ROMANCES MENSAIS
LIVRO VIII – LOUCURAS DE AGOSTO
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CAPÍTULO XVI - CONSEQUÊNCIAS
- Desgraçado! – Claude desfere mais um soco violento contra meu rosto, fazendo com que a cadeira onde eu estava amarrado caísse e ocasionasse mais dores em meu corpo, no entanto, permaneço firme, mordendo meus lábios para impedir que qualquer som saísse, dando o gostinho ao segurança de me ver sofrer.
Eu não fazia ideia de onde eu estava ou de quanto tempo estávamos nesse joguinho onde eu era o saco de pancadas de Claude, mas eu não me permitia emitir nenhuma prova de que estava sofrendo e nem o quão miserável eu me sentia naquele momento. Minha mente seguia me torturando com as imagens de Sam sendo sedada e levada pelos homens do diretor Leblanc, enquanto eu assistia a tudo sem poder fazer nada.
Imaginar a loira presa no quarto branco em estado vegetativo me causava uma dor ainda mais dilacerante que os socos e chutes que eu recebia de Claude. Nada disso se comparava ao aperto em meu peito e a culpa angustiante que eu sentia por não ser capaz de cumprir com a minha promessa de mantê-la a salvo e de tirá-la desse hospital psiquiátrico.
- Diga alguma coisa, porra! – Exige Claude, pisando diversas vezes em minha costela. Travo os dentes para conseguir suportar a dor. Seus ataques estavam se tornando cada vez mais brutais. – Por que a Hillary gosta de você? O que ela viu em um inseto como você? O quê?
Claude estava tão fora de controle que consegue levantar minha cadeira com facilidade e me joga contra a parede. A cadeira de madeira se quebra com o impacto e sinto uma dor aguda em meu tórax. O ar começa a desaparecer de meus pulmões e eu sabia que não demoraria muito para que eu voltasse a perder a consciência se continuasse a receber os golpes violentos como aquele.
- Por que ela olha para você da forma como deveria me olhar? Me diz! – Ele me puxa do chão, desvencilhando-me das cordas que me prendiam ainda as partes quebradas da cadeira. Claude me levanta pelo pescoço, sufocando-me, enquanto exibe uma expressão bestial. Com os olhos arregalados e avermelhados, a respiração forte e o rosto vermelho com as veias do pescoço se sobressaindo me mostravam o quanto ele estava tomado pela fúria. - A Hillary é minha, maldito! Fique... longe... dela!
- Ela... nunca... será sua. – Sussurro, tentando me soltar de seu aperto em minha garganta. O oxigênio começava a faltar em meu cérebro e não demoraria muito a perder a consciência.
Ele então me joga no chão e se afasta, indo em direção a uma mesa onde tinha diversos objetos de tortura como facas e bisturis. Finalmente livre de seu aperto, levo minhas mãos ao meu pescoço e começo a tossir, ainda atordoado. Observo o maldito pega uma pequena adaga na mesa e se vira para mim, sorrindo diabolicamente.
- Já que ela insiste a exaltar a sua suposta beleza, vamos ver o que ela vai fazer quando ver como você vai sair daqui. Duvido que ela vai continuar te achando bonito. – Claude ri de forma psicótica e eu o observo se aproximar, sem forças para me levantar.
- Claude! O sr. Leblanc disse que não podemos matá-lo. – Alerta um dos capangas do diretor, encarando-o com seriedade.
- O sr. Leblanc disse que eu não podia matar esse maldito, mas não disse nada sobre desfigurar a cara, cortar as orelhas e língua ou perfurar os olhos dele. – Responde Claude, encarando-me com os olhos brilhando em expectativa. – Você é tão sortudo que o diretor continua a te proteger mesmo depois de traí-lo tão estupidamente. Eu não irei matá-lo. Mas não se preocupe, Freddie, eu só vou machucar muito, mas muito você. E quando eu terminar, você vai desejar nunca ter cruzado meu caminho e atrapalhado minha vida como você e sua família fizeram.
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Loucuras de Agosto
FanfictionCom a cabeça completamente focada em seu trabalho e com seu histórico de relacionamentos fracassados, Sam Puckett não tem tempo para o amor. E é por isso que ela acaba aceitando a ideia maluca de sua irmã mais velha de transar com um desconhecido no...