Emilly Evans - Malibu
Caminhava pelas ruas daquela cidade visivelmente irritada. Ontem havia sido minha festa de dezoito anos, apenas os amigos, uma festa pequena na piscina de casa mas sempre tem um engraçadinho a fim de aparecer, e esse engraçadinho era Darlla Mitchell minha melhor amiga e uma idiota no quesito constranger você na frente de todo mundo. Acontece que a espertinha me deu um consolo, exatamente! Um pênis, pau, pinto... colorido... - mas essa não é a questão. A questão mesmo é o fato daquilo ter sido extremamente constrangedor para mim. Surtei e agora estou indo devolver e pegar o dinheiro de volta e comprar alguma coisa mais útil. Mesmo que para algumas pessoas terem em casa um consolo, seja.
Morrendo de vergonha parei em frente à loja que não era nada discreta e o grande letreiro escrito "Sex Shop" deixava aquilo ainda mais constrangedor para mim. O que as pessoas estão pensando em me ver entrando numa loja dessa? E meu pai? Provavelmente surtaria. - Sem muita enrolação empurrei a porta de vidro e o sininho tocou anunciando minha chegada. Meu queixo caiu assim que vejo os objetos da loja expostos e praticamente na minha cara. Diferentes tamanhos, cores e produtos.
- Pois não? - Uma voz rouca e alta me fez voltar ao mundo real. Olhei para o caixa e vejo um rapaz tatuado me olhando. - Em que posso ajudá-la? - Abri minha boca mas fechei novamente. Não sabia como iria dizer aquilo, Deus tira essa timidez de mim!
- Então... - Me aproximei do caixa. - Minha amiga comprou um presente para mim aqui. Na verdade ela acha que é um presente... - Ele me olhava um tanto quanto confuso. - Enfim, não gostei dele e vim devolver. - Abro a bolsa e tirei a caixa de lá.
- Ah, sim. - Pegou a caixa olhando-a. - Nota fiscal. - Me olhou com um sorrisinho de lado, mordo meus lábios.
- Não tenho. - Suspirei derrotada. - Mas, está aí... não usei.
- Senhorita, devolução apenas com a nota fiscal. - Entortou a boca e deu de ombros empurrando a caixa pra mim sobre o vidro do balcão.
- Mas não usei! E, ela me afirmou que foi daqui, moço. - Insisti cruzando os braços me negando a pegar aquilo e levar para casa novamente.
- Pode ter sido comprado na China senhorita. Sem nota fiscal eu não pego, além de que pode ter sido usado.
- Eu não usei! - Gritei sentindo meu rosto queimar, já estava ficando irritada.
- E por que está querendo devolver? Tamanho? Cor? - Sua pergunta nada descarada me fez bugar, ri cruzando os braços e parei prestando atenção nas tatuagens que ele tinha.
- Não interessa! só não quero estar com isso em casa. - Empurrei a caixa de volta
- Calma, calma esquentadinha. - Ele ri - Você quer uma água enquanto procura essa nota fiscal? Olha, se isso serve de consolo, eu reconheço nosso produto, mas sem nota fiscal nada feito. - Ele deu ênfase no "consolo", ressaltando seu trocadilho sem graça.
- Eu não tenho essa maldita nota! - Ele parecia estar se divertindo com tudo aquilo pela forma que sorria enquanto me olhava. Todo engraçadinho rindo às minhas custas.
- Então terá que levar seu consolo, para casa. - Olhei aquela caixa e observei a imagem do consolo rosa na frente. Suspirei irritada mordendo os lábios minha cabeça estava fervendo com tudo aquilo e não teria outra solução a não ser levar aquilo troço pra casa e esconder a sete palmos embaixo da minha cama.
- Essa bosta não é minha. - Reviro os olhos irritada. Peguei a caixa com brutalidade daquele balcão e enfiei na minha bolsa que estava pendurada no meu pulso. - Eu vou levar. - Aponto meu dedo pra ele. - Mas não vou usar! - Subo minha bolsa até meu ombro o olhando, ele tinha um sorrisinho idiota nos lábios, porém era lindo. Aquele maldito era lindo demais.
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Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...