Precisamos Mesmo de Voltar

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Diogo

Estava deitado ao lado e não conseguia deixar de pensar o quanto tudo isto era irreal, como era possível ele ser ela, mas era acho que algo em mim sempre soube que era ela, mas não conseguia ver para além do aspeto exterior.

Parte de mim questionava-se se eu realmente o amava, ou amava quem ele tantas vezes faz-me recordar, porém sinto que não, eles são semelhantes em muitas coisas, porém também têm as suas diferenças, Mafalda era calma, nunca brigava comigo, nunca levantava a voz, já o André adora desafiar-me, bate de frente comigo por vezes até testa a minha paciência e eu adoro não vou negar. Ele é divertido assim como a Mafalda era porém consegue ser mais engraçado e atrevido.

Eu amo a Mafalda, mas também tenho a certeza que amo o André.

André- Que tanto olhas para mim?

Diogo- Pensava na sorte que eu tenho por te ter encontrado.

Vi ele a ficar um pouco corado com o elogio, e apenas desatei a beijar-lhe cada, canto do seu corpo.

André- Para nós temos que nos despachar o voo saí em algumas horas.

Só de pensar em voltarmos, sentia um nervosismo em mim, ter que lidar com o Fernando e com a ex do André, sentia que ia ser um bocado turbulento, no entanto vou lutar com todas as forças assim como ela o fez para que fiquemos juntos.

Alguém bateu á porta dizendo que tínhamos que apressar-nos.

André- Vez, vamos levanta-te.

Diogo- Não quero, estamos aqui tão bem juntinhos.

Ele aconchegou-se mais em mim, colocando a cabeça em meu peito.

André- Só mais cinco minutos, depois vamos.

Eu apenas sorri e disse que o amava, recebendo a mesma resposta de volta.



André

Desde que saí do hospital, tinha sido bem proveitoso este momento todo com eles, não via a minha companhia apenas como, meros amigos e namorado, mas como família, faziam sentir-me tão bem.

O que tinha sido ótimo, para esquecer que o aneurisma voltara a crescer um pouco, pelos vistos a minha doença já não era segredo para ninguém, no entanto fiz todos prometerem não contar nada á minha mãe não a queria preocupada comigo.

No entanto apesar dos dias estarem a ser ótimos, por vezes encontrava Francisco a conversar com o Diogo de forma muito suspeita, não é que pense que eles têm alguma coisa, mas por vezes sinto que escondem me algo, já tentei questiona-los, mas seja o que for nenhum quer contar-me, mas sinto que é meu direito saber.

Tentei esquecer um pouco isto tudo enquanto preparávamos tudo para a nossa partida, em algumas horas estarei de novo em casa e o medo em mim voltava será que o Diogo iria ser igual como foi aqui, tão carinhoso, tão apaixonado e amável eu espero bem que sim.

Eu estava decidido a conversar com a Helena e colocar tudo em pratos limpos, irei assumir o meu filho, no entanto ela tem que compreender que entre nós não vai haver mais nada, e que sobre a herança, da pessoa que contribuiu para que eu nascesse, não faria questão nenhuma de aceitar.

Após abraçar Tiago ao despedir-me dele, o mesmo disse que se eu precisasse de algo seja do que fosse para não hesitar em ligar-lhe que estava á minha disposição.

Diogo não achou muita piada e quando despediram-se com um aperto de mão, parecia que queriam medir forças, levando o restante grupo a rir-se da situação.

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