ME VIREI E PUDE VÊ-LO NO MEIO DAS ESCADAS. Estava de roupão e de calça moletom, vermelha. Ele foi descendo lentamente cada degrau.
E por Deus!
Se eu não tivesse a certeza de que viera ali para assaltar a casa dele, teria me ajoelhado e cantado louvado seja Bailey May.
Ele tinha um jeito tão majestoso de se mover, e eu não entendi porque não notei isso durante a festa.
Talvez estivesse focada demais em evitá-lo que não vislumbrei isso.
— Uma garota invadiu a minha casa... — disse ele, agora estava mais próximo de mim, mas eu estava mais próxima da porta.
Certo. Plano C então.
Tirei a arma da cintura e apontei para ele, que parou automaticamente.
— Nossa, uma arma... — o homem apenas ergueu as sobrancelhas.
— Nem mais um passo. — tentei fazer com que minha voz soasse mais firme possível. Falhei miseravelmente.
— Senão o que? — ele perguntou. Todavia não estava nem um pingo assustado, impressionado, ou qualquer outro sinônimo para essas palavras.
— Acho que você sabe o que uma arma faz.
— Sim, sei. — ele caminhou até o sofá e sentou.
Ele sentou na porra do sofá com a arma apontada para ele.
Ou esse homem é realmente um deus imortal ou eu não sou uma pessoa intimidadora nem segurando uma arma letal.
— Estou curioso para saber como você entrou aqui... O alarme não soou. O que você fez? — ele cruzou as pernas em cima do sofá e uma parte do seu roupão caiu, deixando seu corpo a mostra.
Inferno. Ele estava tão sexy!
— Quando uma pessoa faz uma pergunta, a outra responde. — ele disse, olhando diretamente nos meus olhos. — Puta que pariu! Você é uma das garçonetes. — ele levantou do sofá.
— Eu vou sair por aquela porta e você vai ficar aí.
— Não, querida, você não vai sair dessa casa enquanto não me disser como entrou aqui e o que pegou de mim. — sua voz soou extremamente ríspida.
Ok. Ele sabe colocar medo em um ser humano.
Senti algo na minha cabeça, mas devido a sombra que se formou em minha volta, soube que não era coisa boa.
— Larga a arma, criança. — Muralha falou. — Quando você pensar em destravá-la para atirar, seus miolos vão estar no chão... E talvez na cara do chefe.
— Eu sinceramente não quero que isso aconteça. — falou Bailey, se sentando de novo. — Ele está com uma submetralhadora HK MP5... Acho melhor fazer o que ele pediu.
Abaixei minha mão e logo minha arma foi retirada de mim.
Bom, não tinha mais como fugir. Reconheço uma derrota quando vejo uma.
— Eu estou sinceramente muito curioso para saber como você ficou aqui. — ele mexeu no bolso do roupão e pegou algo. — Se pegou alguma coisa importante o alarme deveria soar. — ele fez um movimento com as mãos e o segurança puxou minha mochila.
— Não! — gritei, e quando me virei dei de cara com a submetralhadora.
Apavorante.
— Larga!
Permiti que ele pegasse minha mochila, e o mesmo jogou-a para o Bailey, que abriu e começou a tirar as coisas de dentro.
— Ok, não temos nada que me pertence aqui. O que você pegou?
Fiquei calada. Sinceramente, eu já tinha conseguido o dinheiro. Ele nunca saberia para onde eu tinha mandado.
Só se me torturasse até eu contar.
— Vamos começar com o básico — continuou Bailey. — Qual seu nome?
Continuei calada.
— Eu estou sendo terrivelmente paciente com você, garota. E estou tentando não acreditar que se eu não tivesse descido para tomar uma água, porque a droga do meu frigobar quebrou, você sairia por aquela porta com algo que me pertence e eu nunca saberia... E só de pensar nisso me dá raiva. Então colabore comigo, o que você pegou?
Não falei nada. Mas dessa vez não foi porque não queria, e sim porque ele estava segurando o meu pescoço.
Seus olhos estavam mais escuros, e sua expressão séria, demonstrando irritação. Sua mão apertava o meu pescoço com força e eu estava claramente sufocando.
— Chefe, ela não vai falar assim. — disse Muralha, mas Bailey continuou apertando. — Chefe...
Ele me soltou e eu comecei a tossir involuntariamente.
— Ou você pegou algo, ou colocou algo aqui... Quem te mandou? — May perguntou, e dessa vez estava gritando.
— Ninguém... — falei com um fiasco de voz. — Vim por vontade própria.
— Ok. E o que você ia levar? Dinheiro? — ele voltou a sentar no sofá. — Responde!
— Eu não peguei nada. Pensei que a casa tinha algum cofre que eu poderia pegar dinheiro, mas não achei. — menti.
Bailey ficou me olhando por um minuto inteiro.
— Está mentindo! Tem esses cabos, um tablet e esse negócio aqui... Você pode parecer uma garota normal, mas algo você fez. E ainda não me explicou como burlou a segurança da casa!
— Por favor, só me deixa ir! Eu não levei nada, não tem nada comigo...
— Então fala! Qual seu nome?
Não respondi. Eu não podia.
— Já vi que gosta de testar a paciência que não tenho... Ela é uma das garçonetes, Dakota, lembra o nome?
— Não, senhor. O rosto eu reconheço, mas não lembro o nome.
— Ok. Leve-a para a sala e a amarre... Bem forte. Se ela não fala por bem, vai falar por mal. — disse Bailey, levantando do sofá e caminhando para as escadas.
Dakota — que eu prefiro chamar de Muralha — me pegou pelo braço sem delicadeza e me arrastou pela casa.
Ok. Eu vou morrer.
[...]
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𝐓𝐡𝐢𝐞𝐟 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷
FanfictionInconformada com o não posicionamento de sua mãe diante da doença do seu irmão de apenas dois anos, Joalin toma uma decisão difícil. Contando com seus conhecimentos sobre tecnologia da informação e o deus Moros, ela elabora o plano perfeito... Que n...