Capítulo 45: O resgate

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A viagem de Nova Orleans para Mystic Falls, e agora para Windsor, parecia não acabar nunca, especialmente com a urgência do momento. Todos os irmãos de Klaus haviam sido pegos sozinhos, então Anastasiya decidiu que não se separaria do rapaz. Iriam buscar pelo local exato juntos.

— Este é o lugar? — perguntou Klaus, esperando a confirmação da garota.

Anastasiya seguiu em frente, olhando ao seu redor e absorvendo cada detalhe do local. Parecia apenas uma simples floresta, com grandes e altas árvores. No entanto, a garota tinha certeza do que vira no mapa de Bonnie.

— Talvez esteja escondido... — murmurou, olhando a sua volta.

Como se tivesse lido sua mente, Niklaus rapidamente encontrou uma pedra e a jogou na direção da floresta. A pedra voou até as árvores, sumindo em certo ponto da trajetória. Klaus lançou um sorriso confiante para Anastasiya e correu até a barreira invisível, a atravessando. A garota o seguiu, vendo uma antiga casa surgir à sua frente.

Caminharam juntos até a porta. O local parecia abandonado e o casal não teve dificuldade em passar pela porta de entrada. Um barulho distante chamou a atenção da audição de Niklaus, fazendo-o entrar em alerta. Anastasiya, que havia escutado o mesmo som, seguiu em direção à uma porta que havia na cozinha da casa.

Klaus abriu a porta branca em pedaços e avistou uma longa escada até o porão. Desceram degrau por degrau, evitando ao máximo fazer algum som. O local estava empoeirado, deixando evidente a idade da casa. Haviam móveis e janelas quebradas, parecendo um cenário de filmes de terror.

Ao chegarem ao porão, marcas na poeira do chão chamaram a atenção de Anastasiya. Alguma coisa havia sido arrastada por ali. Seguindo o rastro, Anastasiya foi levada à uma grande porta de madeira. Antes que pudesse abrí-la, um som reconhecido por Niklaus o fez utilizar sua velocidade e esconder-se com a garota.

A velha porta se abriu, revelando um grande corredor com paredes de pedra, do qual Finn saiu.

— Eu sei que está aqui, irmão. — falou, olhando ao seu redor pacientemente.

Klaus saiu de trás da estante, caminhando lentamente em direção ao irmão. Anastasiya, por sua vez, deu a volta, se aproximando, ainda escondida, de Finn.

— Você não se cansa de ir contra sua família, não é Finn? — começou Klaus.

— O que estou fazendo é pela nossa família. — respondeu Finn. — Poderíamos viver todos juntos novamente.

— Você não acredita realmente nisso. — disse Klaus, se preparando para o ataque. — Me devolva nossos irmãos.

— Desculpe, irmão... Mas, alguém tem que fazer o que é certo.

Quando Finn deu mais um passo em direção à Klaus, Anastasiya saiu de seu esconderijo, aproveitando a distração de Finn, e o atacou pelas costas, derrubando-o. Os dois rolaram pelo chão, no entanto, logo levantaram.

Klaus conseguiu acertar alguns socos em Finn, mas o rapaz logo foi capaz de se defender e jogou o irmão na parede. No mesmo momento, se defendia dos golpes de Anastasiya. Niklaus se recuperou rapidamente e correu na direção do irmão.

Finn foi imobilizado por Klaus por apenas alguns segundos, tempo suficiente para Anastasiya quebrar seu pescoço.

Klaus e Anastasiya correram até o final do corredor de pedra, avistando um cômodo com alguns caixões. Dois estavam abertos e a garota pôde reconhecer Freya e Davina nos mesmos. Quando tentaram entrar, porém, não conseguiram. Havia uma barreira.

— Leve Finn para algum lugar escondido. Irei esperar por Esther aqui. — falou Klaus.

Anastasiya, utilizando sua velocidade, prontamente seguiu o pedido do rapaz, mesmo estando receiosa por se separar do mesmo. Klaus escutou a garota se afastar e virou seu olhar para os caixões onde seus irmãos estavam. As memórias de todas as vezes que utilizara as adagas em seus irmãos voltou à sua mente.

Klaus se aproximou, encostando as mãos na barreira invisível. Não sabia dizer quanto tempo ficara naquela posição, esperando que algo ocorresse e seus irmãos acordassem.

Um som chamou a sua atenção. Poderia ser Anastasiya voltando, mas lhe parecia ser algo diferente. Abriu um rápido sorriso convencido ao imaginar quem seria. No mesmo instante, subiu até a sala com toda sua velocidade.

— Olá, mãe... Há quanto tempo, não é mesmo?

Esther estava parada na porta de entrada da casa, com as mãos entrelaçadas atrás do corpo. Utilizava um vestido elegante até o joelho da cor azul. Olhava fixamente para o filho, em silêncio. Se aproximou de Klaus, sem medo algum do que o rapaz poderia fazer, e segurou o rosto do filho com as mãos.

— Estou tão feliz que está aqui, Niklaus... Poderemos ficar todos juntos agora.

Klaus tirou as mãos de Esther de seu rosto, e, com sua velocidade, a imobilizou na parede do cômodo. Seus olhos brilhavam de ódio.

— Não ouse começar o seu discurso novamente. — começou Klaus. — Estou cansado de você ficar voltando para tentar corrigir seus "erros". — abaixou um pouco o tom de sua voz. — Vocês nos transformou nisso e não há volta.

Esther, com apenas um olhar, afastou Klaus com sua magia e o prendeu na parede oposta.

— Há uma forma de consertar tudo isso... Você só precisa aceitar e poderemos ser uma família novamente. — falou se aproximando do rapaz.

Esther se aproximou e tirou uma adaga da manga de seu vestido. Klaus pôde ler seu nome escrito na lâmina brilhante.

— Por sorte, fiz algumas adagas reservas. — falou, girando a ponta da lâmina em seu dedo indicador. — No caso de algo fora do plano acontecer enquanto Anastasiya ainda estivesse em posse das adagas.

Esther começou a se aproximar do filho, que tentava se soltar do feitiço que o prendia na parede.

— Você pode me odiar agora, mas com o tempo passará a aceitar.

Esther posicionou a adaga por cima do coração de Klaus. O rapaz se preparou para o que iria acontecer, mas manteve os olhos bem abertos. De repente, os olhos de Esther perderam a vida e a mulher foi ao chão, mostrando que Anastasiya estava parada atrás da mesma.

A mão da menina estava embebida de sangue e, em sua palma, estava o coração de Esther. Quando chegara que vira o que estava prestes a ocorrer, sua visão se escureceu. Não poderia perder Klaus novamente, então simplesmente se deixou levar por suas emoções.

Anastasiya ainda estava em choque com o que havia acabado de fazer, mas tranquila agora que sabia que não havia mais ninguém em seu caminho.

A menina se aproximou de Klaus e o abraçou como se aqueles fossem seus minutos restantes. O rapaz segurou o rosto de Anastasiya com as mãos e juntou seus lábios em um beijo caloroso cheio de saudade e paixão. Ambos necessitavam daquilo. Klaus estava cansado de lutar contra suas emoções e Anastasiya só queria ser feliz com quem ela amava.

Klaus e Anastasiya separaram seus lábios, mas suas testas ainda se encostavam, ambos de olhos ainda fechados. Queriam desfrutar o máximo possível daquele momento.

Observação da autora

Olá, leitores de "Através dos Séculos"! Tudo bem com vocês? Vim avisar que acaba de ser publicado meu livro de personagens originais ("ORGANA | meet my ocs"). Neste livro, irei publicar também sobre os personagens criados para a história de "Através dos Séculos". Caso tenham interesse, o livro está disponível no meu perfil e já há um capítulo dedicado à Anastasiya. Muito obrigada por ler até aqui!

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