Capítulo 23

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Henry


Os dois primeiros meses  de casados passou voando, achamos um colégio para João e Melissa esta nervosa pelas suas últimas provas para enfermagem, estuda por horas e as vezes esquece de comer. Já ouve momentos em que tive que pegá-la no colo e a deitar na cama, por ter dormido com a cara nos livros. Minha irmã também não desgruda de Melissa quando ela tem folga,  várias vezes saem juntas ou ficam aqui comendo besteiras e assistindo filmes.

   Ainda é meio estranho dividir meu apartamento com mais alguém  e ainda ter uma criança aqui, mas João é um bom garoto, estudioso como a irmã e sempre quieto. Tem feito acompanhamento com psicólogo e isso parece que está ajudando a se soltar mais.

  São seis  da tarde e decidi ir buscar Melissa de mais um turno do hospital.

— Que bom que você veio, estou tão cansada que poderia dormir no volante.

—Você já é desastrada normalmente imagina com sono.

Recebo um tapa no braço e continuo rindo da sua cara.

  Seu celular mostra que recebeu mensagens e Melissa diz que é a Hanna.

como ela estava respondendo mensagens por áudio não presto atenção  em uma única palavra que fala.

   Hoje eu pensei em levá-la para jantar no Mattozzi, tem mais de um mês que não saímos juntos e desde então não temos feito nenhum tipo de programa como marido e mulher, talvez seja divertido!

—Como foi seu dia?
Pergunda para mim mas continua digitando no celular.

Só digo que foi bom e fico pensando em que tipos de programas ela poderia gostar de fazermos juntos e acabo não prestando atenção no que diz.

—E depois vou adotar um dragão!

Melissa conclui.

Arregalo os olhos mas concordo com a cabeça e resmungo um acho ótimo ainda com os pensamentos no jantar e no trânsito. Sendo Melissa doida como é  não duvido ela conseguir um dragão.

—Idiota!

Bufa e se vira para a janela do carro dando as costas para mim.

— O que ouve?. murmuro

—Você não estava nem ouvindo o que eu estou falando.

Cruza os braços e continua a olhar para a janela. Todas as vezes que está chateada seus lábios fazem bico, esse seu jeito só me faz querer enchê-la de beijos. Achava que depois da primeira transa essa vontade que eu sinto por Melissa iria parar, mas essa mulher parece que me enfeitiçou, é só olhar para ela que meu corpo corresponde instantâneamente. Se eu soubesse quão bom é estar casado com uma mulher como Melissa teria me casado com ela no dia em que a conheci naquele bar. Mesmo com as brigas bobas, os tapas e seu jeito desastrado de ser, eu não mudaria nada na minha vida.

—Desculpa, achei que ainda estava falando por áudio. E estava pensando em outras coisas.

Passo a mão na sua coxa com a mão livre, a vejo morder o lábio inferior e quase bato com o carro da frente por não perceber o sinal fechar. Como pode meu amigo se animar só de vê-la moder o lábio.

— Não faça mais isso ou vamos ter problemas.

Ela me olha confusa, suas sobrancelhas estão franzidas. Passo o polegar pelo seu lábio inferior e a puxo para um beijo, paro ao escutar buzinas e xingamentos e dirigido o mais rápido possível para casa.

Já nem sei mais rotular o que Melissa e eu somos, poderia até dizer uma amizade colorida mas acho ridículo demais.
  Ter chegado no estacionamento sem ter agarrado essa mulher foi um sacrifício, assim que desligo o carro Melissa tira o cinto de segurança e sobe no meu colo, no beijo sinto desejo e urgência por mais. Que bom que não sou o único que estava ansioso para chegar em casa.
      Nunca tinha feito sexo no carro antes, Melissa tira qualquer auto controle que eu tenha com uma mordida nos lábios.

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