Novamente Juntos

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André

Sentia o meu corpo a ser carregado, sentia fraco, mas continuava a esforçar-me para manter-me vivo, eles continuavam a discutir.

Mateus- Tu és louca, querias o matar é isso?

Helena- Claro que não, eu apenas quis evitar que ele fugisse.

Mateus- Ninguém diria.

Helena- Se eu o quisesse morto atingia a cabeça e não o ombro.

Mateus- Se tu o dizes, agora temos que o manter vivo.

Eu esforçava-me para lutar pela vida, agarrar-me a memória dos que amo.

Eu sabia que não estava bem eu já fora médico, noutra vida ou melhor médica, sentia a fraqueza no meu corpo, as dores de cabeça intensa, mais uma vez escutava a voz do Guilherme a dizer-me para lutar, para lutar mais um pouco.

Foi então que comecei a escutar o som de sirenes, algo em mim renovou-se eu sabia que eram eles, a minha família estava a chegar por mim, eles estavam ali, para salvar-me.

Conseguia escutar o pânico na voz deles, então finalmente arranjei forças e abri os olhos.

André- Desistam vocês perderam.

Helena- Talvez seja melhor amor.

Mateus- Não chegamos até aqui para desistir nem pensar.

Consegui escutar o som do portão a ser rebentado, muito barulho no exterior alguém a falar por um megafone.

Helena foi espreitar até á janela, enquanto Mateus pressionava o meu ferimento.

Mateus- Quantos eles são?

Helena- Vários estamos cercados, o que vamos fazer.

Mateus- Tem calma eu irei dar um jeito prometo.

Ela aproximou-se substituindo o Mateus e ele foi até á janela.

Mateus- Afastem-se ou eu mato-o, não estou a brincar.

Consegui no meio daquele barulho e confusão escutar a voz de Diogo a gritar por mim ele estava ali, mais lágrimas escorriam do meu rosto, olhei para Helena.

André- Por favor Helena acaba com isso, ainda tens tempo pelo nosso filho por favor desiste.

Helena- Não podemos, Mateus não vai desistir nem pensar, nós estamos juntos.

André- Se continuarem irão morrer juntos.

Mateus- Cala-te tu não sabes o que dizes.

Helena- Amor talvez ele tenha razão, nós não temos nenhuma hipótese.

Ele estava descontrolado, era assustador em nada se parecia com o homem lucido e frontal que eu vira pela primeira vez na esquadra da polícia.

Calem-se os dois eu já avisei.

Helena deixou-me e aproximou-se dele.

Helena- Amor por favor pelo nosso filho, não quero que morramos hoje.

Mateus- Eu quero lá saber dessa criatura, eu quero é o dinheiro.

Vi ela em choque, e eu também fiquei ao perceber que aquele filho não era meu, apenas mais uma grande mentira.

Helena- Como assim, nós jurámos ficar juntos para sempre, amor.

Mateus- Eu quero é o dinheiro isso sim, o amor não leva ninguém a lado nenhum.

Helena volta a apontar a arma que havia disparado contra mim e aponta na direção dele.

Mateus- Vais mesmo disparar contra mim, sério que tu vais ter coragem disso.

Alma GêmeaOnde histórias criam vida. Descubra agora