Ten

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New York, 22:14

Patrick estava sentado perto da janela de seu quarto no hotel, seu celular em mãos apagavam mais uma vez a mensagem que ele escrevia para a esposa. Deu um suspiro alto e se recostou na poltrona, fechou os olhos por um momento e sentiu seu corpo tenso e pesado. Ele odiava brigar com Ellen, odiava ainda mais ficar longe quando estavam brigados. Ele sabia que dessa vez ele não tinha culpa alguma por essa briga, sentia que nem ao menos deveria estar correndo atrás feito um cachorrinho implorando por atenção, mas ela não daria o braço a torcer e ele decidiu que nem ele daria dessa vez. Mesmo assim ele ainda se importava, abriu os olhos e pegou o celular mais uma vez entrando em sua conversa com Ellen.

"Já estou no hotel."

Digitou e enviou.

"Eu te amo e vou fazer o que for preciso para voltar logo. Odeio quando a gente briga, odeio ficar longe, odeio passar a noite sozinho sem você, odeio deitar e acordar sem você do meu lado. Porra, eu te amo."

Digitou e ficou encarando a mensagem, passou os dedos pela testa fechando os olhos e sentiu o celular vibrar, abriu os olhos e viu a resposta dela "ok". Deu uma risada nasalada e irônica desistindo ali não encaminhar a mensagem que digitara, apenas tirou um print da tela e apagou as palavras, bloqueou a tela do celular.

- Por que diabos você tem que ser tão orgulhosa? - disse olhando para a foto dos dois em sua tela bloqueada.

Los Angeles - 01:24 a.m

Cansada de se revirar na cama deitou olhando o espaço vazio ao seu lado, passou a mão pelo travesseiro de Patrick e suspirou fechando os olhos.

- Você faz um barulho tão fofinho quando está dormindo! - Patrick disse rindo apoiado em sua mão a olhando.

- Não faço nada. - riu ficando de barriga pra cima.- Tudo o que eu faço você acha bonitinho.

- Tem coisas que eu acho excitante. - mordeu o lábio e recebeu um travesseiro na cara.

- Você não consegue ficar um minuto sem levar as coisas pra outro lado. - Ellen sorriu demonstrando surpresa.

- Ai. - riu segurando o travesseiro. - Não tenho culpa se nosso sexo é bom.

- Você definitivamente não vale nada. - disse indo pra cima dele o fazendo deitar.

- Quem é que ta em cima de mim? - se ajeitou passando o braço pelo corpo dela e tirando as mechas de cabelo do rosto dela.

- Eu posso. - tocou a cintura dele e lhe deu um selinho. - E é confortável. - se aconchegou deitando no peito dele fechando os olhos em seguida.

- Vai querer dormir assim hoje? - iniciou um cafuné a abraçando mais forte.

- Sim, problema seu se não quiser. - o abraçou sorrindo fechado.

- A conta do quiropraxista é sua. - se aconchegou fechando os olhos em seguida.

- Filho da puta. - socou o lado da cama. - Pra que teve que viajar? - bufou sentando na cama. - Seu pai só me faz passar raiva. - passou a mão na barriga. - Eu ia contar pra ele amanhã a noite sobre você, mas ele resolveu que Nova Iorque é mais importante. - revirou os olhos. - Ok, não foi ele quem resolveu, talvez se eu tivesse dito ele teria ficado, ou teria ido com mais culpa, - pensou por um momento - na verdade se eu tivesse contado sobre você a gente não teria brigado. Seu pai não é um filho da puta ta filho? Mas a mamãe está muito chateada porque já tinha planejado tudo pra contar pra ele e agora não vai dar porque ele não está aqui, não foi culpa dele a briga, foram os hormônios, mas a gente parar pra pensar juntos eu só estou assim por causa dele e do seu ótimo sexo. - respirou e mordeu o lábio. - Mas você não precisa saber disso filho, ainda bem que não vai lembrar que eu disse isso. - riu passando a mão na barriga. - Você acha que a mamãe deve mandar uma mensagem ou ligar? Eu acho que devo mas não vou, olha o jeito que ele me mandou mensagem e nem ao menos respondeu. - pegou o celular olhando a conversa. - Quer saber de uma coisa? - cutucou a barriga - Já são quase duas da manhã e é por isso que eu to ficando carente assim, então eu vou deitar de novo e vou dormir.- deitou deixando o celular em cima do travesseiro de Patrick. - Porque ao contrário do seu pai, eu vou dormir muito bem acompanhada. - se aconchegou na cama puxando a coberta.

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