𝐓𝐡𝐢𝐞𝐟 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷

Seventeen.

[Respostando]

MINHA MÃE ESTAVA COM O OLHAR SECO. TRABALHAVA NO ESTACIONAMENTO do Hell's, estava acostumada a ver homens armados e ameaçadores. Mas eu não estava. E por um momento, tive mais medo que ele atirasse nela do que em mim.

— Bailey... Por favor! — pedi.

Ele não me deu atenção e se aproximou da minha mãe.

— Está realmente querendo me ameaçar? — ele perguntou para ela.

— Bailey, por favor! — pedi de novo.

— Cala boca, Joalin! — ele me olhou furioso.

— Não tenho medo da sua arma, garoto! — disse ela. — Já lidei com homens mais ameaçadores que você!

Bailey soltou uma gargalhada.

— Natasha, por favor, cala a boca! — pedi a ela.

— Não até que alguém me faça calar do jeito certo...

— Que seja então. — disse Bailey, abaixando a arma.

Ele olhou para mim, e quando eu ia proferir um obrigada, ele sorriu, engatilhou a arma e atirou bem no meio da cabeça dela.

Soltei um grito devido ao susto.

O corpo dela foi ao chão e logo uma poça de sangue se formou ao seu redor.

Ele matou a minha mãe.

— Pegue suas coisas e vamos. — ele falou, guardando a arma e saindo da cozinha.

Não consegui mover um músculo. Estava estática. Também não conseguia desviar o meu olhar do corpo dela.

Ele tinha realmente feito aquilo.

— Desculpa, mãe... — falei chorando. — A culpa é minha...

Quanto mais eu olhava para ela, mais o meu choro aumentava. Tirei a toalha da mesa e cobri seu corpo.

Eu não queria acreditar. Minha vontade era de ficar ali até ela levantar e dizer que era pegadinha. Que eu estava sonhando... Qualquer coisa, menos que eu deixei que isso acontecesse.

Só consegui me mover porque escutei o choro do meu irmão. Quando cheguei na sala o Bailey estava com ele no colo.

— Seu irmão é uma graça! — ele falou.

— Não machuca ele... — pedi chorando.

— Disse que não vim aqui pra isso... E além do mais, ele é a garantia de que você fará exatamente o que eu mandar.

— Não precisava fazer isso com ela...

— Ela me ameaçou.

— Não. Ela me ameaçou! — gritei dando um passo para frente. Sei que não deveria, mas estava nervosa. — Eu podia resolver... Você matou ela... — coloquei minhas mãos no rosto. Me entregando ao choro que eu não conseguia cessar.