capítulo quinze

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Caminho ao seu lado até ficarmos ao lado de seu carro, fiquei de costas para o hospital e ela a minha frente

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Caminho ao seu lado até ficarmos ao lado de seu carro, fiquei de costas para o hospital e ela a minha frente.

Sarah cruzou os braços em frente ao corpo e olhou para baixo. Um silêncio se estalou entre nós deixando o ambiente extremamente constrangedor.

– Então? – falo recebendo seu olhar.

– Eu não vim aqui para te pedir para voltarmos, eu só quero te pedir desculpas – um suspiro sai de sua boca – Eu fui uma completa idiota, não devia ter feito aquilo... Não enquanto estávamos juntos.

– Nunca pensei que você seria capaz de me machucar de tal forma, Sarah – digo – Mas, aquilo só me fez perceber que nós nunca se amamos. Você nem veio me visitar..

– Você tinha que ter um tempo só seu, e se você me pedisse pra voltar, eu voltaria mas por pena. – diz e sorri sem graça.

– Esta certa.

– A gente nunca se amou, Nate. Fomos manipulados para ficarmos juntos e você sabe. Nossos pais queriam nos ver juntos para juntar as empresas – uma lágrima cai de seu olho – Você nunca se apaixonou por mim, você nunca me olhou pra mim como olha para ela. – Sarah aponta com a cabeça me fazendo virar para trás.

Vejo Dianna sentada ainda na janela olhando para onde estava, sua cabeça está encostada no vidro e seus braços abraçavam suas pernas. Logo que percebe meu olhar sobre ela, a mesma abaixa a cabeça desviando o olhar.

– Eu vi a forma que a olhava, como sorria. Ela é perfeita para você, apesar de seu pai ter falado muito mal. Espero que você seja feliz, coisa que eu não fui capaz de fazer – ela me oferece um sorriso sincero.

– Você acha que eu devia.. – passo a mão na nuca em um ato nervoso – Eu e ela?

– Com certeza. Ela te olha da mesma forma – diz e eu acabo sorrindo igual bobo.

Sarah se despede de mim entrando em seu carro e logo indo embora.

As palavras dela ainda estavam frescas em minha mente. Eu e Dianna. Seria quase impossível, um lado de mim pede sossego para meu coração mas a outra parte grita querendo dar outra chance.

O problema é que acabei de sair de um relacionamento e... Meu olhar é direcionado até a janela vendo a pessoa que está em meus pensamentos rindo de alguma coisa que passava na tevê.

Merda, eu estava sim apaixonado.

Ok, Elliot não pode saber disso.

Entro no hospital novamente e estou parecendo um adolescente. É só assumir o que está sentindo que os sentimentos acham que pode tomar conta da situação.

Entro no quarto de Dianna que ainda está com a porta aberta. Me sento ao lado dela que ainda não olhou para mim, seus olhos estão vidrados na tevê que passa algum filme de animação da Disney.

– Está tudo bem? – pergunto.

– Aham – ela resmunga – Como foi lá?

– Digamos que... Revelador – ela finalmente me olha.

– Como assim? – Pergunta me fazendo sorrir e dar de ombros.

– Quem sabe um dia de conto – digo e ela vira o rosto para a tevê de novo.

– Ela era sua ex não é? – anuo – Vocês voltaram?

– Eu e ela não damos certo mais, ela encontrou outro alguém que a faz feliz – digo.

– Você também vai encontrar outra pessoa – ela oferece um sorriso para mim.

Já encontrei.

– Arthur não te procurou mais não? – ela nega com a cabeça.

– Espero que ele tenha me esquecido.

📽️📽️


– Você sabe que não precisa ir embora né? – falo encarando minha irmã que faz as malas.

Alice insiste em dizer que quer morar sozinha, não é que eu não apoie mas apesar dela ser chata e implicante eu gosto de sua companhia, menos de sua comida.

Ela achou um apartamento aqui perto, mas ainda não contou ao nossos pais. Ela diz ainda estar preparando o terreno para dar a notícia já que minha mãe e meu pai são um tanto dramáticos.

– Vou estar a dois quarteirões de distância – ela de aproxima de mim – Quando quiser me ver é só ir lá me ver... Quem saiba eu possa fazer um janta para nós.

– Prefiro pizza – digo e recebo um tapa no ombro.

– Se cuida maninho, não quero te dar banho novamente – reviro os olhos com o comentário.

A ajudei com as malas e logo depois a ajudei no novo apartamento, Alice irá ficar alguns dias na sua casa e depois vai contar para os meus pais. Ela acredita que se tiver com tudo pronto meus pais não vão ter coragem de fazer ela sair de lá e voltar a morar com eles.

Voltei para casa e como sempre recebido pela minha bola de pelos favorita.

– É meninão! Somos só nós dois de novo – ele entorta a cabeça me fazendo sorrir

Vou para o quarto e me deito na cama. Não me surpreendo quando a primeira coisa que vem na minha mente é Dianna. Seu sorriso, deu olhar... Até seu cheiro.

Nunca fui de esconder meus sentimentos e não vou fazer isso com ela. Independente do que ela sentir por mim, eu vou falar.

Pode parecer loucura ou até rápido demais. Mas acho que é o certo a fazer e torcer para ela sentir o mesmo por mim.

°°°
Continua...

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