Alma Gêmea

O Que Eu Quero

Capitulo Revisado

André

De manhã acordei um pouco mais esperançoso, eu podia viver anos e devia de ser nisso que eu devia focar-me, então foi o que optei por fazer, ia fazer tudo como deve ser e ter o maior cuidado.

Comecei a manhã fazendo uma pequena caminhada e assim que cheguei a casa tomei um pequeno-almoço reforçado.

Reparei que tinha duas chamadas do Diogo então retornei-lhe.

Diogo- Onde estavas porque não atendeste?

André- Bom dia para ti também importaste de ter calma, eu estou bem fui fazer uma pequena caminhada.

Diogo- Tu estás doido, não devias de sair de casa, nem andar sem o teu telemóvel.

André- Diogo eu estou bem, não te preocupes.

Era bom ver que ele realmente importava-se comigo.

Diogo- Só não quero que te magoes.

André- Eu sou rijo, e duro na queda. Escutei um passarinho dizer que sábado vamos sair, em grupo gostei disso.

Diogo- Pois eu liguei-te também por causa disso.

Lá vinha história, era bom de mais para ser real.

André- Diz.

Diogo- Trocaram-me o turno, não vou conseguir ir.

André- Sério?

Diogo- Sim meu lindo, juro-te.

André- Está bem então.

Diogo- De qualquer forma, talvez não conseguisse ir, eu contei ao Fernando sobre nós e acabámos por brigar então não teria com quem deixar a Daniela.

André- Brigaram, foi lamento. Se vais trabalhar quem vai ficar com a princesa?

Diogo- Vai comigo para o quartel, ela já está habituada e adora.

André- Se quiseres eu posso ficar com ela, não me custa nada.

Diogo- Não é preciso, mas obrigado meu lindo bem tenho que ir.

André- Ok, então, adeus.

Estava irritado com ele, prefere levar a menina para o quartel em vez de deixar comigo ela já conhece-me, além disso se considera ter algo comigo devia de confiar, a minha cabeça começava a doer, resolvi respirar fundo e fazer um chá enquanto esperava a chegada da minha mãe, como precisava do seu colo.

Diogo

Ontem aceitei o convite, estava disposto a ir no entanto quando acordei está manhã achei melhor não, ainda era tudo recente, optei por pedir para trocar o turno, devíamos levar as coisas com mais calma, e seria complicado arranjar quem ficasse com a Daniela se pedisse a Fernando sei que não diria que não apesar de estarmos brigados, só espero que nos consigamos entender e preciso desculpar-me pelo soco que lhe dei.

A meio da manhã estava insistentemente a ligar para o André, sem sucesso a preocupação começou a tomar conta de mim, até que finalmente ele retribuiu-me.

Achei ele seco e desiludido principalmente quando eu disse que não iria poder sair, mas acho que ele ficou mais magoado por não aceitar que ele ficasse com a Daniela, porém ele tinha que compreender era tudo recente, eu confio nele porém temos que ir com calma.

Logo irei visitar ele, para que fiquemos bem, já que a minha filha iria passar o dia na casa da coleguinha.

Continuava sem ver o Fernando, ouvia alguns comentários sobre ele trocar vários turnos, alguns já suspeitavam que tivéssemos brigado, eu apenas ignorava e não dizia nada, nem quando o meu comandante perguntou-me.

Detestava ter a Ângela na minha equipa, parecia que queria sempre dizer-me algo, e eu detestava isso.

Ângela- Bom dia Diogo.

Diogo- Bom dia.

Ela viu eu revirar os olhos foi inevitável, então começou a rir.

Ângela- Tu não gostas muito de mim pois não?

Diogo- Eu não te conheço.

Ângela- Também não fazes questão disso, porém o teu problema não é esse, tu não gostas que eu diga-te algumas coisas, mas não é por mal, o que digo é apenas para seres feliz.

Diogo- Preferia não ter que escutar essas baboseiras.

Ângela- Se eu fosse a ti, ouviria pois as tuas decisões poderão afastar te da tua alma gêmea, ou juntar-vos só depende de ti.

Diogo- O que queres dizer com isso?

Ângela- Quem ama protege e cuida, e não tem vergonha do que sente.

Diogo- Acho que tu és louca, a minha alma gêmea não existe, ela já partiu.

Ângela- Talvez eu seja louca, mas quem não o é, amar é uma loucura mesma, e almas gêmeas por vezes renascem para não perderem o seu amor.

Virei costas e não disse lhe mais nada, e ela também deixou-me ir sem incomodar-me.

Que conversa mais louca, como tinham aceitado ela como bombeira, nunca iria entender.

O dia passou tranquilo, após terminar o turno, entrei no meu carro e dirigi me a casa dele.

Assim que bati na porta, abre uma senhora com um ar muito simpático.

Diogo- Boa tarde.

Fernanda- Boa tarde, tu deves de ser o Diogo muito prazer eu sou a mãe do André chamo-me Fernanda.

Ela sabia quem eu era, será que ele tinha-lhe contado alguma coisa sobre o que acontecia entre nós.

Fernanda- Entra, ele está no duche.

Eu entrei, ela colocou me a vontade e começou a servir me um café mesmo sem eu ter pedido, sentia ela a observar a cada movimento meu, como se estudasse-me porém sem falar nada.

E eu sentia-me tímido, na sua presença sem dizer grande coisa.

Diogo- Então veio passar uns dias com o André?

André- Não, ela veio temporariamente viver comigo a meu pedido.

Fernanda- Pois o meu filho estava com saudades.

Ele ainda vinha enrolado, na toalha era incrível como ele era tão bonito, tão perfeito eu nem o tinha visto chegar a cara que ele fez ao ver-me confirmou que ele realmente estava chateado.

Diogo- Fez muito bem em vir, é normal os filhos sentirem falta dos pais, eu bem sei a falta que sinto dos meus.

André- Acredito. Bem vou trocar-me já volto, fica á vontade.

Sentei me no sofá não sabia o que falar estava um pouco envergonhado pela presença da mãe dele, e ambos ficamos em silêncio até o André regressar.

Fernanda- Eu vou dar um passeio, vocês aproveitem e conversem pois é o que estão a precisar.

Ela saiu e ele sentou se num outro sofá de um lugar que mal olhava para mim.

Diogo- Estás chateado comigo?

André- Não. Eu estou desiludido, eu sei que disse que ia ter paciência que compreendia, porém eu estou cansado disso de sermos uma mistura de nada com porcaria nenhuma, o que tu queres realmente?

Diogo- Não sei.

Talvez não fosse a resposta certa, porém era realmente o que sentia dentro de mim, eu sei que gostava dele, parte de mim queria pegar ele ali mesmo no sofá, porém outra parte não tinha coragem para agir.

André- Entendo, então por favor Diogo, para de dizer que queres ficar comigo, resolve-te, tu não ficaste viúvo assim a tanto tempo, se não estás pronto para uma relação, está tudo bem, ficamos por aqui de vez, agora não quero mais esse chove e não molha.

Ficar sem ele era assustador, mas também era assustador dizer ao mundo aquilo que eu sentia dentro do meu peito, por aquele homem que eu conheci á pouco tempo porém tinha a sensação de o conhecer a minha vida inteira.

Nem me tinha dado conta que a minha mente divagava e ele falava ainda para mim.

André- Estás a escutar aquilo que falo, tu nem escutas o que digo por favor vai embora Diogo e não me procures mais.

Eu levantei me do sofá e puxei ele para cima encostando-o a mim.

Diogo- Por favor não mandes-me embora, eu sei que sou doido e confuso mas eu gosto de ti de verdade.

André- Palavras o vento as leva.

Diogo- Eu estou a falar a sério.

André- Fazemos assim, tira esta semana pra pensar, eu domingo vou viajar com a minha mãe, para Coimbra, pois estarei a fazer uma formação para a empresa, e volto no próximo Sábado até lá pensa sobre o que realmente queres para nós e a partir da tua decisão ou saltamos de cabeça ou ficamos por aqui.

Eu ia beija-lo porém ele se afastou.

André- Não, sábado que vem cá estarei a tua espera. Agora é melhor ires a minha mãe está quase de volta.

Saí um pouco desiludido, porém compreendia o pensamento dele eu precisava realmente pensar.



André

Após o Diogo sair, senti-me mais leve precisava de ter dado aquele chega pra lá, ele tinha que decidir o que queria eu não era brinquedo de ninguém.

Sábado logo chegou então convidei a minha mãe para ver o espetáculo de drags e ela amou, eu achei brilhante as atuações e fiquei em choque ao ver que o Rodrigo, era uma das Drags e bem boa por sinal, na sua arte é claro.

Eu sabia que ele era gay, mas nunca pensei que fosse Drag também, após o espetáculo ele sentou-se na nossa mesa e conversamos um pouco ele questionou como iam as coisas com o Diogo eu apenas respondi que complicadas.

Rodrigo- Foi o que eu pensei, quando vi ele a pedir para trocar o turno de hoje, espero que vocês acertem-se, porque da para ver que ele gosta de ti.

Então ele havia pedido para trocar o turno, respirei fundo.

André- Talvez goste porém parece ter problemas em demonstrar isso.

Rodrigo- Sabes a morte da mulher abalou-o muito, eles eram muito ligados e quando ela morreu ele foi se realmente abaixo, não sorria andava sempre deprimido porém isso mudou quando ele conheceu-te, tem apenas um pouco de paciência com ele sim.

André- Tu conheceste a mulher dele? Como ela era?

Rodrigo- Conhecia assim, apenas de convívios dos bombeiros, ou então quando levava algum doente até ao hospital em que ela trabalhava, ela tinha uma luz um brilho sabes tratava todos bem, porém quando tinha que brigar, resmungava que nem um homem quando havia momentos tensos no seu trabalho, ela sempre foi muito gentil comigo até mais do que o Diogo, por conta da minha sexualidade. Sabes quando estou contigo sinto o mesmo brilho que sentia quando estava perto dela, a calma que ela conseguia transmitir quando necessário.

Ela parecia ser uma mulher incrível, o Diogo não falava muito nela, e pelos vistos amavam se realmente.

André- Ela parece ter sido uma pessoa incrível, gostava de ter tido a oportunidade de a ter conhecido.

Rodrigo- Algo diz-me que iriam dar-se muito bem.

André- Não sei não, visto que estou envolvido com o marido dela. (Risos).

Uma parte de mim parecia estar tranquila, como se eu soubesse que ela não se importava com esse facto.

Ambos rimos e mudamos de assunto, por vezes a minha mente viajava até ao Diogo perguntava-me o que ele estaria a pensar desde a nossa última conversa, fosse qual fosse a decisão dele seria definitiva.

Então o que acharam?
O que o Diogo irá decidir?
Preparem se próximo capítulo virá uma bomba e alguém irá se machucar?
Estarao prontos.
Lamento a demora xD
Amanhã tem novo capítulo em breve novidades, se algum dos leitores faz capas gostaria que me contactassem se faz favor.
Obrigado

Beijos e Abraços