𝟏𝟑.

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Gilbert:

Assim como o esperado Grace veio me pedir desculpas algum dias depois de nossa briga, disse que estava arrependida e que não deveria ter inventado coisas sobre mim, que me amava e que sentia muito por ter "surtado".

Eu a perdoei, afinal eu também a amava. Estávamos namorando a quase um ano, desde que nos conhecemos na escola. E eu era apaixonado por ela... Apesar de tudo nada podia mudar aquilo.

Pelo menos eu acreditava nisso, mas somente o tempo dirá.

E era aí que que Anne entrava na história, ela tinha virado minha vida de cabeça para baixo. Eu realmente mal a conhecia, mas mesmo assim sentia como se ela já estivesse junto a mim a muito tempo.... Sentia que precisava dela.
Por algum motivo, ela dominava meus pensamentos. Gostava de pensar em cada detalhe dela, e imaginar se ela também pensava em mim.

Mas é claro que não! Ela deve ter algo melhor para fazer do que ficar pensando em alguém como eu. ─ penso comigo mesmo.

E eu por mim mesmo, não podia me permitir pensar em nela. Era errado, pois meu coração já pertencia a outra pessoa.
Mas por mais que eu tentasse, não conseguia a deixar ir.

Com o passar dos dias, comecei a enxergar inúmeras pessoas que se pareciam com Anne.
Na rua, em lojas, no shopping, no mercado... Mas nunca era ela de verdade.
Parecia que agora garotas de cabelo ruivo insistiam em me perseguir, tinham momentos que jurava que era ela de fato, porém era só mais uma pegadinha do olhar.

E quanto mais eu tentava excluir-lá de minha cabeça, mais uma vez ela voltava e ficava lá por um bom tempo.
Que saco! Por que eu tinha que conhecê-la?
Tudo estava indo tão bem e normal antes... Oh, minha mente era um verdadeiro quebra-cabeça, e daqueles difíceis de montar ainda por cima.

Mais um dia estava chegando ao fim, a tarde passava lenta e tediosa.
Não tinha nada de bom para fazer. Já havia procurado por algo para assistir, mas nada mais me agradava.

Levanto da minha posição fixa do sofá, e vou até meu quarto. Tomo um banho e sento na cama, me deixando relaxar.

Olho para a estante do canto do cômodo e imediatamente lembro de Anne, e de seu presente para mim. O livro.
Vou até lá e o puxo da estante, nunca tinha peagado para ler. Talvez aquela fosse a hora.

Leio algumas páginas, e admito que achei a história bastante interessante, entrei tanto no clima que perdi a noção do tempo.
Vejo a hora que já era, eram quase 18:00 da tarde. Eu tinha que ter ido ao mercado, ah, meu pai vai me matar! Tinha prometido a ele que faria as compras da semana.

Me troco rápido e deixo o livro em cima da cama, desço para a garagem e pego meu carro. Ele tinha sido um presente de 18 anos que ganhei de meu pai, por sorte a batida que dei em Anne não causou nenhum arranhão, senão eu já estaria morto e enterrado.

Faço minhas compras normalmente, o mercado não estava muito cheio então foi uma ida rápida.
Estava indo tudo às mil maravilhas, até que na fila do caixa mais uma vez vejo alguém que se parece com ela.
Pisco e esfrego os olhos, só para ter a certeza de que não era realmente Anne.

𝐔𝐍𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓𝐓𝐀𝐁𝐋𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑𝐒 ─ SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora