Fourteen.

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• uma semana depois •

Depois de alguns dias, tempo suficiente para pôr minha cabeça em ordem e cair na real do que tinha acontecido, eu consegui rir.

Eu tinha assaltado uma mansão e ganhado um emprego — quanto a isso eu não sabia se poderia rir ainda, mas descobriria em breve.

O senhor May não mentiu em dizer que eu seria vigiada vinte e quatro horas. Cada vez que eu pisava meu pé do lado de fora, tinha um ser marombado me olhando. E eles não davam o luxo de disfarçar. Até quando eu estava no trabalho tinha um segurança me secando.

Com os dias o meu rosto já estava de volta ao normal. Tinha uma pequena cicatriz na minha bochecha que eu disfarçava fácil com maquiagem.

Expliquei toda situação a Heyoon — que surtou violentamente. Mas eu prometi que iria cumprir com o trato do Bailey até o meu limite. Quando eu soubesse que o meu irmão estava em segurança, livre da doença, eu cairia fora.

Com isso, eu quero dizer que me entregaria para polícia. Sim. Eu tive tempo suficiente para entender que se eu apenas pulasse para fora no barco, iria causar grandes problemas — para mim, em particular. Presa em uma cela, ele não poderia meter uma bala no meio da minha cabeça ou me socar.

Não é?

Então tentei um novo plano; fazer com que o pai do Luckian assinasse os papéis para dar início ao tratamento dele — já que minha mãe fez questão de ignorar esse pedido também, e eu não podia fazer isso sozinha.

Como assim o pai? 

Desculpa, acho que esqueci de mencionar os detalhes de novo. Bom, três dias depois do ocorrido na mansão, eu recebi uma visita do Senhor D'Angelo procurando por minha mãe. Era um homem bem vestido e formal — completamente diferente dos homens que minha mãe costumava levar para casa. —, e logo me veio o interesse de saber mais sobre ele. Natasha não estava em casa, então perguntei do que se tratava. Ele hesitou em falar, e eu insisti até ele entregar alguma coisa.

O mesmo me falou que foi um namorado dela no passado e que por não trabalhar em Londres teve que voltar e acabou perdendo o contato com ela. Prontamente perguntei quanto tempo isso tinha acontecido e ele me respondeu que foi há três anos praticamente.

Juntei um mais dois, olhei cada mísera parte do rosto do Senhor D'Angelo e encontrei semelhança com o meu irmão.

— Meu irmão é o seu filho. — falei para ele, ainda parada na porta.

— O quê? — ele me perguntou assustado.

— O meu irmão, Luckian, é o seu filho. Pode fazer um teste de DNA se quiser.

— Eu não entendo...

— Moço, você provavelmente gozou dentro da minha mãe e não estava usando camisinha, ou ela estourou, mas isso é um particular seu, o que resultou no meu irmão. Pela sua cara de bobo, vejo que era apaixonado pela por ela, e lhe digo, a mesma não mudou nada. Continua firme e forte fazendo vida. E se você tem um pouco de amor e noção nesse coração, por favor, pegue a guarda do seu filho... Porque se depender da Natasha ele vai morrer.

Nem preciso descrever a reação dele.

E eu tive que explicar sobre a doença do Luck e o desleixo da minha mãe quanto ao filho. Não permiti que o mesmo visse o garoto para não dar muitas esperanças ao indivíduo. Mas resumindo, ele ficou de conversar com ela e fazer o bendito teste para saber se eu estava falando a verdade.

E eu estava orando pra que desse positivo.

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Exatas três e trinta da tarde, a porta foi aberta com violência e minha mãe entrou gritando.

𝐓𝐡𝐢𝐞𝐟   ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora