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Cᴏʟᴇ Sᴘʀᴏᴜsᴇ

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Cᴏʟᴇ Sᴘʀᴏᴜsᴇ

Sentado na poltrona ao lado da maca de Lili, eu segurava sua mão e esperava ansiosamente ela abrir seus olhos.

Cada parte de mim dói quando eu olho para o seu corpo machucado e frágil.

Ela sofreu alguns cortes não muito profundos no rosto.
Há um que precisou de pontos acima da sua sobrancelha, e outro na bochecha. Mas de resto, há apenas alguns avermelhados e arroxeados.
Seus braços também possuem hematomas, o esquerdo teve que ser enfaixado, e ela torceu o tornozelo direito. Isso são pequenos detalhes, o seu corpo se encontra bem machucado, mas Lili usava o cinto de segurança, o que a salvou de acabar como sua mãe.
Sim, a mulher que causou tudo isso, está morta.

Ela morreu.

Eu não sinto nada quando esse pensamento vem a minha cabeça.
A mãe de Lili foi uma maldita. Mas não me sinto feliz por ela ter falecido. Do mesmo jeito que não me encontro mal.
Aconteceu o que tinha que acontecer.
Mas ela era a mãe da Lil, acima de tudo.
Elas tinham alguma ligação.
Talvez Lili estivesse com raiva dela, magoada, decepcionada... mas era a mãe.
Mãe.

Assutei-me com o aperto repentino de Lili em minha mão, o leve pulo que ela deu na cama e como ela ofegou com força.
Seus olhos verdes estão arregalados e seus lábios entreabertos, respirando profundamente, como se estivesse sendo sufocafa.
Levantei rapidamente e tratei de acalmá-la.

ㅡ Ei, Lil... Shhh..., está tudo bem. Tudo bem, amor. -Sussurrei, encostando minha testa na sua e a observando fechar os olhos e voltar a deitar sua cabeça no travesseiro.

ㅡ Eu vi... a Maredith, ela... ela... eu vi! Ela... -Lil não conseguia completar a frase. Me afastei devagar, apenas o bastante para olhar seu rosto angelical.

ㅡ Ela morreu. -Falei baixinho.
A loira não teve reação. Até que me abraçou fortemente, como se eu pudesse sumir a qualquer instante.

ㅡ Me perdoa. Me perdoa... -Murmurou, beijando meus lábios repetidamente.

ㅡ Amor, você não precisa se desculpar.

ㅡ Ela... morreu. Eu vi, Cole. Eu não fiquei inconsciente. Eu vi o rosto dela. Morta. Jesus! Foi tão aterrorizante! -Desabafou, apertando minha mão com força.

ㅡ Calma. Calma. -Pedi, trazendo seus dedos finos até meus lábios e os beijando delicadamente.

ㅡ Eu te amo. -As palavras têm um efeito ainda mais arrebatador pessoalmente. Escutar Lili falando isso na fita, me deixou eufórico.
Meu coração fez algo estranho no peito, e de repente esse era o meu conjunto de palavras favorito vindo dela.
Olhei bem em seus olhos, vendo-os escuros como nunca.

ㅡ Eu te amo. -Essa foi a primeira vez que disse isso a ela.
Ou melhor, a primeira vez que disse isso sem ser para minha mãe ou pai.
E a sensação é tão boa quanto pensei. Precisarei dizer isso com mais frequência, e escutar Lili dizer também.

Lɪʟɪ Rᴇɪɴʜᴀʀᴛ

Ele me ama.

Cole me ama!

Fiquei com medo. Muito medo. E se depois de tudo que fiz, ele não me quisesse mais?
E se ele me achasse complicada demais, e só atrapalhasse a vida dele?
Mas como sempre, ele me surpreende.
Me entendeu e disse que me ama. Ah, como eu precisava disso.

ㅡ E como você está? Sobre... esse lance todo... sabe, sua mãe morreu. -Van perguntou, confusa e preocuoada.
Pensei que só pudesse entrar uma pessoa de cada vez, mas a festa está feita no quarto em que estou.

Cami está me dando a sopa, que por acaso é terrível; Meu pai está sentado na poltrona ao meu lado, Mads e Van estão sentadas no canto da cama e Cole está escorado na parede ao lado da porta, com seu amigo KJ.

ㅡ Ahm... eu estou normal. -Respondi simplesmente.

ㅡ Caralho. -Escutei o sussurro horrorizado do ruivo, corei bruscamente. Cole deu uma cotovelada nas costelas do mesmo, o fazendo grunhir de dor.

ㅡ Quer dizer... eu vi tudo, e... foi assutador. Ela morreu, é estrando dizer e escutar isso, mas... eu não sinto nada! Eu simplesmente não consigo. -Murmurei sem graça.
Estou sendo megera demais?
Me sinto desconfortável diante de tantos olhares indecifráveis.

ㅡ Nós te entendemos, sua mãe era uma vadi... -Vanessa começou, mas Mads a interrompeu com uma tosse alta e forçada.

ㅡ Haha, Van, você é tão engraçada! -Tentou consertar.
Sorri sem mostrar os dentes e olhei para o moreno do outro lado.
Ele ergueu um canto da boca e me fez derreter.
Eu o amo, com toda a certeza do mundo.

ㅡ Bem... agora que você terminou de comer, devemos te deixar descansar. O médico irá nos dar um sermão daqui a pouco. -Meu pai alertou.
Um a um, vieram se despedir de mim, até KJ.
Ele me fez rir com seus pêsames:

'Ah, eu... sinto muito aí. Pareço um louco, não é? Mas a culpa é de vocês. No final você nem é prima do Cole mesmo. É estranho. Enfim... se recupere logo para me ver tatuar algo no seu namorado babaca'

Fiquei confusa por conta da última frase, mas deixei para perguntar isso ao Cole.
Todos saíram do quarto e só restou nós dois.
Ele voltou a se aproximar de mim e então eu aproveitei.

ㅡ Que história é essa de o seu amigo ruivo tatuar algo em você? -Questionei, vendo o moreno fazer uma careta.

ㅡ Ele te disse isso?

ㅡ Sim. -Afirmei.

ㅡ O KJ esqueceu de tomar os remédios dele hoje. -O moreno mudou de assunto, beijando meus lábios suavemente.

ㅡ Cole... -Insisti.

ㅡ Você precisa descansar. Posso cantar uma canção de ninar, se você quiser. -Gargalhei alto e vi Cole sorrir largo.

ㅡ Brilha, Brilha Estrelinha, por favor. -Pedi, vendo ele erguer suas sobrancelhas. Ri mais.

ㅡ Vamos dormir, vai... -Ele deitou devagar ao meu lado e eu coloquei minha cabeça em seu peito, encaixando-me perfeitamente no seu abraço.

ㅡ Seu trapaceiro! -Falei, bocejando e já sentindo o sono se apossar de mim.
Cole deixou um beijo terno na minha testa e começou uma deliciosa carícia no meu cabelo.

ㅡ Eu te amo.

ㅡ Eu te amo. -Respondi baixinho e então me deixei descansar.
Eu precisava dele e agora posso tê-lo.
O amo demais para lamentar estar nesse estado, pelo menos o tenho aqui comigo.

•••

Autora: Eu disse que ia postar hoje pela tarde. Mas... akkakkkkaa.
Peço desculpas💖

ᴛʜᴇ ɢᴏᴏᴅ sɪᴅᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴄᴏɴᴛʀᴀᴅɪᴄᴛɪᴏɴ ➳ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛ (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora