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- Tadaima - eles me olharam e depois de verificar se eu estava bem eles me abraçaram. - O que estão fazendo aqui ?

Tsunade: Você passou a tarde fora, sabe- se la onde e fazendo o quê com o maldito do Uchiha.

- Treinamos a por  três horas e depois eu fui ver Konoha de cima do monumento Kage, não fizemos nada demais mãe, só conversamos.

Jiraya: Eu disse que ela estava bem - ele sorriu pra mim e tirou a bainha da Kanata de minhas costas - Ganhou isso dele ?

- Sim, eu já praticava esgrima no meu mundo e ele quis ver meu nível de conhecimento, na cabeça dele é bom eu saber me defender.

Jiraya: Eu concordo com ele, talvez ele não seja tão ruim quanto parece.

- Ele não é, é só alguém que sofreu muito por ser ignorado na vida.

Tsunade: Ainda é muito cedo para você o defender.

- Não é cedo mãe. Por dezesseis anos eu fui tratada como ele no mundo em que vivi. Eu era desprezada, humilhada e todos me evitavam, todos me julgavam. Até dentro da minha própria casa eu vivia esse inferno então por favor, não fale de coisas das quais não passou. Só quem conhece essa dor pode falar dela.

Minha mãe e meu pai me abraçaram então pela segunda vez na vida eu consegui dividir meu fardo com alguém, a primeira com Madara e a segunda nos braços dos meus pais. Ser amparada por eles é tão bom que eu quase me esqueço da única pessoa que me amou naquele mundo, quase me esqueci da minha mãe do outro mundo. Adormeço nos braços de meu pai, ao lado de minha mãe.

Madara on:

Depois de um bom banho eu me deito na cama e rio me lembrando da tarde diferente que passei ao lado da menina que será minha noiva. Ela é linda, engraçada e bondosa, foi capaz de me defender no restaurante e me surpreendeu ao se pendurar nos meus braços durante nosso retorno até a torre.  Me senti mau por tê-la incluído nesse ciclo de ódio mas ao mesmo tempo eu adoro a idéia de saber que mais alguém se preocupa comigo.

Talvez a profecia seja mesmo verdadeira, talvez seja ela quem me dará forças para ser uma pessoa melhor. Não consigo dormir, ativo meu Sharingan e vejo Tsunade e Jiraya sair do quarto dela, depois que eles se vão eu a admiro dormir até que do nada ela acorda. Ela senta um pouco na cama e depois veste um quimono e sai em direção ao corredor, tomo coragem e vou atrás dela. 

- Sem sono ? - Ela dá um pulo de susto

Sayumi: Madara-kun que susto - corei diante do sufixo que ela adicionou ao meu nome, o que significa que ela já me considera alguém próximo.

- Gomen(nasai), eu não quis te assustar - me aproximo dela - Esta sem sono ?

Sayumi: As vezes eu costumo acordar de madrugada a procura de um chá e biscoitos.

- As vezes eu também faço isso (Menti), posso te acompanhar? 

Sayumi: Claro que sim, vamos?

Caminhamos em direção a cozinha e fuço nos armários e geladeira a procura de um lanche para ela. Ela me ajuda a montar um sanduíche e depois de montá-lo nós comemos. Me assusto em como já estou me acostumando com ela, de como ela tem o dom de me entender, de me aceitar.

Sayumi: Oishii (Delicioso), arigatou!

- Já está satisfeita ?

Sayumi: Sim, embora ainda esteja sem sono.

- Eu sei que isso não é o correto mas o que acha de dar uma volta comigo ?

Sayumi: Agora ? Mas já passa das 3h da manhã ..

- Eu confesso que já é tarde mas pensei que uma volta te ajudaria.

Sayumi: Hmmmm -ela pensa um pouco e depois da aquele sorriso que me deixa encantado - Ok, eu aceito.

Ela me acompanha até a entrada da torre e quando já estamos na rua nós caminhamos lado a lado e noto ela me olhando em alguns momentos, o que me deixa curioso

- O que foi ? - ela me olha surpresa e depois abaixa a cabeça envergonhada - Não estou bravo, só quero saber porque esta me olhando assim, se tiver alguma duvida pode perguntar.

Sayumi: Eu só queria saber se, bem, é que eu sei que você me acha muito pirralha - ela fica vermelha - Porque aceitou se casar então ?

- Quer mesmo saber ? - ela acena que sim e eu paro de andar e fico frente a ela, levanto o seu queixo e a faço olhar para mim - Te acho uma mulher muito incrível. Você é bondosa e engraçada, sem contar que eu me sinto tão bem ao seu lado. Confesso que antes eu não te achava tudo isso mas eu me enganei.

A intensidade com que nos olhamos é tanta que do nada eu sinto uma vontade enorme de beijá-la. Vejo ela engolir a seco e isso me arranca um sorriso, ela parece querer já que se inclinou na ponta dos pés para que eu termine o que começamos. Seguro seu rosto em minhas mãos e a cada milímetro que nós nos aproximamos eu sinto meu coração se acelerar e nossos lábios se encostam gentilmente. Posso ouvir o coração dela batendo muito rápido, ela inclina a cabeça para o lado e eu entendo isso como um convite para continuar. Peço passagem com a língua e ela cede, e então aquele se tornou o beijo mais incrível em meus 120 anos.

Ela é tão delicada que sua mão acaricia meu rosto enquanto a outra se mantém fixo em meu braço, acho que é para ajudá-la a se equilibrar já que ela ainda continua se alongando para me alcançar. A cada segundo eu me permito esquecer do mundo ao meu redor e me concentro apenas neste momento bom, o que não me permite identificar um chakra se aproximar.

Jiraya: Sayumi, vamos voltar para a torre, agora.

A menina se afasta de meus lábios e o sannin lendário me olha furiosamente, ela olha o pai parado a poucos metros de nós e antes de se juntar a ele ela me olha novamente.

Sayumi: Adorei a noite, a companhia, o bei ...

Jiraya: Não pedirei para me acompanhar novamente. - ela olha feio para o pai que se afasta e depois volta a me olhar.

Sayumi: Arigatou Mada-kun - ela ficou na ponta dos pés e me deu um selinho.

- Te vejo amanhã ?

Sayumi: Com toda a certeza. - ela morde os lábios de forma provocativa e se afasta correndo em direção ao pai.

Sayumi on:

- Otousan, porque fez aquilo? - Me sentia envergonhada pelo modo com que meu pai tratou Madara.

Jiraya: Porque eu acordei no meio da madrugada nervoso por não saber onde a minha filha estava.

- E como sabe que eu nao estava no quarto ?

Jiraya: Eu sou um pervertido de natureza, quando sai do seu quarto senti que estava sendo observado e o único naquele corredor que tem um dōjutsu assim era o Uchiha - sorri ao saber que ele estava me observando - Não me agradou em nada te encontrar aos beijos com ele no meio da rua numa madrugada.

- Pai - ele me olhou - Ele será meu esposo em pouco tempo, além do mais eu não pretendia beijá-lo, aconteceu e foi tão ... 

Jiraya: Bom ? - fiquei envergonhada - Pelo que vejo esse foi seu primeiro beijo estou certo ?

- Sim, foi.

Jiraya: Peço perdão por atrapalhar um momento tão especial como este - meu pai me abraçou - Consegue me perdoar ?

- Lógico que sim pai, eu te - ele prendeu a respiração esperando que eu termine a frase - Eu te amo pai.

Ele se emocionou, me jogou em seus ombros e correu comigo de volta para a torre. No caminho até o quarto encontramos com minha mãe furiosa, e com medo dela quebrar o Madara em dois meu pai mentiu pra ela, disse que me convidou para dar uma volta. Pedi para que eles me fizessem companhia e eles ficaram comigo no meu quarto. Voltei a dormir com eles e sonhei com o meu primeiro beijo.

Estou em Konoha ? (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora