Remorsos Pós Sexo

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Capitulo Revisado


André


Chegámos a minha cidade, e tudo era estranho para mim, percebia os olhares da minha mãe tentando entender se eu recordava alguma coisa, mas não continuava com a sensação de que nunca tinha vivido ali, nada era familiar nem o meu quarto se quer, deitei-me pois a viagem havia sido longa e eu ainda encontrava-me em recuperação pelas fraturas nas costelas e no braço.

Deixei-me dormir e acabei sonhando com os olhos do Diogo, mas não com o brilho que ele costuma ter, mas um olhar triste parecia chorar, tal como naquela noite no hospital tentei abraça-lo, mas quanto mais corria para ele de forma a o acalmar mais ele parecia distante, até que acordei com batidas na porta.

André- Sim.

Mãe- Ela está lá em baixo e quer conversar contigo, disse que trouxe fotos para ver se te ajuda e está toda simpática.

André- O que faço mãe?

Mãe- Não sei, filho eu sei que a amavas isso era visível porque não conversas com ela, vez as fotos pode ser que te lembres.

Assim o fiz, deixei ela subir, ela logo veio-me beijar e eu não sentia nada nem se quer prazer, mostrou me as fotos e falava bastante e nada nem lembranças nem nenhum sentimento, até que ela colou a mão no meu pénis.

André- Que estás a fazer?

Helena- Amor sinto saudades, faz mais de uma semana que não estamos juntos nós fazíamos amor todos os dias.

André- Está bem, mas eu estou em recuperação e além disso eu não me recordo de nada, tu és uma estranha para mim tens que perceber isso.

A sua feição por breves segundos foi de raiva, mas logo mudou.

Helena- Eu entendo vamos com calma, eu tenho que sair da cidade por uns dias, mas quando voltar podemos sair juntos até á minha casa, era lá que passavas a maior parte do tempo, tenho a certeza que vais lembrar-te sim?

Eu só a queria despachar então apenas disse que sim ela saiu deixando-me sozinho com os meus pensamentos e questionamentos sobre o que havia de fazer com a minha vida.



Diogo


Ele fora-se embora sem dizer nada, eu fiquei frustrado podíamos ter mantido contato para que a nossa amizade pudesse continuar, mas pensando bem que amizade eu mal o conhecia falei basicamente com ele uma vez, mas ele ao contrário dos meus outros amigos parecia ser alguém calmo e tranquilo, fazia já quase duas semanas, desde que o vira pela última vez e eu notava que andava mais aborrecido do que o normal, todos diziam isso até a Daniela.

Uma das noites resolvi sair e acabei fazendo merda, estávamos no bar eu e o Fernando e alguns outros colegas, quando começaram a fazer algumas piadas sobre virmos fardados e que era para nos exibirmos e que sem as nossas fardas não éramos ninguém, Fernando que era o mais esquentado começou a responder e logo de uma discussão verbal passámos a agressão, com alguns socos, eu apenas tentava acalmar os ânimos e acabei sendo atingido no rosto abrindo me o sobrolho, num instante polícia e paramédicos estavam no local eu havia quase partido o braço ao que me agrediu, sei que é errado, porém por momentos fiquei cego e nem pensei, prestámos declarações já era bem tarde e eu precisava de voltar para casa rapidamente, Jéssica dormia no sofá, não pude deixar de notar que ela era bonita.

Ela despertou quando eu entrei na sala e assustou-se ao ver o meu rosto.

Diogo- Não é nada.

Jéssica- É sim, tem que cuidar disso.

Ela mandou-me sentar e foi buscar a caixa de primeiros socorros cuidando de mim.

Ela tinha uma pele tão bonita uma boca, tão carnuda.

Diogo- Tu és muito bonita.

Jéssica- Obrigado senhor Diogo.

Diogo- Não trates-me por senhor, não sou assim tão velho, ao dizeres isso pareço um velho de oitenta anos.

Ela sorriu, coloquei a mão no seu pescoço ela tentou esquivar-se, mas puxei ela para mais perto e beijei-a.

Jéssica- É melhor eu ir.

Diogo- Porque está tão bom, só nós os dois.

Voltei a beija-la e ela logo entregou-se, rapidamente coloquei um preservativo e passei a penetrá-la, tapando lhe a boca com receio de que a Daniela pudesse escutar.

Quando terminamos eu não sentia nada apenas um vazio, ela arranjou-se e foi se embora, subi em direção ao duche sentia-me sujo como se tivesse traído a Mafalda, o que eu estava a fazer com a minha vida, comecei a chorar no duche sentindo-me um idiota e um fracassado, sem entender bem o que se passava comigo.

Alma GêmeaOnde histórias criam vida. Descubra agora