais velha sorriu quando percebeu o sorrisinho de lado da outra e teve somente uma certeza: Bianca não valia nada. Rapidamente colocou as coisas em cima da mesinha ao lado da porta e recostou contra a parede olhando a mais nova.

A distancia era pequena entre seus corpos enquanto travavam uma batalha silenciosa entre seus olhares, em uma disputa que pareceu eterna por quem seria a primeira a desviar, até que, em um ato de rendição a mais velha atreveu-se a puxar Bianca pela cintura provocando um sorriso da mais nova com este ato. A curva em seus lábios e o ar de deboche pareciam representar que ela tinha provado mentalmente algo para si. E realmente era isso, Rafaella não tinha como saber, mas aquele puxão era exatamente o que a carioca queria, uma atitude, uma resposta, um sinal verde de que ela também queria.

-Pensei que não tinha entendido-Bianca sussurrou passando os braços pelo pescoço de Rafaella retirando seus longos fios de cabelo dali. O quarto estava pouco iluminado pela luz acesa do banheiro, as cortinas fechadas e parecia ficar cada vez mais abafado. A carioca atentou-se às reações do corpo da mineira enquanto começou a trilhar uma linha imaginária por toda aquela extensão agora exposta de seus ombros e pescoço. Rafaella instintivamente fechou os olhos com aquele contato tão sutil e lento enquanto em um pedido silencioso por mais apertou sua cintura.- mas acho que tu não é assim tão santa quanto todos falam, não é, Kalimann?- seu tom de voz carregado de pura diversão e totalmente provocativo era acompanhado de um sorriso que Rafaella pode ver quando se olharam novamente. Naquele momento viu-se desistindo de resistir qualquer coisa que seu corpo a mandasse fazer. Precisava daquilo, precisava dela.

Bianca permitiu que um gemido escapasse por seus lábios ao sentir Rafaella firmando a pegada em sua cintura, com mais força do que estava esperando e com a outra mão puxar sua nuca para si. Ainda que não fosse existir resistência alguma de ambas as partes Bianca ainda teve tempo de provoca-la quando seus lábios estavam quase se tocando e distanciou-se um pouco somente para sorrir ao vê-la de olhos fechados antes de permitir que o beijo acontecesse.

Maybe Not Too DifferentOnde histórias criam vida. Descubra agora