𝐓𝐡𝐢𝐞𝐟 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷

Fifteen.

SEGUREI O BRAÇO DELE TENTANDO FAZÊ-LO SOLTAR O MEU PESCOÇO, mas acho que ele estava mais interessado em me enforcar. Senti que o ar já estava me faltando e meus olhos estavam tão arregalados que podiam facilmente saltar para fora do meu rosto.

Ele me soltou de repente. Comecei a tossir involuntariamente agachada no chão, mas não tive tempo para me recuperar, já que ele me pegou pelo cabelo para que eu levantasse.

— O que você viu? — rosnou.

— Só quando você e o Dakota tiraram a mulher do armário... E ele colocou ela no porta malas do carro e saiu.

— Contou isso para alguém? — ele puxou meu cabelo.

— Não. — continuou me segurando. — Juro que não contei.

Bailey ficou me olhando por um minuto inteiro, então me soltou.

— Se vamos trabalhar juntos, precisa parar de mentir pra mim. Quando eu fizer uma pergunta você responde com sinceridade! — disse ele autoritário.

Ok. Eu tinha que ser a pau mandado dele, e a Sabina me disse para não contrariá-lo. Ele estava na minha casa, meu irmão e minha mãe estavam a metros de mim. Não poderia deixar que ele fizesse mal a eles — sim, eu incluir minha mãe nesse pacote. 

— Sim, senhor. — falei.

— Ótimo! — ele me olhou surpreso. Fez um gesto para um dos seguranças, que abriu a porta do carro e pegou uma sacola de lá, caminhando até o Bailey, entregando a mesma. — Preciso que tome um banho e vista isso. — disse ele, me entregando a sacola, que agora pude ver que tinha escandalosamente uma logo.

— Por que eu tenho que vestir as roupas da sua loja? — perguntei pegando-as.

— Não me insulte, Joalin. Versus Versace, não é uma loja e sim uma marca. Logo sendo uma marca que me pertence, você veste... Não quero uma pedinte ao meu lado.

— O quê? — perguntei boquiaberta.

— Você se veste com trapos e é mal cuidada, vamos resolver isso. — ele apontou para minhas roupas. E antes que eu pudesse dizer algo, ele perguntou; — Posso entrar?

Resolvi não dizer mais nada. Já provei um pouco da maldade dele com o enforcamento recente. Melhor fazer a alienada e obedecer.

— Fique à vontade. — dei passagem para o mesmo, que entrou.

O segurança voltou para o carro, então vi que não iria entrar, fechei a porta. Bailey caminhou até a sala olhando extremamente tudo ao caminho.

Minha casa não era grande e nem chic como a dele, mas eu fazia questão de manter tudo organizado e limpo.

Vi ele caminhar lentamente até o berço do Luckian, então apressei meus passos e entrei na frente dele.

— É o seu irmão? — ele perguntou apontando, estava próximo do berço.

— Acho que você o viu quando mandou o segurança apontar a arma para ele... — falei. E estava até pensando em me abaixar, caso ele levantasse o punho para me socar de novo. Mas ele não fez.

— Não vim aqui para isso. Vá se arrumar. Ficarei esperando aqui.

Continuei no mesmo lugar. Em uma semana é um pouco difícil esquecer que o homem que está parado em sua frente queria dar cinco tiros na cabeça de uma criança.

— Eu não vou fazer nada com ele, Joalin! — falou brando.

— O que me garante que está dizendo a verdade?