Capítulo 20

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Melissa

   Poder abraçar meu irmãozinho foi o melhor presente que Henry pôde me dar, esperei um ano e dois meses para finalmente realizar esse sonho. João está mais crescido, com menos cara de  criança . Seu cabelo escuro tem mechas pintadas da cor de mel, combinando com seus olhos da mesma cor.
  Henry pediu para o policial que ficou comigo, me trazer até o hospital onde eles estavam. A médica disse que ele só teve arranhões no joelho e fora isso não tinha nada de grave, tive que explicar as outras cicatrizes que ele tinha, que eram das vezes que meu pai batia. Nunca vou entender o porquê dele nos detestar.  Henry  me contou tudo o que aconteceu, fico aliviada por não ter acontecido nada de grave com ele também.  Enquanto eu e João esperamos ele buscar o carro, tento fazer meu irmão falar . Desde que Henry o pegou tudo o que ele disse é que queria me ver.

- Você está tão calado,  o gato comeu a sua língua?
Brinco bagunçando seus cabelos.
- vi que te chamaram de senhora Shepherd,  você se casou?
Não achei que ele tinha percebido, mas como eu achava que iria esconder isso de uma criança?

- Sim, o Henry é muito bom para mim. E ele cumpre promessas sabia? Henry tinha certeza que ia te achar.

Seu sorriso parece satisfeito com a minha resposta.

- Estava com saudades .

- Eu também baixinho.
Dou um abraço de urso quase esmagando suas costelas.
  Henry chega e voltamos para o hotel que estamos hospedados.

- Pedi para mudarmos de quarto para acomodar melhor nós três.
Henry aperta o último botão do elevador, a suíte  é enorme. Com dois quartos, dois banheiros, uma sala de tv e uma varanda com vista para o mar.

Pedimos um lanche de fast food para alegria de João, não se passou nem meia hora e ele já estava dormindo.
Henry o levou para um dos quartos, e então todo o estresse que tínhamos passado se tornou em cansaço. Estava de olhos fechados no sofá e senti ser erguida,  Henry me pos na cama e me cobriu.
- obrigado.
Segundo sua mão o fazendo olhar para mim.
- Eu disse que iria encontra-lo, e amanhã para terminar esse assunto,  preciso que assine um documento de custódia legal.
Henry ajeita uma mecha do meu cabelo.

- Mas não se preocupe, é só para que você se segurar de que ele sempre fique com você.

Balanço a cabeça concordando. O sono me domina me fazendo dormir sentindo seu carinho em meu rosto.

Acordo escutando risadas e um som estranho. Me levanto devagar da cama e me encosto no batente da porta, observando João e Henry jogando vídeo game juntos . Escuto eles conversarem.

- Ah não,  não vou perder para um garoto de sete anos .

- É oito  e isso é fácil demais. Tinha esse jogo no outro hotel.
Seu rosto foi de alegria para tristeza em segundos.
- O que vai acontecer com ela?
- Com... a Lilian?
Henry pausa o jogo e João balança a cabeça.
-

Ela é um pouco estranha mas era boa comigo. Brincava e deixava eu comer doce.

- Ela tem uma doença que infelizmente não tem cura, mas vai receber o melhor tratamento para poder ficar melhor.

João sorriu mostrando que entendeu e voltaram a jogar, caminho até eles e de costas para Henry, tampo seus olhos.

- A bela adormecida finalmente acordou?
Diz  sorrindo de lado.

- O dia está tão lindo que acho um desperdício vocês ficarem aqui jogando vídeo game.

  Comemos o café da manhã e nos arrumamos para ir na praia. Meu irmão parecia um peixe, não saia da água.  Almoçamos num restaurante  perto da praia e continuamos aproveitando o dia. Às vezes Henry tinha um telefonema do trabalho mas dizia que não era para me preocupar.
  Estamos assistindo o por do sol sentados nas cadeiras de praia, João voltou para o mar e  Henry está do meu lado concentrado, digitando no celular. Olho para minha aliança refletindo o que se passou nesse quase  dois meses desde que nos conhecemos. Muita coisa coisa mudou  e não estou falando do casamento e de estar com meu irmão, em pouco tempo Henry vem me mostrando que ele não é como os homens que já me relacionei. Com um só olhar ele conseguia me ver por completo, minhas qualidades e defeitos .

- O que minha querida esposa tanto pensa ?
Ele pergunta segurando delicadamente minha mão.

- Só em como o tempo voa. A um mês eu tinha assinado aquele contrato e agora já estamos casados.

  O vejo endireitar a postura e voltar a olhar a tela do celular. Quando o sol se põe, voltamos para o hotel. João foi direto para seu quarto.Henry se sentou na cadeira ao lado da porta do nosso quarto.
- Se quiser ir tomar banho primeiro fique a vontade.

Ia responder mas meu celular tocou, olho e vejo ser Hanna.
- Oi amiga.

- Desculpa te ligar, mas é que você é o contato de emergência da Chris e...
Hanna está nervosa e falando muito rápido.

- Se acalma, e me conta o que ouve.
Henry faz um gesto para que eu coloque no viva voz e faço isso. Então minha amiga joga a bomba de uma vez.

- Christina perdeu o bebê. Você precisa voltar, ela está transtornada.

- O que? Como assim?

- Christina achou que estava se sentindo mau por conta da gravidez mas na verdade foi uma das trompas que se rompeu, quando acordou não parava de chorar.Tivemos que sedá-la de novo.

- Vou ligar para o piloto pode fazer as malas com calma.
Henry me avisou e saiu do quarto.

- Estou voltando devo chegar aí pela manhã .

  Nos despedimos e fui me arrumar e guardar as coisas nas bagagens. Henry  pagou a conta do hotel e disse que dentro de três horas o jato ficaria pronto. Arrumei as coisas de João e  expliquei  a nossa saída repentina desse lugar paradisíaco.
  Como faltava uma hora ainda, Henry nos levou num restaurante, mesmo sem fome tentei comer a salada que pedi. Estava preocupada demais com Christina, ela não queria um bebê e com certeza isso tudo mexeu muito com ela.

Depois de quase cinco horas, chegamos em Seattle às quatro da manhã. Queria ir direto para o hospital, porém tinha que deixar João seguro em casa primeiro.

Henry levou João até o quarto de hóspedes para ele voltar a dormir.  Me  joguei no sofá e mandei mensagem para Hanna avisando onde estava.

- falei com minha mãe, ela disse que Christina está bem e fora de perigo, e que as visitas começam às oito.

Relaxo um pouco no sofá, Henry se senta ao meu lado.
- tudo bem, eu sei que não iria adiantar tentar ir agora para lá .

- Tente descansar um pouco,você nem cochilou no avião.

O cansaço me domina e deixo minha cabeça cair para seu ombro, não tenho mais a mínima vontade de sair do sofá. Henry pega um travesseiro que tinha ao seu lado e coloca na sua perna e me faz deitar a cabeça ali. Fazendo carinho nos meus cabelos, sinto lentamente o sono me dominar.

Desculpa pela demora de postar, tive vários problemas para resolver e sem tempo para escrever,  se encontrarem vários erros de português já peço perdão. O próximo capítulo está  metade , pretendo postar de dois em dois. Então posso acabar demorando um pouco para postar, mas não desistam de mim!
Podem me cobrar pelos próximos capítulos . Até meia noite já posto outro  capítulo!!
Bjs😘

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