Jantar a Três

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Capitulo Revisado


André

Quando acordei de manhã peguei nas minhas coisas e chamei um táxi de volta para casa, ao descer do carro dou de caras com o Diogo todo preocupado olhando para mim.

Diogo- Tu estás bem?

André- Calma eu estou ótimo, porque esse nervosismo todo?

Diogo- Eu cheguei comecei a bater a porta e a ligar-te e tu nada de responderes pensei que pudesses novamente ter desmaiado.

André- Calma nada disso, eu apenas acabei a dormir por lá para não lhes estragar a festa, mas eu estou bem foi só um pequeno acidente eu não tinha comido muita coisa.

Diogo- Ótimo porque eu fiz compras, pedi a um amigo meu para ficar com a minha filha e resolvi vir e fazer-te o pequeno-almoço o que achas, talvez esteja a ser muito invasivo.

André- Acho que fizeste muito bem, pois estou cheio de fome.

Entrámos e eu disse que ia tomar um duche enquanto ele preparava o pequeno-almoço, enquanto a água caia sobre mim, questionava me o que significava isso tudo ele estar ali comigo e parte de mim passou a fantasiar ele entrando e a fazer-me companhia no banho.

Era tudo ainda estranho para mim, mas talvez fosse ainda mais para ele, pois fazia poucos meses que estava viúvo e ainda tinha uma filha, queria saber em que ponto nós estávamos porém não o queria pressionar ou afastar ele de mim, na verdade nem eu mesmo sabia o que queria quem era eu mesmo e do que realmente gostava, mas sentia que gostava dele.

Quando entrei na cozinha fui inundado com o cheiro a café forte tal como eu gosto e panquecas com doce de mirtilo, por momentos pensei em como sabia que era doce de mirtilo ainda sem se quer provar e como tinha tanta certeza que eu gostava disso, talvez fosse alguma memória do meu passado.

Sentei-me com ele bem de frente a mim todo sorridente, e eu fui apenas saboreando aquele belo manjar sem ambos falarmos nada.

Acho que não sabíamos o que dizer até que resolvi quebrar o silêncio.

André- Isto está muito saboroso, tens muito jeito.

Diogo- Obrigado eram as preferidas da minha esposa, acho que é a única coisa que eu realmente cozinho mesmo bem, ela dizia que após uma briga nada como uma boa dose de panquecas para acalmar os ânimos.

André- Sentes muito a falta dela não é?

Diogo- Bastante.

Voltámos a ficar em silêncio eu fiquei um pouco pensativo ele ainda amava muito a mulher dele, será que tinha espaço para mim, porém não incomodava-me essa possibilidade.

Diogo- Sou mesmo parvo, estou aqui para mostrar que gosto de ti, no entanto dou por mim a falar da minha mulher, desculpa não queira de alguma forma deixar-te mal.

Eu sorri de forma a acalmar ele.

André- Tu não o fizeste é normal ela sempre terá um lugar especial no teu coração foi o teu grande amor, e mesmo que surjam outras pessoas esse lugar especial continuará a ser dela, e gosto de escutar tu a falares dela.

Diogo- Mas eu gosto de ti, e tenho espaço aqui dentro para ti, isso se tu quiseres é claro.

André- Eu sei que sim, eu também gosto de ti por isso fico feliz que tenhas um espaço para mim, pois não quero roubar o lugar dela, quero apenas ter um lugar meu.

Diogo- Tu já o tens, não sei como nem porque, mas eu quero-te tanto.

Ele levantou se e puxou-me num pulo e então começo a beijar-me sentia que a situação estava a esquentar rapidamente ainda bem que ele era bombeiro, pois senti que estava a pegar fogo.

Depressa ficámos sem nossas blusas, realmente o corpo dele era uma delícia, cheio de músculos.

André- Tu és forte.

Diogo- Ainda não viste nada.

Pegou me pela cintura continuando a beijar-me e andou em direção ao quarto eu sentia o seu membro duro pulsar junto á minha bunda que piscava querendo ter aquele membro invadindo-me.

Porém tive que cair em mim estava a ir rápido de mais e não era o que eu desejava apenas uma manhã de prazer e isso podia ser o que ele queria eu precisava de certezas e precisava de tempo.

Então tentei afastar-me e ele pediu desculpa.

André- Não tens que pedir desculpa eu quero apenas levar isso com calma, preciso de garantias de que ambos realmente queremos isso e a onde isso nos irá levar.

Diogo- Mas eu quero ficar contigo.

André- Sim tens a certeza disso, estás pronto para apresentar-me aos teus amigos, aos teus colegas de trabalho, á tua filha?

Ele ficou instantes em silêncio.

André- Vês o silêncio é a tua resposta.

Diogo- Tens que compreender é difícil para mim, eu sempre pensei ser hétero nunca desejei um homem, nunca gostei de um homem.

André- Eu entendo isso e não estou a cobrar-te nada, apenas quero que as coisas caminhem com calma percebes não quero entrar de cabeça e amanhã tu olhas e percebes que não é isso que realmente desejavas, ou até mesmo eu chegar a essa conclusão, estás a compreender-me?

Diogo- Sim, então o que vamos fazer?

André- Vamos com calma, ver até onde isto irá dar pode ser.

Diogo- Sim.

Estiquei lhe a mão e disse lhe então amigos.

Ele apertou ela e puxou-me na sua direção.

Diogo- Amigos com benefícios? Porque eu por norma não beijo os meus amigos.

André- Veremos.

Ele então se despediu dizendo que tinha que voltar para perto da filha e eu aproveitei para deitar-me pensando naquele homem que conquistava-me a cada dia.

Acordei novamente de um pesadelo, por vezes tinha eles sempre muito idênticos como se sonhasse com o momento do acidente e visse pessoas sendo afastadas de mim e eu gritava, uma das pessoas parecia ser o Diogo.

Acordei todo suado, a pensar nesse sonho e recordando o que havia-se passado quando o beijei na festa, fui lavar a cara para afastar aquela sensação e comecei a sangrar do nariz, tratei de pressionar até parar de cair.

O que raio estava acontecendo comigo, será que eu estava a ficar louco e doente.

Alma GêmeaOnde histórias criam vida. Descubra agora