𝟑𝟓.

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Gilbert:

Passei a noite inteira me revirando na cama, de um lado para o outro, com aquele turbilhão de pensamentos rodando minha mente.

Porém quando pego no sono realmente acabo dormindo profundamente.
Acordo e vejo que já são 11 horas da manhã.

A primeira coisa que faço é checar se tinha recebido alguma resposta de Anne. Nada, ela ainda não tinha nem visualizado as mensagens.

Penso em ligar mais algumas vezes, mas não queria parecer um total desesperado.

Apesar de que era. Tudo que eu mais desejava era uma resposta de Anne, era seu perdão, era seu amor de volta.

Resolvi dar tempo ao tempo e desci para o andar de baixo de minha casa. Decidido a arrumar o local, fazendo tudo voltar ao normal.

Apenas parando para comer algo, termino a faxina em duas horas e me sentia totalmente renovado.

Verifico novamente as mensagens que tinha enviado para Anne. Ainda nada.

Desisto de esperar ela responder e começo a pensar no que podia fazer.
Estava mesmo desesperado e não conseguiria esperar mais tempo.

Eu precisava ir atrás dela, e ir até seu apartamento seria a solução.
Seu endereço já estava gravado em minha memória, então não seria difícil.

Tomo um banho rápido e vou até meu carro, dando uma última ajeitada no cabelo através do espelho retrovisor e saindo da garagem.

Chego em frente ao prédio cor de creme e  vou correndo até a portaria, chegando  ofegante.

─ Calma garoto, quem é você? ─ o porteiro fala assim que me vê.

─ Me chamo Gilbert. ─ puxo o ar. ─ Vim até aqui para falar com Anne Shirley.

─ Ah sim, agora me lembrei de você... Do dia do pijama, não é?

─ Sim, era eu. ─ rio nostálgico ao ter aquela lembrança. ─ Posso subir para vê-la?

─ Temo que não.

─ E por que não? O senhor me conhece e eu só quero falar com ela... Por favor, é muito importante.

─ Eu o deixaria subir garoto, mas o problema é que a senhorita Shirley não está em casa.

─ Como assim? Pra onde ela foi?

─ Não sei ao certo, mas ela levou algumas bagagens. Saiu antes do Natal, mas não sei quando ela volta.

Um abalo cai sobre meu corpo e começo a me sentir nervoso, com um nó na garganta.

─ Ok... Muito obrigado pela ajuda. ─ recuo alguns passos e saio do prédio.

Corro de volta até o carro e desligo a música que saia do rádio, irritado.

Para onde Anne tinha ido? O que eu iria fazer?

Estava ficando sem esperanças quando derrepente uma luz surge em minha cabeça.  
       
Diana! Ela podia me ajudar!  
Só tinha ido até onde ela trabalha uma vez, mas o lugar era um local inesquecível.

Estaciono junto de alguns outros carros e desço, atordoado e ansioso. 

Espero que ela esteja trabalhando hoje, porque eu realmente preciso de sua ajuda. ─ penso.

𝐔𝐍𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓𝐓𝐀𝐁𝐋𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑𝐒 ─ SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora