"Três coisas não podem ser escondidas por
muito tempo: o sol, a lua e a verdade."
Buda.Margot havia pego no sono com aquele jornal em mãos, e em meio a sonhos turbulentos, ouviu três batidas na porta. Apressadamente olhou para o relógio, e se deu conta que já eram quatro horas da tarde. O tempo passou rápido, e tudo o que ela não havia dormido durante aquela madrugada, ela havia dormido agora.
Se levantou vagarosamente, com cabelos bagunçados, olhos pesados, e em passos lentos, transitou em direção a porta. Ela deparou-se com a mesma pessoa que havia atormentado suas últimas vinte e quatro horas, com o mesmo sorriso fanfarrão de sempre estâmpado em seu rosto.
— Más notícias. — Nicolas disse, ainda com o sorriso nos lábios.
— E por que diabos você está sorrindo? — Margot questionou, mal humorada.
— Porque ao contrário de você, sou uma pessoa feliz com a vida. — Afirmou. — Acho que é porque faço sexo. Você deveria experimentar, às vezes é isso que lhe falta.
— Se estivesse você e uma árvore falando comigo, eu daria mais atenção para a árvore. — A garota resmungou.
— Mas árvore não fala...
— Exatamente! — disse em irônia, provocando ao mesmo tempo uma risada espontânea em Nicolas.
— Então, posso entrar? — Arqueou uma única sobrancelha, mantendo uma expressão zombeteira em seu rosto.
— Pode. — Abriu mais a porta para que Nicolas entrasse, e assim ele o fez. — Como soube que eu morava nessa república?
— Leonora me falou algumas vezes. — O homem suspirou, sentando-se na cama que Margot havia deixado bagunçada. — Olga abriu a porta para mim.
— Me fale sobre as câmeras.
— Todas com a memória apagada. Não sei com quem estamos lidando, mas com certeza é profissional. — Abaixou a cabeça, e de vislumbre, avistou um jornal ao lado de Margot. — Já saiu no jornal a morte de Leonora?
— Não! — A jovem respondeu apressadamente, escondendo o jornal embaixo das pernas.
— Para que eu te ajude nisso, preciso que não esconda nada. — Afirmou, desconfiado.
— Tudo bem. — A garota cedeu, puxando novamente o jornal para superfície. — Essa notícia é de dois anos atrás, aconteceu em Los Angeles.
Delicadamente Nicolas retirou o jornal de suas mãos, e seus olhos deslizaram pelas letras rapidamente. Sua expressão era séria e sua postura rígida, pela primeira vez, Margot estava vendo o professor focado em algo. Em seguida, Nicolas pousou o jornal sob a cama, e encarou a mulher em sua frente com obstinação.
— Isso não diz nada. Los Angeles é longe. — Ele suspirou.
— Mas a vítima também foi asfixiada por um saco plástico, Nicolas. — Emitiu um riso nervoso.
— Linda, eu entendo que você quer achar o culpado, mas não podemos pegar qualquer crime que aconteceu e associar ao que houve com a Leonora. — Explicou pacificamente.
Margot levantou da cama, e andou de um lado para o outro, tentando buscar uma explicação para suas intuições, e então, resolveu por fim, revelar tudo o que sabia. Ou pelo menos, quase tudo. Abriu a primeira gaveta do criado-mudo novamente, e dessa gaveta, retirou quatro matérias de jornais. Esticou os braços para que Nicolas pudesse pegar, e por fim, análisar uma por uma.
A jovem mulher análisava as expressões do homem em sua frente com expectativa. Os jornais continham informações importantes, todas de Los Angeles, de mais ou menos um e dois ano atrás. Cada jornal correspondia ao assassinato de uma pessoa. Inez havia sido apenas a primeira vítima de muitas.
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A Morte Te Segue
Mystery / ThrillerNa Universidade do Colorado em Boulder, após o caos ser orquestrado, há paz. Após uma semana intensa de provas, há férias. Após um semestre de recuperação, há festas de fim de ano. Porém, ninguém esperava que os tão esperados jogos universitários se...