Capítulo 40: Epicentro

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Anastasiya girava uma das adagas de Esther em sua mão enquanto observava os movimentos da mulher. Finn guardava o corpo adormecido de Rebekah em um caixão, enquanto Esther o escondia com magia.

Estavam no esconderijo de Finn, fora da cidade de Nova Orleans, em um velho apartamento de Atlanta, que tinha os mesmos padrões do de Anastasiya. Era um lugar velho, porém Finn havia se dado ao trabalho de limpar o local. Não estava mobiliado e as paredes tinham várias infiltrações. Porém, era perfeito para o que queriam.

— A este momento, seus irmãos já devem ter percebido o desaparecimento de Rebekah. — falou Esther, olhando para Finn. — Ficarei aqui, pois para o próximo passo necessitarei de paz. Vocês devem voltar a Nova Orleans e terminar a parte de vocês.

Anastasiya revirou os olhos. Sua humanidade desligada a impedia de se importar com o fato de estar sendo usada, mas tudo aquilo certamente lhe causava grande tédio. Não aguentava mais. Sabia que, se dependesse somente dela, tentaria derrubar todos os Mikaelson de uma única vez.

— Logo Mikael irá ajudá-los. — concluiu Esther, dando as costas para Finn e Anastasiya.

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Klaus virou um copo de bebida de uma única vez. Abaixou a cabeça e suspirou alto. Estava cansado e desesperado. Elijah estava sentado ao seu lado, seus pensamentos todos em Anastasiya por mais que ele tentasse evitar. Kol andava de um lado para outro, passando as mãos no rosto, enquanto Freya e Davina estavam paradas à porta.

— Ela está com Rebekah. — falou Kol, respirando fundo.

— Não temos certeza disso. — respondeu Elijah, se levantando.

— Vocês duvidam porque seus sentimentos por ela não os deixam pensar. — disse Kol, tentando se controlar. — Ela está com Rebekah e não duvido que Finn a tenha ajudado.

Ao escutar o nome de seu amado, Giselle entrou no quarto, cabisbaixa por saber que o que Kol dizia era verdade. Anastasiya, Finn e Rebekah estavam desaparecidos desde o dia anterior. Giselle não queria acreditar em seus instintos, porém a carta que encontrou em sua cômoda lhe confirmou o que mais temia naquele momento.

“Estou fazendo algo importante e necessário. Ficarei sumido por um tempo, talvez por vários dias, porém prometo que voltarei para você. O que estou fazendo é para manter todos a salvo e poder aproveitar a nossa eternidade em paz. Eu te amo.

Finn”

Giselle entregou a carta na mão de Freya, limpando uma lágrima que se formava em seu olho. A mulher leu a carta em silêncio, sua feição mudando a cada palavra lida. Freya devolveu a carta para Giselle e saiu do quarto em disparada, fervendo de ódio. Tinha certeza de que Esther estava por trás daquilo e sentia o desejo de matá-la aumentando. Davina e Kol a seguiram, adivinhando que ela iria tentar diversos feitiços até encontrar Finn.

Freya entrou em seu quarto, indo em direção ao seu mapa já com uma faca em sua mão. Enquanto a mulher realizava o feitiço de localizalção, Kol e Davina procuravam outras opções nas milhares de páginas dos antigos grimórios. Freya tentava todos os feitiços que vinham à sua mente naquele momento. Sentia que Esther respirava e aquilo a enfurecia. Tinha que encontrar uma maneira de derrubar o bloqueio da mulher e localizar seu irmão de qualquer forma.

Davina chamou Kol e o levou para fora do quarto, fechando a porta em seguida.

— Freya não está nada bem. — começou, passando a mão no cabelo. — Ela precisa de descanço urgentemente.

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