𝐓𝐡𝐢𝐞𝐟 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷

Twenty-eight.

ELE GIROU A CHAVE E ABRIU A PORTA. UM NERVOSISMO, misturado com adrenalina, tomou conta do meu corpo.

Bailey deu um passo para o lado, me dando passagem, então, respirando fundo, entrei.

Eu pensei em muitas coisas que poderiam ter, ou ser, ali, e uma delas foi o quarto do sexo. Mas para minha decepção, ou sorte, não tinha nada lá dentro.

Bom, nada é muito vago. Tinha uma mesa e uma cadeira no meio do quarto, e um enorme espelho que tomava toda a parede da frente.

Apenas isso.

A luz fluorescente iluminava aquele cômodo. As paredes eram cinzas, iguais as do quarto que eu fiquei quando o Bailey queria saber o que eu peguei dele.

—Eu esperava algo... — disse.

—Sente-se. — ele falou, trancando a porta atrás de si.

—Por quê?

—Senta, Joalin. — ele disse, mas seu tom não foi rude.

Revirei os olhos, bufei e sentei na cadeira.

Ele deu a volta na mesa e ficou na minha frente. Dessa vez estava sério, seu semblante denunciava um pouco de indecisão.

—Disse que me mostraria algo. — falei, e minha voz saiu trêmula. Estava ficando com medo.

Ele não disse nada, apenas ficou me olhando. Comecei a pensar se tinha feito algo para ele, ou ele achava que fiz, e iria me bater.

—Precisa aprender a se defender. — ele falou depois de um tempo.

—O quê?

—Vai precisar se defender.

—Eu sei me defender... Se a pessoa não tiver quase dois metros de largura e altura, como o Dakota, derrubo ela fácil no chão. — ele deu um sorriso torto. — Não está acreditando?

—Acredito em você. Mas vai precisar mais do que isso quando estivemos em Vegas.

—Vegas, Vegas, Vegas... Por que não me diz logo que vou fazer?

—Porque não quero... Tenha paciência.

Bufei, apoiando os cotovelos na mesa.

—Vai ser perigoso? — perguntei, e mesmo sem querer, deixei minha voz vacilar.

—Sim... Mas vou fazer o possível para que ninguém saiba de você.

—Você está me deixando cada vez mais confusa, Bailey!

—Tenha paciência.

—Eu não sei o que é paciência!

—Aprenda. — disse ele, me olhando com cara de garoto travesso.

—Eu te odeio. — sussurrei, cruzando os braços e olhando para o lado.

—Eu escutei isso.

—Que se foda! — falei, perdendo completamente a noção do perigo.

Ele apenas deu risada.

—Se não vai me contar e nem me mostrar nada, eu posso ir para o meu quarto? — perguntei, ainda sem olhar para ele.

—Eu não acabei.

—Então?

Ele foi até a parede, do meu lado esquerdo, e pressionou a mão na mesma, logo a parede abriu.

Sério.

Sabe tipo aqueles filmes? Foi exatamente assim.

—Caralho! — dei um sobressalto e levantei da cadeira quando a parede se abriu por completo.