Capítulo 30: O início do fim

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Quando Niklaus tentou seguir Anastasiya, a garota já havia sumido. Voltou para o quarto, onde seus irmãos o encaravam pasmos. Elijah tentou sair, mas foi impedido por Niklaus que segurou seu braço.

─ Acredito que aquela não seja a Anastasiya. ─ falou Niklaus, com um olhar confuso. ─ Ela estava... diferente.

─ Sério? Eu nem havia percebido. ─ respondeu Kol. ─ O que poderia ter acontecido enquanto ela estava desmaiada?

Niklaus fechou a porta do quarto, pensativo. Kol desviou o olhar para o chão e Elijah sentou-se, com a cabeça entre as mãos.

─ Precisamos primeiro entender o que aconteceu com ela... O porquê dela ter desmaiado. ─ falou Rebekah, cruzando os braços. ─ O que realmente aconteceu, Elijah?

O rapaz levantou a cabeça, apoiando os cotovelos em suas pernas. Estava com um olhar perdido e triste quando começou a falar:

─ Eu a encontrei chorando parada em frente a uma loja. ─ começou, depois de um longo suspiro. ─ Nós... ─ olhou para Niklaus, e depois desviou. ─ Ela começou a gritar e colocar as mãos na cabeça, depois caiu. ─ falou olhando para o chão.

─ Freya? ─ chamou Rebekah. ─ Seria possível algo ou alguém ter entrado na cabeça dela?

─ É possível... ─ respondeu pensativa.

─ Vocês não me entenderam... ─ falou Niklaus, impaciente. ─ Ela estava realmente diferente. Eu a olhei nos olhos e não havia nada ali. ─ passou as mãos pelo cabelo, nervoso. ─ Ela desligou. Eu não sei o porquê, mas ela desligou.

Kol arregalou os olhos e, antes que ouvisse a resposta da irmã, já havia saído do quarto em alta velocidade. Quando estava longe o suficiente, parou e pegou seu celular. Discou o número de telefone de Davina e levou o celular à orelha.

─ Davina? ─ chamou Kol, ao ouvir apenas sua respiração do outro lado da chamada.

─ Preciso falar com você. ─ falou a garota. ─ Me encontre no cemitério. ─ desligou a chamada.

Kol não entendeu, mas correu até o cemitério, com medo do que poderia ter acontecido. Davina caminhava pelo lugar. Sua postura parecia diferente, mas Kol não se importou.

─ Está tudo bem? ─ perguntou, parando em frente a garota. ─ Parecia uma emergência...

Davina o encarou e balançou a cabeça negativamente. A garota olhou ao seu redor, para se certificar de que ninguém estaria por perto e voltou a encarar o rapaz.

─ Algo está acontecendo... ─ diminuiu o tom de sua voz. ─ É sobre Esther... Acredito que ela está tentando voltar a vida.

─ Era sobre isso que eu queria falar quando te liguei. ─ falou Kol. ─ Alguém entrou na cabeça de Anastasiya e agora ela... Ela desligou os sentimentos.

Davina pareceu se assustar e Kol pôde ouvir sua respiração parar e seu coração se acelerar por alguns segundos. A garota passou as mãos no cabelo e virou-se, andando.

─ Precisamos encontrá-la. ─ falou. ─ Esther precisa dela vulnerável para que possa controlá-la. Anastasiya não irá lutar contra o poder dela se não se importar com nada.

Kol seguiu Davina até a saída do cemitério, se imaginando onde a garota ia. Ao passarem ao lado de um carro, Kol pôde ver o reflexo da garota pela janela, mas foi Davina que o rapaz vira.

─ Onde estamos indo? ─ perguntou Kol, se preparando para o ataque.

─ Para a sua morte. ─ disse, logo se virando e falando algumas palavras em latim, que quebraram o pescoço de Kol, o impedindo de combatê-la.

|| || || ||

A casa estava quase vazia. Rebekah permanecera no local, caso Anastasiya retornasse, enquanto seus irmãos e Giselle procuravam pela garota. Freya estava em seu quarto, tentando realizar um feitiço de localização, mas não estava dando certo. “Davina” passou pelo portão, com uma expressão assustada e correu até Rebekah.

─ Você viu o Kol? ─ perguntou, parecendo desesperada. ─ Ele me ligou e pediu para me encontrar perto do cemitério, mas quando cheguei lá só havia... sangue no chão. ─ concluiu, levando as mãos a cabeça.

A mulher tentou acalmá-la e discou o número do irmão em seu celular, apenas para ouvir que o mesmo se encontrava desligado. Os piores pensamentos começaram a surgir em sua mente. Talvez Anastasiya já o tivesse encontrado.

─ Só está você em casa? ─ perguntou “Davina”, olhando ao redor.

─ Freya está no quarto. ─ respondeu Rebekah, apontando para a porta da irmã com a cabeça.

Quando Rebekah discou o número de Elijah em seu celular, mas “Davina” lançou seu celular na parede com apenas um movimento de suas mãos. Com algumas palavras, a garota trancou a porta do quarto de Freya, enquanto injetava uma dose de verbena no sangue de Rebekah. Tudo ocorreu tão rápido que Rebekah nem percebeu o que estava ocorrendo.

Freya conseguiu quebrar o feitiço que a mantinha trancada, mas “Davina” a esperava na porta, pronunciando palavras em latim. Freya levou as mãos a cabeça, gritando de dor, e enfim, desmaiou sob os pés de “Davina”.

|| || || ||

Finn e Giselle já haviam procurado por grande parte de Nova Orleans quando decidiram se separar. Giselle continuou a procurar por Anastasiya, porém Finn logo trocou seu rumo. Caminhou discretamente na direção de uma antiga loja de artigos de bruxaria e entrou. Se deparou com uma velha senhora e uma garota mais jovem, adolescente talvez, que presumiu que fosse sua neta.

─ Vampiros não são permitidos neste lugar. ─ disse a senhora.

─ Preciso de ajuda... ─ começou Finn. ─ Tenho um plano para acabar com a ameaça que meus irmãos são ao mundo e preciso de uma bruxa para me ajudar.

A senhora saiu de trás da bancada e se aproximou de Finn.

─ Por que você acredita que terá minha ajuda? ─ perguntou, cruzando os braços. ─ Um Original querendo derrubar outros Originais? Isso é patético. Por que nós confiaríamos em você?

Finn desviou o olhar para a neta da senhora e, em uma fração de segundos, estava com uma faca apontada ao coração da garota. A senhora recuou.

─ Porque vocês não terão escolha.

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